Uma grande explosão hoje em Beirute, capital do Líbano, causou pânico e destruição na região portuária. Uma gigantesca coluna de fumaça pôde ser vista de toda a cidade, relataram testemunhas e a mídia local.
Dois recursos de segurança disseram à Reuters que a explosão ocorreu no porto contendo armazéns. A explosão abalou vários bairros da capital, quebrando janelas e portas e ferindo pessoas.
De acordo com a agência de notícias Ansa, os recursos de segurança também disseram primeiro que a explosão havia ferido dezenas de outras pessoas. No entanto, a TV al-Mayadeen informou que muitas outras pessoas ficaram feridas.
De acordo com a emissora local LBC, o ministro da saúde Hamad Hassan disse que houve “muitos” ferimentos graves e danos.
Não há dados sobre a causa do incidente, perto de um domínio portuário, no entanto, fotografias que circularam nas redes sociais mostram uma explosão de enormes proporções. As emissoras locais informaram que as lojas de fogos de artifício estavam no domínio do porto. Não sem demora eu sabia que tipo de explosivos estavam nos armazéns.
“Eu vi uma chaminé e fumaça emergindo sobre Beirute. As pessoas gritavam e corriam, sangrando. As varandas foram arrancadas dos prédios. O vidro dos prédios quebrou e caiu nas ruas”, disse uma testemunha da Reuters.
Outra testemunha da Reuters disse que viu uma fumaça cinza pesada perto da área do porto e depois ouviu uma explosão e viu chamas de fogo e fumaça preta: “Todas as janelas do centro da cidade estão quebradas e há feridos andando por aí. É um caos total.”
Em entrevista à BBC, Hadi Nasrallah, que testemunhou a explosão, disse que a cena era “muito assustadora” e que o barulho era “muito alto”.
“De repente, perdi minha audição. Perdi a audição por alguns segundos. Eu sabia que algo estava acontecendo e, de repente, vi os cacos de vidro derramando sobre o carro”, disse ele, admitindo sua preocupação com um incidente político.
Os jornalistas foram proibidos de acessar a zona, segundo um correspondente da AFP. Em frente ao centro médico de Clémenceau, dezenas de feridos, incluindo crianças, às vezes cobertas de sangue, esperavam para serem admitidos, segundo a agência.
“Eu estava a quilômetros. O vidro quebrado estava em todos os lugares ao meu redor”, informou a jornalista Zeina Khodr, repórter a Al Jazeera, segundo o site do canal. “A explosão foi sentida em toda a cidade”, acrescentou.
O Líbano está passando por sua pior crise econômica em décadas, marcada por depreciação financeira sem precedentes, hiperinflação, demissões em massa e restrições bancárias drásticas, que vêm alimentando o descontentamento social há vários meses.
Há uma semana, após meses de relativa calma, Israel declarou que havia frustrado um ataque “terrorista” e aberto fogo a homens que cruzam a “Linha Azul” entre o Líbano e Israel.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu atribuiu a infiltração ao Hezbollah, um homem armado pró-iraniano altamente influente no sul do Líbano que o Estado judeu considera seu inimigo.
Acusado de “brincar com fogo”, o Hezbollah negou qualquer envolvimento.
*Com informações de AFP, Reuters e Ansa