A estudante de publicidade e publicidade Emely Monteiro, 19, usa o YouTube quando quer falar em outro idioma ou embarcar em um novo hobby. Na plataforma, ele diz que já estudou inglês, espanhol, matemática, marketing virtual e até receitas. Tudo sem pagar um centavo.
Com a universidade, o YouTube tornou-se uma extensão da sala de aula, já que muitos conceitos aprendidos no ambiente clássico não são claros. E a pandemia mais uma vez motivou o uso da plataforma na vida universitária. “Com os cursos online, há muitas perguntas que os professores, por causa da distância, não podem responder. Por isso, o YouTube é finalmente a solução mais produtiva”, relata Monteiro.
O mesmo vale para Larissa Palmeira, de 20 anos, que estuda fisioterapia e usa vídeos para complementar a graduação. “Já aprendi várias matérias no meu curso, genética, embriologia e até anatomia”, diz ela. Para ela, a capacidade de navegar na página online sem pagar é muito benéfica, especialmente porque muitos acadêmicos não podem pagar cursos pessoais.
O YouTube influenciou a forma como somos informados e especialistas em educação são unânimes em dizer que ajuda a relatar. Além disso, estudos mostram que aqueles que usam o YouTube como extensão da escola são atraídos e aprovados por meio daqueles que desejam receber informações.
Emely e Larissa não estão sozinhas. O conhecimento mostra que muitos brasileiros são os canais para expandir seus conhecimentos. A principal pesquisa recente sobre o tema (Google Viewers/Provokers), de 2018, mostra que nove em cada dez brasileiros usam o YouTube para estudar.
Os números mostram que 93% usam o YouTube para serem informados sobre como realizar manutenção domiciliar mais baixa, 87% estão procurando expandir as habilidades profissionais, enquanto 73% precisam de conselhos sobre esportes e fitness.
“Se considerarmos o YouTube como uma biblioteca gigantesca, contendo todo interesse inimaginável, seu potencial de aprendizagem é muito alto”, diz Marcelo Sabbatini, professor do Centro de Treinamento da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). “Como um recurso de aprendizagem informal, sim, permite aprender.”
Outro exame através da Pearson, uma empresa britânica de educação virtual, mostra que eles têm um efeito na educação fora da sala de aula. A Geração Z (nascida entre as anos 1990 e 2010) classifica o YouTube como a maneira preferida de ser informado, de acordo com a pesquisa.
Para esse grupo, o vídeo do Google supera conferências, atividades com colegas, aplicativos e até livros. No entanto, os professores ainda são favoritos.
Sabbatini argumenta que o YouTube não pode ser uma plataforma de formação (ou educação), pois o procedimento pedagógico é muito mais amplo, formado por meio de vínculos entre teoria e prática, interação entre professores e colegas, além de avaliações. “Mesmo cursos bem estruturados exigirão mais equipes e movimentos para proporcionar uma experiência completa de aprendizagem”, diz ele.
No Brasil, os canais comprometidos com exames frontais (incluindo o ENEM), curiosidades e educação monetária estão entre os favoritos. O Manual Global, por exemplo, lidera esta lista com treze milhões de assinantes. Então eles aparecem: Nostalgia (treze milhões), Save Me! (5,2 milhões), direto (3,1 milhões), Professor Noslen (2,9 milhões), nerdologia (2,9 milhões) e Matemática Marcos Aba (2,9 milhões).
Em entrevista ao Tecnoblog, iber-then-rio, autor e apresentador do Manual do Mundo, explica que o canal, que se tornou um negócio, nasceu do conceito de “ensinar outras pessoas a fazer coisas em casa”. Ele disse que o objetivo era ampliar o conhecimento, no entanto, ele e sua esposa, Mari Fulfaro, que também é apresentadora do canal, não esperavam essa proporção.
“Tudo começou quando chegamos de Piedade (interior de SP) em São Paulo (capital) e vimos que outras pessoas eram seguradoras para trocar pneus de carro e fazer pequenas manutençãos em casa”, conta. “Em Piedade, todo mundo sabia como fazer isso e nos inspiramos a chamar alguém para fazer isso.”
Considerado a maior cadeia de ciências e geração do Brasil, o Manual já tem um efeito na vida de muitos estudantes. O casal recebe várias mensagens de outros que responderam às perguntas do ENEM através dos vídeos. Há também histórias de quem tomou a decisão de seguir carreira médica devido à influência do conteúdo.
O Manual do Mundo possui um fabricante de conteúdo e também as principais pinturas do casal. A corporação agora tem editores, escritores, cinegrafistas, fotógrafos e até físicos.
Com a pandemia, o uso do YouTube para estudos aumentou exponencialmente. No relatório, a empresa informou ter notado um ligeiro aumento no uso da plataforma por meio de brasileiros para informação, entretenimento e aprendizagem.
“O número médio de perspectivas de vídeo ‘home education’ no nome aumentou mais de 120% internacionalmente desde março de 2020, em comparação com o resto do ano”, diz Clarissa Orberg, diretora de parcerias estratégicas para jovens e conteúdo educacional. no YouTube Brasil.
