Hoje é Dia Mundial do Rock, celebrado só no Brasil

Cultura. Hoje, 13 de julho, é Dia Mundial do Rock. Apesar de ser “mundial” só se celebra no Brasil. Como assim? Há pelo menos duas versões que explicam o fato.

Uma delas é que tudo começou quando duas emissoras de rádio de São Paulo temáticas começaram a mencionar a data em suas programações, nos anos 1990. Só que os ouvintes curtiram tanto a ideia e, aos poucos, mesmo sem internet e redes sociais, a notícia se espalhou por todo o Brasil.

Existe ainda a versão da comemoração da data escolhida em homenagem ao Live Aid, megaevento que aconteceu nesse dia em 1985.

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A celebração é uma referência a um desejo expressado por Phil Collins, então vocalista do grupo Genesis, participante do evento, que gostaria que aquele fosse considerado o Dia Mundial do Rock.

Em outros países não existe a celebração, exceto nos Estados Unidos onde poucas pessoas prestam homenagem ao estilo em 9 de julho, devido ao programa American Bandstand, de Dick Clark, criado neste dia.

Mas para os amantes do bom e velho rockn in roll todo dia é dia do rock. “O momento é mesmo de celebrar, ouvindo ainda mais rock, lembrando não se trata apenas de um estilo musical e sim de um estilo de vida”, observa o jornalista Daniel Seabra, apresentador do programa de web-rádio Rock Master, no ar desde 2016.

Segundo ele, os aficionados não só ouvem as músicas do gênero, como também vestem camisetas normalmente pretas ou da banda predileta, vão aos shows, aos eventos, enfim, respiram rock.

Fã de carteirinha dos britânicos do Iron Maiden, Seabra afirma que as pessoas deveriam escutar não só os clássicos, como também as novas alternativas, sejam elas nacionais ou estrangeiras.

“Não existem só bandas norte-americanas, europeias e as brasileiras. Estão fazendo muita coisa boa também na Argentina e Uruguai, por exemplo. É necessário abrir mais a cabeça e escutar coisas novas, muito legais e de qualidade”, afirma o especialista.

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Tanto que em seu programa, uma parceria com o produtor musical e baterista Ruy Montenegro, há o Autoral, quadro que privilegia as novas formações. “Já recebemos e tocamos bandas do Canadá, de países da Europa, de Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e, claro, as diversas bandas mineiras que surgem a toda hora em BH e no interior”, comenta.

O Rock Master, que vai ao ar pelo Facebook e pela plataforma streaming Mixclound, traz ainda os quadros A Vez dos Clássicos e Rock BR.

O Dia Mundial do Rock também despertou o interesse de empresas que fazem questão de associar sua imagem ao estilo.

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É o caso da montadora de automóveis Ford, patrocinadora da mais recente edição do Rock In Rio. A empresa criou uma playlist especial para homenagear a data com músicas que falam sobre carros e a marca.

A seleção inclui sucessos de Chuck Berry, Wilson Pickett e Dick Dale, entre outros astros (link).

Desde 1964, quando foi lançado, o Ford Mustang é uma das fontes de inspiração para canções de rock.

Por isso, na playlist hospedada na plataforma Spotify, seis faixas prestam homenagem ao esportivo da marca. Vejam quais:

E quando um ritmo, ou melhor um estilo de vida, se torna tão aclamado mundialmente, nada mais justo do que os nomes que marcaram época terem suas carreiras eternizadas nas telonas. Pensando nisso, separamos 5 cinebiografias sobre artistas do rock para você assistir

Antes de dominarem o mundo com suas músicas poderosas, os Beatles passaram alguns momentos tocando nas noites de Hamburgo, na Alemanha. E é justamente essa fase que é retratada no longa de Iain Softley. No entanto, nessa época, a banda ainda era um quinteto, com Paul, John, George e Ringo acompanhados por Stuart Sutcliffe, baixista que morreu em 1962, aos 21 anos.

‘Backbeat’ (‘Os Cinco Rapazes de Liverpool’) foca especialmente em Stuart Sutcliffe, interpretado por Stephen Dorff, e seu dilema entre seguir tocando nos Beatles ou dedicar-se à pintura. Além disso, sua amizade com John Lennon (Ian Hart) também recebe atenção da narrativa.

