Contratado por um clube do Acre, MP Bruno para usar uma tornozeleira
Promotor Tales Tranin, 4º. Ministério Público Criminal na taxa de execuções corruptas e fiscalização criminal, informou à rede amazônica nesta segunda-feira (3) que havia pedido ao Judiciário para que o porteiro Bruno Fernandes usasse a tornozeleira eletrônica. O goleiro foi contratado pelo Rio Branco Futebol Clube na semana passada.
Ele explicou que, como Bruno ainda está no semiaberto, o Estado afirma que ele é monitorado e cumpre as determinações do regime.
“Cada estado da federação tem uma abordagem para cumprir o regime semiaberto, aqui no estado do Acre, toda reabilitação que está em regime semiaberto é colocada no tornozelo eletrônico. Por isso, o ministério público está pedindo ao Judiciário que reedita Bruno Fernandes seja colocado na vigilância eletrônica para inspeção e onde ele está”, explica.
Tranin também emite que, por lei, todos os reeducandos que usam tornozeleiras eletrônicas estão proibidos de jogar futebol, pois isso pode danificar o dispositivo, porém, o deputado também informou que o Rio Branco Futebol Clube é culpado de qualquer dano que possa ocorrer. .
“No caso da reabilitação de Bruno, como é sua profissão, o Ministério Público pede ao seu empregador, que é o Rio Branco Futebol Clube, que pague pelos danos ao aparelho para não pesar sobre o Estado”, disse.
Outro ponto considera as normas que o porteiro terá que cumprir no regime semiaberto, que estabelece horas para ele estar em casa.
“Ele vai ter que entregar carta de emprego e ser submetido a todas as regras do semiaberto, como se recolher após às 18h. No final de semana, domingo, feriado, não pode sair de sua residência, mas, como pode ter jogo de futebol domingo ou à noite, ele tem que pedir autorização do Judiciário para poder fazer os jogos”, destaca.
O pedido pelo MP foi encaminhado ainda no domingo (2) para o Judiciário. Agora, o órgão aguarda um posicionamento do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-AC).
Convicção
Bruno Fernandes foi condenado pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. Ele também havia sido condenado por ocultação de cadáver, mas esta pena foi extinta porque a Justiça entendeu que o crime prescreveu. As penas somadas chegaram a 20 anos e 9 meses de prisão.
Desde que anunciou a assinatura do porteiro, vários movimentos emitiram notas de desaprovação. Uma petição já tem mais de 2.700 assinaturas solicitando o cancelamento do contrato. Na última sexta-feira (31), uma organização se acumulou em frente ao clube e voltou a protestar pela contratação.
Com a repercussão negativa, uma rede de supermercados da capital do Acre, que era o único patrocinador do clube na atual temporada, anunciou na tarde dessa segunda (27), a suspensão do patrocínio pela primeira vez após 14 anos de parceria.
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