Experiente nos clássicos, Souza escolhe o maior turco que já experimentou e declara: “Gre-Nal é quem melhor se adapta”

Em um contexto absolutamente diferente dos outros, esta semana apresenta maravilhosas safras do futebol brasileiro. Corinthians e Palmeiras se enfrentam em dois jogos na quarta-feira e no domingo para esboçar o campeão. Internacional e Gr.mio jogam no último momento circular do estado. Para o Paranaense, o choque de resolução é entre Athletico e Coritiba. Mesmo naqueles tempos de pandemia louca, onde o curso dos jogos de futebol terá que ser questionado, uma colheita é uma colheita, e alguns jogadores viveram mais do que outros. Poucas pessoas se deleitam com tantos confrontos antigos quanto Souza.

Revelado pelo Basco e com passagens por São Paulo e Gr.mio, o midboxer agora defende o Al-Ahli, com quem retorna à quadra nesta terça-feira (3), pelo campeonato saudita. Antes de sua aventura na Arábia Saudita em 2018, ele passou 3 anos no gigante turco Fenerbahca, onde experimentou uma das maiores rivalidades do mundo, ao contrário do Galatasaray.

Em uma troca verbal com Trivela, Souza reviu todos os maravilhosos confrontos que participou, analisou o que constitui uma colheita e também falou sobre a pandemia, os jogadores que estão se posicionando publicamente, seu rico prazer em Fener, a torcida fanática turca e, claro, seu clube de coração, o Vasco.

Trivela: O que torna uma colheita especial? Quais são os ingredientes de uma colheita para você?

Souza: “O que torna uma colheita especial é o meio ambiente. Primeiro, a história, porque uma colheita é feita de muitas histórias. Então, a atmosfera do estádio, a semana, os entusiastas de rua, a imprensa, em suma… Tudo isso faz uma safra.

T.: Você já experimentou o que é um dos maiores clássicos do mundo, se não o maior, entre Galatasaray e Fenerbahcae. O que é tão especial, quais são os elementos que o tornam tão incrível?

S.: “Fenerbahca e Galatasaray, Turquia. Você tem mais uma semana. Quando você desmaia na rua, todos cobram pelos resultados, além de apoiá-lo: “Vamos lá, temos que ganhar, esta semana é o último jogo vital.” Assim, cada vez que o calendário da estação é concluído, cada um olha para quando a colheita será. É muito grande, uma das maiores da Europa e do mundo, e estou muito satisfeito por ter jogado esta safra, por ter contribuído com um propósito e acho que é, sim, uma das maiores do mundo.

T.: E qual é a história que você tem que contar em um desses jogos entre Fener e Gala para ilustrar a duração deste clássico?

S.: “A história mais chocante para mim é que eu marquei um propósito no último minuto. O jogo estava 0 a 0, no Estádio Galatasaray, estava lotado, com mais 50 mil pessoas. Eu bati uma cabeçada no último minuto do jogo, ganhamos por 1-0, e esta semana para mim foi o melhor produtivo da minha vida. Quando saí na rua, chegando ao CT depois do jogo, a multidão estava esperando por nós com bandeiras, e meu carro era o topo aclamado na saída. São coisas que me deixaram com uma impressão maravilhosa e que ainda uso hoje. Uma safra deste comprimento não impede quando o árbitro assobia. Quando você chega em casa na próxima semana, cada um toda vez que você desmaia na rua, outras pessoas muito do que aconteceu.

Somos um círculo de negócios familiar.

T.: O torcedor turco é muito fanático por futebol e tem um dos entusiastas mais ativos nas redes sociais. Como você descreveria isso? E como ele se compara ao brasileiro?

S.: “Eu costumava dizer que eu achava o torcedor brasileiro apaixonado por futebol. Acho que isso acabou se perdendo um pouco no Brasil. Tem essa questão da seleção brasileira, de não ter vencido mais um título de Copa do Mundo (desde 2002)… Não sei o que aconteceu, mas acho que se perdeu isso um pouco no Brasil. E, vendo o futebol turco, a forma como eles tratam o futebol, tive a dimensão de que eles são maiores em relação a fanatismo em comparação com os brasileiros. O fanatismo do torcedor turco é algo diferente, que tem que ser estudado.”

T.: Você passou três anos na Turquia. O que você leva de seu tempo por lá? Quais aprendizados tirou dessa experiência internacional? E de quais aspectos da cultura turca você mais gostou?

S.: “Foram 3 anos gloriosos da minha carreira, posso dizer que foram os 3 anos mais produtivos que passei na minha carreira. Nunca estive em um clube desde que estive no Fenerbahca. Foi muito especial para mim. Aprendi com outras culturas, como assistem futebol, como tratam as pessoas. Aprendi muito a respeitá-los, religião (muçulmano). Gostei muito de viver em Istambul. Para mim, é a posição mais produtiva que já tive. Ele viveu os anos do futebol.

T.: E há alguma coisa que o futebol brasileiro possa ser informado do futebol turco?

S.: “O que o futebol brasileiro pode ser reportado ao futebol turco é a organização. Lá você vai jogar contra equipes não tão grandes, e você terá estádios com 40.000, 50.000 pessoas, estádios de moda, centros de educação de moda. A organização do campeonato também é algo que vejo que o futebol brasileiro pode melhorar para se adaptar ao futebol turco nesse sentido.

