Falso: imagens compartilhadas em equipes de WhatsApp através de bagnarismo, pandemia são falsas

A foto foi enviada nada menos que 874 vezes para outros 152 grupos, dos quais 80% entre 3 e 5 de abril. Ele acompanhou outras versões de ocasiões, e nenhuma delas era verdade.

Um texto indicava que o governador havia assinado um contrato com uma empresa farmacêutica chinesa para produzir a vacina coronavírus já em 2019, ou seja, o governador teria alguns dados “privilegiados” sobre a pandemia antes de ocorrer; A foto seria prova deste acordo. Os dados são falsos, conforme verificado pelo G1.

Outra mensagem, também falsa, dizia que o cara ao lado de Joo Doria seria um “chinês preso com uma carga roubada de dispositivos para o remédio Covid-19”. O símbolo indicava uma ligação entre o governador e um roubo de máscaras e provas através de Covid do Aeroporto de Guarulhos, que segundo a polícia foi conduzido através de um bando de chineses. Já diz que o cara na aparência de Doria faria parte dessa quadrilha, quando na verdade ele é o embaixador chinês no Brasil.

Ao longo da evolução da epidemia, o governador de São Paulo tem um dos maiores jogos de guerra do governo Bolsonaro; os dois até falaram em uma assembleia virtual entre os governadores e o presidente. Não por coincidência, Doria foi alvo de mensagens falsas ligando-o a uma conspiração chinesa relacionada ao vírus. Como a Agência estatal já mostrou, influenciadores bolonaristas, acrescentando que os filhos do presidente, mesmo usando robôs, lançaram uma hashtag ligando o vírus ao governo chinês em março.

Outros políticos que se opuseram ao presidente foram atacados pelas mesmas notícias falsas. Os governadores do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) e do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que seguiram medidas de isolamento social criticadas por Jair Bolsonaro como prejudiciais à economia, também circularam suas fotos com o embaixador chinês com o mesmo boato. . Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados que impôs várias derrotas políticas ao governo, publicou algumas fotos com a mesma história, assim como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que chegou a pedir a renúncia de Jair Bolsonaro em meio a uma crise.

Essas fotos fora de contexto, transmitindo as mesmas notícias, foram cinco das dez principais fotografias compartilhadas do período, de acordo com uma pesquisa via P.P.

O relatório analisou as cem fotografias máximas compartilhadas entre 1º de março de 2020 e 30 de junho de 2020 nas equipes de WhatsApp do projeto Eleições Não Falsificadas, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O padrão inclui 522 equipes públicas de WhatsApp semelhantes à política, de outro espectro, e mais de 18.000 usuários ativos.

“É a maior coleção de equipes públicas”, diz Fabr-cio Benevenuto, pesquisador da taxa de projeto. Embora o padrão seja robusto, não é imaginável saber o quanto representa em geral, devido à falta de transparência da plataforma. “O WhatsApp não publica números, quantos computadores públicos existem, ou quantos usuários chegam, quantas mensagens chegam”, disse ele.

Benevenuto afirma que “existe um dispositivo de desinformação que funciona no WhatsApp”. Mensagens com um “fator explosivo e nojento, divisível, nojento ou que fazem o outro inimigo ter uma força muito mais poderosa para se espalhar”. Como resultado, ele explica, as notícias falsas estão mais divididas do que notícias genuínas.

O relatório concluiu que das dez fotografias máximas compartilhadas que a era analisou, sete continham dados falsos ou foram usadas para disseminar dados errôneos.

Destes, apenas um tinha algo a ver com a China. No auge, o símbolo compartilhado é uma certidão de óbito indicando que o “coronavírus” foi a causa da morte de um homem em 23 de março de 2020. A foto do documento foi enviada 757 vezes para outros 189 grupos, e 94% deles foram enviados em 28 e 29 de março.