Assista ao trailer:

Dirigido por John Ridley, o longa que narra a carreira de Jimi Hendrix serve como um acalento aos fãs, mas esbarra em algumas questões importantes. Isso poque a família do musico não concedeu autorização para realização do filme. Sendo assim, a trilha sonora não conta com os principais clássicos do guitarrista americano. B

Para compensar o desfalque com a eficiente recriação da Swinging London, Hendrix, interpretado por André Benjamin, encontrou o ambiente para mostrar seu incendiário talento. Dessa forma, a trilha traz covers consagrados pelo guitarrista, como aa versão de Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, que foi apresentada aos Beatles poucos dias depois do lançamento do histórico disco que completou 50 anos em 2017.

Assista ao trailer:

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Sucesso de critica e bilheteria, “Cazuza- O tempo não para”, de 2004, conta com direção de Sandra Werneck e Walter Carvalho. Juntos, os diretores conseguiram narrar uma história emocionante, de um dos principais cantores do rock nacional.

Daniel de Oliveira, ator que deu vida ao músico nas telonas, impressionou o público com uma atuação de tirar o folego. Inspirado no depoimento, intimista e corajoso, “Só as Mães São Felizes”, de Lucinha Araújo, mãe de Cazuza e interpretada por Marieta Severo, o filme apresenta quase 10 anos da vida do artista.

Marcado pelo inicio da carreira, em 1981, passando pela chegada aos holofote, os últimos anos de vida, momento marcado pela luta contra o HIV, até sua morte em 1990.

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Estrelado por Angela Bassett (Pantera Negra), o longa conta a história de Tina Turner desde sua infância até chegar ao estrelato. Dirigido por Brian Gibson, o filme chegou as telonas em 1993, abordando o verdadeiro nome de Tina Turner, nascida em 26 de novembro de 1938 em Nutbush, Tennessee.

Desde criança mostrava inclinação para a música no coro da igreja, apesar de seu estilo não ser muito apropriado para o local. Ela também muito cedo foi abandonada pela mãe e criada pela avó até a morte dela, quando tinha 16 anos. A partir de então ela foi morar com a mãe em St. Louis e logo trabalhava como cantora de R&B em uma banda liderada por Ike Turner (Laurence Fishburne). Logo os dois estão envolvidos, têm um filho e vão se casar no México. Em 1960 ela já se chamava Tina Turner e, junto com Ike, vão para Nova York, começam a se apresentar e subir no hit parade.

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Mas nos anos seguintes Ike passa a agredir Tina sistematicamente. Ela tenta agüentar a situação e manter as aparências, mas após uma violenta briga decide se divorciar e abre mão de todos os bens, mas para isto exige continuar usando seu nome artístico. Ela então direciona sua carreira como cantora de rock & roll e sua ascensão é vertiginosa, mas Ike é uma ameaça que ronda sua vida.

Assista ao trailer:

Lançado em maio de 2013, a produção “Somos Tão Jovens”, dirigida por Antonio Carlos da Fontoura é a cinematografia de Renato Russo. O filme mostra a história do músico a partir de sua chegada a Brasília, em 1973, época em que sofria com a epifisiólise, doença rara nos ossos.

Vivido por Thiago Mendonça, Renato começa a se envolver com a cena musical de Brasília, trilhando um caminho que desencadeou na Legião Urbana, uma das principais bandas de Rock no Brasil.

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Luís Otávio Pires, editor, 52 anos. Jornalista com cerca de 30 de experiência na profissão, já trabalhou em diversos veículos de imprensa de Belo Horizonte, como os jornais Diário da Tarde, Estado de Minas e Hoje em Dia. Também foi assessor de imprensa da General Motos. Formado na PUC-MG em Jornalismo e também em Publicidade e Propaganda, tem pós-graduação em Marketing. Em sua carreira, já participou de coberturas de eventos nacionais e internacionais, como Salões do Automóvel de São Paulo, Frankfurt, Paris, Detroit e Turim, além de ter sido repórter especializado em Fórmula-1 (anos 90). Além de editor do Jornal da Cidade, hoje atua como colunista da rádio BandNews FM BH (coluna Acelera).

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