EduTubers: É assim que os professores que se dedicam ao coaching no YouTube e abundam em especialidades são conhecidos. É imaginável estar informado de tudo através da plataforma: inglês, matemática, história, química e até mesmo campos como edição de vídeo, música, marketing virtual e prevenção de movimentos.
Com isso em mente, o YouTube introduziu o YouTube Edu em 2013, em parceria com a Fundação Lemann. O canal de ensino exclusivo combina conteúdos básicos para o currículo nacional para estudantes do ensino fundamental e médio, e acrescenta aqueles que leem para o ENEM.
Segundo Orberg, “ao longo dos anos, mais de 450 canais passaram por um rigoroso procedimento de avaliação e foram aprovados para serem componentes do projeto”. A empresa também criou o Centro de Aprendizado, que combina publicações de outros espaços de conhecimento, tudo de graça.
Angela Pereira, 45 anos, instrutora há 26 anos, está comprometida com a formação de matemática no YouTube e, ao mesmo tempo, leciona em uma escola pública de São Paulo. Criado em setembro de 2015, o canal, intitulado Professora Angela Matemotica, está prestes a ter 900 mil inscritos, uma das maiores cadeias matemáticas do país.
No Tecnoblog, Angela diz que procurou ser uma mulher, já que era pequena. Antes de ingressar no local, ele começou a treinar novos acadêmicos de outras escolas. À medida que cada criança tem seu próprio ritmo de aprendizagem, eles começaram a criar categorias de tutoria únicas na nova classe. Ao mesmo tempo, ele também observou sessões de vídeo de outros seguidores do YouTube, que agora são seus amigos.
Durante o primeiro mês de tutoria, as categorias adicionais deram certo, mas as coisas deram errado quando alguns acadêmicos esqueceram ou perderam seus cadernos. “Meu marido me viu andar com essa pilha de cadernos para cima e para baixo e um dia ele me disse: “Crie uma corrente e filme suas categorias.” Gostei do conceito e criei um canal que serviria de apoio para meus alunos. “
Depois disso, a professora Angela Matemática cresceu, assim como a responsabilidade. “Foi você quem me mostrou que matemática é tão difícil”, escreveu um aluno em um de seus vídeos.
Há dois anos, Angela ganhou um e-mail de uma mulher de dentro de Santa Catarina que sonhava em ser engenheira, mas o círculo familiar não aprovou sua decisão, dizendo que a engenharia não é uma tarefa para as mulheres. No e-mail, ele diz que um dia descobriu a cadeia matemática e ficou surpreso com os vídeos. “Uau, instrutor de matemática [no YouTube]”, disse ele, e a partir daí começou a estudar.
“Ela foi incentivada por esse sonho e passou no exame frontal para examinar engenharia mecânica na Universidade Federal de Santa Catarina, e passou. Então esse aluno me mandou um e-mail me agradecendo por ser sua inspiração, não apenas por me ajudar com as videoaulas, no entanto, por ser mulher e parecer possível”, diz Angela. “Fiquei muito comovido e muito comovido.”
Quanto às situações exigentes de lidar com dois outros públicos, Angela explica que em sala de aula quer atrair o interesse do aluno, que não está tão disposto. No YouTube, por outro lado, o público está procurando angela; encomendar e recomendar conteúdo e o instrutor produz.
O designer gráfico Héber Simeoni, 33, está no YouTube há 11 anos. Está comprometido com o treinamento de edição de áudio, vídeo, efeitos visuais, montagens do Photoshop, entre outros. Tudo quando eu não estava muito satisfeito com uma tarefa e controlado migrando para um estabelecimento de ensino em São Paulo.
Na nova empresa, onde trabalha com cursos a distância, Simeoni aproveitou seu tempo livre para criar tutoriais para After Effects, Premiere, Photoshop, além de Cinema 4D e Zbrush, e depois publicou todo esse conteúdo em seu canal, com 235 mil inscritos.
Na plataforma, Simeoni é conhecido por treinar de forma lúdica e em linguagem inegável, métodos usados para ajudar todos os tipos de públicos que têm sucesso em seu conteúdo. “Eu gosto do que faço, para mim é divertido, só estou querendo dar para o aluno”, disse ele ao Tecnoblog. “Acho que a sabedoria ajusta nossas vidas, mas a forma como a sabedoria é transmitida pode fazer a diferença para as pessoas.”
Desde 2014, o audiovisual EduTuber vê seu canal como uma empresa. Além de todas as responsabilidades de preparar vídeos, passe o dia para responder às perguntas dos alunos, aproveitar e responder a outros comentários.
Essa proximidade com quem assiste é recorrente entre os EduTubers e vai além da plataforma de vídeo. Carol Gonzalez, 29, é dona da Maria Marcolina Filmes que, além de produtora de prevenção de movimentos, também tem uma “escola” com vídeos no YouTube e em sua própria plataforma.
