A silenciosa luta pelo acesso à maconha medicinal

No Brasil, é permitido comprar fitoterápicos, mas é importado. É querido e difícil. O fluxo de advogados funciona para que a população possa crescer em casa sem a ameaça de encarceramento. Já existem 95 licenças no país

Por Leandro Machado e Felipe Souza, na BBC Brasil

A médica aposentada Nina de Queiroz, 60 anos, estava gravemente deprimida quando foi a um médico que havia prescrito haxixe sativa, o haxixe popular. “Eu estava tomando vários antidepressivos, mas nenhum funcionou. Saí do local de trabalho determinado a ir ao tribunal para garantir meu direito constitucional à saúde”, diz.

O caso de Nina não é mais o caso no Brasil.

Embora uma lei aprovada em 2006 já forneça suprimentos para o uso de maconha medicinal, a falta de regulamentação levou a decisões judiciais recentes que permitem aos pacientes cultivar haxixe para tratar algumas condições, como autismo, epilepsia, doença de Alzheimer, depressão, ansiedade e doenças crônicas. Enxaqueca.

Essas decisões judiciais, juntamente com mais prescrições e redução da burocracia de importação de medicamentos, criam uma espécie de “legalização silenciosa” da maconha medicinal no Brasil. O resultado tem sido o florescimento desse mercado nos últimos meses, segundo médicos, pacientes, advogados e empresários ouvidos pela BBC News Brasil.

Na época, pais de jovens com epilepsia grave pressionaram o governo e entidades médicas a obter permissão para o uso de derivados de haxixe: os únicos medicamentos que reduziram o aparecimento de espasmos e avançaram na qualidade de vida dos jovens.

Por outro lado, a última solução facilitou a importação, procedimento que levou até 90 dias para ser autorizado.

O habeas corpus preventivo para cultivo doméstico, como o da Doutora Nina de Queiroz, tem um dos equipamentos pelos quais foi legalizado no Brasil. Uma das equipes ativas nesse sentido é a Reforma, que tem 26 advogados em nove estados. Estima-se que algumas das 95 licenças de autossusufato passaram para as mãos dos profissionais do grupo.

Segundo Emilio Figueiredo, advogado do Reforma, o número de habeas corpus concedidos vem aumentando a cada ano. Foram três casos em 2016, mais nove em 2017 e outros 16 no ano seguinte. No ano passado, a Justiça concedeu outros 25 habeas corpus e, até julho de 2020, mesmo com a pausa de tribunais na pandemia, já foram novas 42 permissões.

“O Habeas Corpus serve às elites que plantam a droga para um problema ideológico e filosófico, para mães periféricas e solteiras que não podem pagar o tratamento de seus filhos”, diz ela.

Com exceção de pacientes com habeas corpus e duas associações, os tribunais não permitem que mais ninguém plante e produza petróleo no Brasil. Mas isso não impede que seja vendido ilegalmente nos principais sites de comércio eletrônico e mídias sociais, com entrega de correio. Esse tipo de venda é tráfico de drogas.

Segundo Ladislau Porto, advogado e coordenador da associação, no processo, a entidade tomou a decisão de fazer qualquer coisa “ilegal”: construir o cultivo de maconha para outros pacientes do corpo individual recebidos através de sua fundadora, a ativista Margarete Brito. , a mãe da mulher Sofia, que sofre da síndrome de CDKL5, um desafio raro que causa convulsões e dificulta o desenvolvimento.

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