No dia 1º de agosto, o Jardim Botânico do Recife comemora 41 anos de estilos de vida como referência nacional na região. Embora temporariamente fechados devido ao isolamento social imposto por meio da nova pandemia coronavírus, os serviços ambientais são agora componentes de uma rede de troca de sementes realizada pelas capitais brasileiras, com os jardins botânicos de cada cidade, por meio do programa Bandeira Verde.
Trata-se de uma ação por mês, onde os municípios que, como capital pernambucana, aderiram ao programa, anunciarão a lista de espécies que desejam realizar em intercâmbio para que as sementes sejam enviadas para as cidades envolvidas. Além de contribuir para a conservação da flora brasileira ameaçada, a iniciativa também promove seu uso sustentável. O Jardim Botânico do Recife faz com que você tenha a lista de espécies para intercâmbio com outros jardins botânicos do Brasil por meio do Índice Seminum, um catálogo institucional de sementes, publicado no site oficial online de equipes públicas, que é uma das situações de categorização com o Ministério do Meio Ambiente e a rede brasileira de jardins botânicos. Existem espécies como Xylopia frutescens Aubl (Pindaaba), Ptychosperma macarthurii (Palm de Macarthur), Eugenia luschnathiana (Pitomba da Bahia) e Passiflora foetida (fruto da paixão selvagem), entre outras.
A criação de uma rede de intercâmbio de espécies ameaçadas de extinção entre capitais brasileiras é o objetivo da alocação da Bandeira Verde – Capitais para a Biodiversidade, que conta com o apoio de especialistas nesta caixa e na academia. A iniciativa reforça o papel vital e o compromisso dos governos locais com a agenda da biodiversidade, já que 2020 é por meio das Nações Unidas o “Ano da Biodiversidade”. “A atribuição da bandeira verde será outra forma de alcançar alguma diversidade genética e sustentabilidade em nossa região. Além disso, vamos trocar sabedoria e colaborar com a preservação de outras cidades”, disse José Neves Filho, secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade.
O Jardim Botânico também realiza estudos e abriga uma pluralidade de plantas medicinais em suas coleções, o que pode ajudar a refloresar espaços desmatados, substituindo espécies ameaçadas de extinção na natureza. O dispositivo também está realizando estudos para manter espécies de flora ameaçadas de extinção, gerando mudas de cactos e orquídeas em uma associação assinada em 2019 com o Centro de Tecnologia Estratégica nordeste (CETENE). As sementes são coletadas em expedições regulares da JBR. Eles são então enviados para o CETENE, que é usado e coloca as sementes para germinar in vitro.
Espécies que, atualmente, se encontram na lista vermelha com risco de desaparecer, como o Melocactus violaceus, uma cactácea da restinga, e a orquídea Gorgora nigrita já estão no processo do cultivo in vitro. O Jardim Botânico do Recife possui área própria de produção de mudas, com aproximadamente 3.000m² e capacidade de alojar 5 mil mudas, predominantemente de espécies nativas de Mata Atlântica, com o objetivo de suprir a demanda interna em reflorestamentos de seu fragmento de mata, bem como das unidades protegidas e arborização urbana da cidade do Recife. “Atualmente, o viveiro de mudas tem capacidade para produzir 1.200 mudas ao ano, mas já estamos com projeto para ampliar o espaço, assim como a demanda de produção”, explica Sérgio Rocha, gerente do Jardim Botânico do Recife.
Mesmo nesta era de suspensão das atividades, o Jardim Botânico continua realizando a manutenção de seu regime, seja no viveiro de mudas e em coleções clínicas, como creches, cactos, alfabetização passiva, seguindo todas as recomendações de proteção e higiene. Um novo compostor também está sendo desenvolvido, o que aumentará a produção de substratos para cuidar da natureza do espaço.