Para atrair um público tão direcionado, Gonzalez usa o Instagram e o Telegram, que servem como canais de compartilhamento de conhecimento. “Uma animação que aprendi a fazer no YouTube, o usuário vai ver o resultado no Instagram e acho que essa interação entre redes é ótima”, diz.
No Telegram, em particular, ele ocasionalmente armazena informações de áudio, arquivos PDF, evita vídeos de movimento e outros materiais de exame. “No Instagram e no Facebook, você está à mercê do algoritmo, ao contrário do Telegram, que, se o usuário da sua lista, receberá cem por cento do que você envia”, diz ele.
No YouTube, há cerca de um ano, Carol apostou na plataforma enquanto fazia um mestrado para evitar o movimento em Barcelona, na Espanha. Com pouco mais de 1.500 inscritos, o canal não só tem como objetivo ensinar animações, mas também se concentra em ajudar a atrair consumidores através de animações e perceber termos complexos na região.
Apesar de seu grande sucesso e grande número, rodar com o YouTube apresenta suas situações e limitações exigentes. EduTubers ouviu através da reportagem que apenas o YouTube não paga contas, então a plataforma de vídeo serve como fonte de receita suplementar.
“O YouTube é apenas para obter algo extra quando as coisas ficam confusas ou para se reunir [] para comprar o dispositivo que eu preciso”, diz Simeoni.
Angela não saiu dos corredores da escola. No entanto, a pandemia, ela trabalhou em casa para salvar seus alunos de ir às aulas. Ao mesmo tempo, cria conteúdo para o canal. Quanto aos ganhos através do YouTube, lembre-se que seu canal é como uma “biblioteca”, que acaba influenciando a monetização.
“É uma biblioteca onde outras pessoas querem um tema e depois passá-lo; não é o mesmo que um canal de entretenimento que, suponha, o espectador ama esse usuário e então todo o vídeo que eles postam, o usuário está passando por lá assistindo”, diz Angela.
Clarissa Orberg diz que o YouTube “busca continuamente expandir por recursos e fornecer assistência para que os criadores possam compartilhar o conteúdo educacional aplicável e os usuários possam localizar o que estão procurando para serem informados temporariamente e efetivamente”.
Como a educação, o acesso a todo esse conteúdo que pode ser perdido é limitado. Muitos deles não têm efeito sobre todos os jovens brasileiros, eventualmente desencadeando um novo debate sobre a democratização da educação.
Alexsandra Oliveira, doutora em educação e professora adjunta da Universidade Federal Fluminense (UFF), apoia a forma como o YouTube está ajudando na escolaridade, mas também faz observações. “Acho que a plataforma é um recurso escolar, especialmente nesse momento de isolamento social, educação a distância, educação emergencial e também quando nos comunicamos sobre educação a distância.”
“Mas não podemos deixar de falar sobre exclusão social, acadêmicos que não têm acesso à Internet. Vivemos em um país marcado pela exclusão social. O que faremos com acadêmicos de escolas públicas não-tecnológicas? Vamos excluí-los do direito de aprender?
Pelo menos 4,8 milhões de jovens e adolescentes não têm acesso à internet no Brasil; são brasileiros entre nove e 17 anos, de acordo com a pesquisa ICT Kids Online Brasil 201nine, realizada entre outubro de 2019 e março de 2020. O cenário é ainda pior nas áreas rurais, nas regiões norte e nordeste e na Classe D e nessas casas
Muitos EduTubers também estão defendendo um substituto no sistema escolar clássico. Nos vídeos, às vezes eles usam linguagem mais fácil e divertida e, com a tecnologia, eles fazem isso de uma forma mais didática.
Alexsandra defende essa “modernização”, mas insiste que isso deseja ser feito de forma mais ampla, levando em conta também ajustes nas áreas administrativa, educacional e monetária.
Enquanto aguardam essa mudança, os professores devem saber que os professores podem desfrutar desse vasto conteúdo no YouTube em sala de aula. “[Eles podem usar], como metodologia de formação, didática, com mediação de professores no processo. No entanto, ainda temos outro desafio, somando todos em sala de aula”, conclui Alexsandra.
Que assunto, muito legal! Parabéns.
Hoje em dia, você não está informado quem não precisa.
Praticamente qualquer tópico, como pesquisar, você encontra, com qualidade, na Internet.
Muito obrigado Leonardo! Eu sou como você como eu! =)
Parabéns pelo artigo, está tudo bem.
Gostei muito, ainda mais parecido com a educação, algo tão obrigatório no Brasil, que já compartilhei com amigos. No meio de tantas coisas, queremos coisas mais positivas como essa. Parabéns ao Tecnoblog também.
Sim, você também pode usá-lo para examinar e ser informado para a vida toda. Existem muitos canais que explicam a economia, as finanças domésticas, a tecnologia, como fazê-lo, DIY, etc. YouTube é educacional nesse sentido, na outra direção… temos a página online cujo logotipo também é vermelho. Lol
Ótimo artigo!
Estou apresentando cursos de vídeo no Adobe Premiere no Youtube e agradeço.
Que história bem escrita! Este é o conteúdo que diferencia o Tecnoblog de outros sites de geração.