O símbolo tem sido usado em diversas redes sociais para desacreditar o número oficial de vítimas através do Covid-19, que até agora havia reivindicado 114 vidas no Brasil (hoje são mais de 87 mil mortos). Os textos e áudios compartilhados com a certidão de óbito indicaram que se tratava de uma morte causada por uma explosão de pneu ou outras mortes, e que teria sido registrado como morte por coronavírus de acordo com a decisão dos governos municipais ou estaduais de inflar os números.

Políticos e influenciadores também compartilharam a história em suas redes sociais. “Neste link, a verdadeira história da morte do fabricante de pneus que morreu de um coronavírus, mas cuja certidão de óbito indica que ele fez isso”, divulgou a deputada Bia Kicis (PSL-DF). “Quem se importa que um hospital tenha uma falsa causa de morte?” insinuou o parlamentar investigado nas investigações do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga a disseminação de notícias falsas e a organização de atos antidemocráticos.

De fato, o documento terminou por engano, conforme afirmado pela Secretaria de Estado de Pernambuco, porém, o óbito nunca foi contabilizado no número oficial de óbitos por coronavírus no estado. O cara morreu de gripe A, não por acidente. É uma história distorcida, como o Uol verificou em 29 de março. Depois disso, o símbolo ainda circulou pelo menos 41 vezes através de grupos de WhatsApp.

“A mentira continua acontecendo, se foi verificada ou matriz. O desafio acabou”, diz Benevenuto.

Mitigar a gravidade da crise.

Das mais de cem fotografias analisadas, 40 foram semelhantes à crise do Covid-19 e foram culpadas por 56,5% das ações. Destes, 14 foram fotografias tentando negar a gravidade da pandemia no Brasil, sugerindo que a taxa de mortalidade foi inflada ou celebrou o número de outras pessoas curadas, sem contextualizar a curva de expansão da doença.

Juntas, as fotografias que transmitiam esse discurso foram enviadas 3.345 vezes, 20% do total de ações.

O conteúdo do WhatsApp que tenta negar a gravidade da pandemia Covid-19 também tem sido monitorado por meio de um cônjuge eleitoral impensado com o Monitor de Debates Políticos no Meio Ambiente Digital da Universidade de São Paulo (USP). As equipes analisaram o áudio que circulou entre os dias 24 e 28 de março e constataram que dos 20 áudios mais transmitidos, cinco negaram a gravidade da pandemia.

O sexto áudio máximo compartilhado lida com o mesmo caso do piloto de pneus que supostamente contava como vítima de coronavírus. Outro áudio, o quarto máximo compartilhado do período, nega o número de mortos e diz que ainda há caixões na cidade de Lindoeste (PR), pois menos pessoas morrem do que antes, o que não é verdade.

Conversas em equipes de WhatsApp sobre a pandemia também falaram muito sobre os protestos que tomaram posição entre março e junho em todo o país. Das cem imagens máximas compartilhadas, 29 tiveram como tema principal algumas dessas ocasiões: panelas, a passagem de caravanas para a reabertura da indústria em cidades pequenas, através dos atos antidemocráticos em Brasília, investigados pelo STF.

Uma série de fotografias convocou protestos em pelo menos 14 cidades do Brasil em 31 de maio e 7 de junho. Na época, apoiadores do presidente saíram às ruas contrários às investigações do STF sobre a disseminação de notícias falsas e pediram a intervenção do exército. “Apoio ao presidente Bolsonaro e à FFAA, ao ar livre, ao Congresso Nacional e ao STF, diga não ao comunismo” foram as agendas dos eventos indexados nas maiores fotografias compartilhadas nos grupos.

Os ataques e críticas do STF e do Congresso têm sido tema de 12 das cem imagens mais populares. Entre eles, alguns espalharam dados falsos sobre ministros. “Contra as imagens (ops) feitas, não há argumentos… O juiz Marco Aurélio e seu amigo Fidel. #Foramarcoaurelio #forastf”, dizia um canal acompanhado de uma foto de Fidel Castro com um jovem com características do ministro Marco Aurélio. . Na verdade, é o jornalista Ricardo Noblat, conforme verificado através de Fato ou Fake.