T.: Você também jogou algumas safras no Brasil. Cariocas, pelo Vasco, Gre-Nal, protegendo o Grêmio, e os paulistas, pelo São Paulo. Qual é a melhor colheita nacional para você e por quê?

S.: “Todas as safras são especiais, mas a que eu senti ao máximo o que eu disse antes, sobre Fenerbahcae e Galatasaray, foi no Sul. Como há apenas dois grupos, a cidade gira em torno desses dois grupos na semana da colheita. Da mesma forma (como na Turquia), você desmaia na rua e outros comentam sobre o jogo. Gre-Nal é mais parecido com a colheita turca e eu acho que no Brasil, tudo é especial, é a safra que faz sua cidade se mover ao máximo.

T.: Se eu fosse descrever os maiores clássicos do clube que você defendeu no Brasil, como seria? Eles são diferentes de outras maneiras?

S.: “Cada clássico é muito especial. Acho que no Rio, Vasco e Flamengo, apesar de hoje o Vasco viver um momento distinto do Flamengo, quando as duas equipes entram em campo sabem o peso que tem a história do clássico. São os clubes de maior torcida e mais títulos no estado, então sempre vai haver essa rivalidade. Em São Paulo, o São Paulo é o maior clube, por ter vencido três Libertadores, três Mundiais. Na época em que eu jogava lá, o que eu sentia ser o maior clássico era com o Corinthians, mas a gente sabe que lá todo clássico é muito especial. Porém, São Paulo e Corinthians mexia muito comigo. Da mesma forma, no Sul, o Gre-Nal. Como mencionei anteriormente, é o maior clássico que tem no Brasil.”

T.: Você pretende voltar ao Brasil? Caso volte, jogaria em um outro clube que não o Vasco?

S.: “Pretendo cumprir meu contrato na Arábia (que vai até 2021). Depois disso, vamos ver o que acontece. Qual será o meu cenário, o do Vasco e outras séries de coisas a considerar. Mas, se eu puder justificar Não voltar para o Vasco, eu jogaria pelo São Paulo, Gr.mio, clubes com os quais tenho identidade e cujos entusiastas me respeitam. Mas o cenário de morar no Rio, junto com minha família, também pode pesar, minha esposa pode morar no Rio e eu jogaria sem qualquer desordem pelo Botafopass, pelo Fluminense, para não ter essa rivalidade maravilhosa com o Vasco. Acho que não há problema.

T.: Como você tem visto a questão do retorno do futebol no Brasil? Deveria haver futebol em meio a uma pandemia?

S.: “Nós, jogadores, não somos diferentes de outros tipos de trabalhadores. Há muitos trabalhos que voltaram muito antes do futebol, que as pessoas têm que pegar trem, metrô lotado, isso, sim, eu acho que é um risco muito grande. Mas a gente, que é jogador de futebol, pode pegar nosso carro, ir para o centro de treinamento, fazer os testes diariamente, voltar pra casa, depois ir para o estádio, fazer os testes novamente antes dos jogos… Então acho que, pelo salário que a gente ganha, a exposição que a gente tem, precisamos, sim, continuar levando alegria para as pessoas por meio do futebol, por mais que seja um risco. Para nós, jogadores, o risco é muito menor do que para um trabalhador, que às vezes tem que passar por tudo isso que falei para ganhar um salário mínimo. Nós não somos intocáveis. Devemos, sim, nos expor, com todos os cuidados.”

T.: Por que você acha que os jogadores de futebol no Brasil não se expressam tanto sobre a retomada ou não do futebol, como é o caso em outros países?

S.: “Os jogadores brasileiros acabam tendo medo do que os outros vão dizer, do que a imprensa vai dizer, do que os entusiastas vão dizer, e acabam não se expressando tanto. Eu acho que os jogadores do Array fazem, falam. (…) Acho que os jogadores estão mais expostos, há muita preocupação com qualquer tipo de retaliação, mas somos gerais e temos opiniões.

T.: Você falou com carinho maravilhoso sobre o Vasco da Gama, como um fanático. Como você vê o momento existente do clube? E o que você quer fazer para garantir que o clube possa, em poucos anos, se posicionar no ponto mais alto a ponto de enfrentar o maravilhoso rival Flamengo?

S.: “Sabemos que o Vasco não está passando por um de seus momentos mais produtivos hoje, mas também não é o pior. Houve situações piores, onde ele estava na divisão de momentos. Acho que o clube quer se reorganizar.” , as outras pessoas que entram no clube devem ser sérias, pensar no Basco, não na política, e gradualmente voltar à posição que não deveriam ter deixado para trás. O Vasco é muito grande, tem uma torcida enorme. Acho que sem os torcedores, o clube estaria em uma situação muito pior, então é justo, com muita calma, que outras pessoas que vêm pintar no Basco tenham um pouco e saibam o que fazer para evitar que o Vasco caia abaixo do nível.

T.: Você é de uma geração de bons nomes e tem contato próximo com Coutinho, Alan Kardec, Alex Teixeira e recentemente falou que conversa com eles sobre um dia voltar ao Vasco. Claro que no caso do Coutinho a coisa é um pouco mais complicada, mas ainda é um desejo seu jogar com eles no Cruzmaltino?

S.: “É minha preferência voltar para o Vasco, vestir a camisa. Mas sabemos que a teoria é diferente da prática. Temos contratos, outras pessoas têm seus desejos, mas eu gostaria que todos nós pudéssemos jogar em combinação novamente e colocar o Vasco de volta no lugar. Mas sabemos que não é tão simples na prática.”

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