Embora falso, o símbolo foi enviado 138 vezes para 87 computadores WhatsApp entre março e junho de 2020.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que rompeu com o presidente em 25 de março, falsamente conhecido como o agressor de um idoso em uma foto compartilhada em grupos de WhatsApp. O símbolo é compartilhado cem vezes em 54 grupos.

Outros políticos de oposição e de esquerda foram atacados em 12 das cem imagens compartilhadas do WhatsApp, que juntas atingiram um total de 1846 compartilhamentos.

Um dos mais difundidos, com um total de 154 movimentos espalhados por 84 organizações, é uma cópia de uma organização chamada ‘PAR RESISTANCE’, na qual participantes com nomes como Psol Uepa ou #LulaLivre propõem um plano para infectar outras e “provar que Bolsonaro é genocida”. O símbolo verificado através de Boatos.org e rejeitado pelo Psol no estado.

Jornalistas e a mídia também foram alvos contra 4 das 100 imagens mais populares.

O décimo segundo símbolo máximo compartilhado no WhatsApp entre 1º de março e 30 de junho de 2020 apresentou o nome do site Senso Incomum Bolsonarista. “Esperança: 4 pacientes foram curados em MS com o uso de hidroxicloroquina”, diz o texto compartilhado 290 vezes para outros 95 grupos.

Hidroxicloroquina, ou cloroquina, também foi apresentada como uma terapia imaginável para coronavírus em duas das cem fotografias máximas compartilhadas do período, embora não houvesse evidência clínica da eficácia da droga na terapia da doença.

Também estavam entre os cem símbolos máximos compartilhados destinados a proteger o presidente Bolsonaro (3) e a reabertura da economia (6). “Fique em casa e veja seu país desmoronar”, disse uma das topshares, declarando falência da empresa marítima Itapemirim. Como fato ou Fake revela, a empresa não pediu falência e está em processo de recuperação judicial desde 2016. O símbolo chega a 95 ações em 67 grupos, com 80 usuários.

As 522 equipes de WhatsApp analisadas foram mais ativas nos dias em que a Presidência da República também prestou serviços nas redes sociais. O dia máximo ativo em 28 de março, logo após a publicação da cruzada “O Brasil não pode parar” através da Secretaria de Comunicação do Governo.

Houve um aumento repentino entre 3 e 5 de abril, com a troca de fotografias associando falsamente governadores e políticos da oposição a um suposto criminoso chinês. Em 2 de abril, o presidente compartilhou um vídeo no qual seu apoiador criticava governadores por medidas de isolamento seguidas para combater o coronavírus.

No dia menos ativo, em 23 de abril, ele assumiu uma posição na véspera da saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça, nomeado o principal ministro popular do governo. “Moro já é comunista na Austrália”, ironizou o símbolo do máximo compartilhado na data, enviado cinco vezes entre as equipes analisadas.

Embora o dia menos ativo tenha se depossado em abril, foi o mês mais movimentado nos grupos de WhatsApp. Foi também nesse período que manifestações pró-governo, opostas a medidas de isolamento social e opostas aos estabelecimentos democráticos, começaram a espalhar o país. Bolsonaro foi providenciado em 19 de abril, 3 de maio e 31 de maio.

O mês de menos atividade organizacional em junho, quando aliados do governo começaram a ser investigados pelo STF como componente das investigações sobre a disseminação de notícias falsas e a organização de atos antidemocráticos. Também em 27 de maio, políticos e influenciadores ligados a Bolsonaro foram alvo de uma operação da Polícia Federal. Em 16 de junho, outra operação teve como alvo empresários do governo suspeitos de protestos de investimento pedindo o fechamento do Congresso e da Suprema Corte.

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