SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS): Facilitar a quarentena, sem estratégia para realizar testes em larga escala e outras medidas para a transmissão de coronavírus, expõe a população brasileira a riscos muito elevados, diz organização de pesquisadores que monitoram a ação de combate à pandemia.
Vinculada à Rede de Pesquisa Solidária, que inclui instituições públicas e pessoais, a organização considera que a resolução dos estados máximos para medidas de distância social não é bem-vinda e defende ajustes nas políticas adotadas. Espera-se que o país tenha sucesso em breve em 100.000 mortes devido ao Covid-19.
“Será muito difícil voltar à economia se continuarmos com um número tão alto de mortes”, diz a politologista Lorena Barberia, da USP, uma das coordenadoras do grupo. “Os perigos permanecem maravilhosos demais para outros voltarem às ruas e corporações para investir novamente.”
Dados coletados através dos pesquisadores, extraídos de boletins estaduais, mostram que a maioria tomou a decisão de quarentena, enquanto as estatísticas ainda indicavam os principais graus de contágio, segundo critérios seguidos pelo Global Health Institute da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Entre 19 e 25 de julho, 15 estados ainda estavam em alto risco, com mais de 25 novas infecções consistentes com outras 100.000 pessoas consistentes com o dia, de acordo com a pesquisa. Onze outros apresentaram risco moderado, com mais de 10 e menos de 25 novas instâncias consistentes com a organização de outras 100 mil pessoas, somando São Paulo e Rio de Janeiro.
Os dados coletados por pesquisadores estatais significam que estão alcançando a escala que pode dar ao governo a garantia de flexibilidade nas medidas de afastamento social, caso as recomendações da Organização Mundial da Saúde sejam seguidas.
De acordo com a OMS, a quarentena só será confortável em países onde os testes são bem-sucedidos a uma taxa positiva de cinco%, e se for mantida nesse ponto por pelo menos duas semanas, ou seja, em países onde apenas cinco em cada cem testes realizados durante a era são positivos.
Embora as declarações de pico tenham aumentado seus investimentos em revisões nos últimos meses, nenhuma delas atingiu esse ponto de segurança. A taxa de positividade dos testes realizados em São Paulo foi de 14% em 22 de julho, segundo os pesquisadores. Em Gois, são 40%.
“Os números significam que estamos apenas testando para verificar casos máximos graves, sem evidências para rastrear o contágio e identificar outras pessoas inflamadas para isolá-los”, disse Tatiane Moraes de Souza, da Fundação Oswaldo Cruz, ligada ao Ministério da Saúde. , um dos investigadores do grupo.
Parte do desafio é que os estados têm investido pouco em testes de RT-PCR, que identificam a presença do vírus em estágios onde ele é o máximo ativo no corpo. Segundo o grupo, apenas nove estados destinaram mais de uma parcela dos recursos utilizados em testes para esta revisão.
A maioria tem gostado de testes sorológicos, que encontram a presença de anticorpos em outros que tiveram contato com o vírus, mas não o fazem para rastrear outros casos de infecção. Segundo os pesquisadores, apenas seis estados utilizaram as evidências como ferramentas de vigilância epidemiológica.
Nos estados de pico, o número de mortes por Covid-19 é maior em junho do que em maio. Apesar disso, a almaximum começou a reduzir as medidas de distância social em junho, permitindo que a indústria e outras atividades reabrissem, mas mantendo restrições aos assentamentos.
Segundo os pesquisadores, apenas Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul aumentaram o grau de rigidez da quarentena nesse período. “A adesão das pessoas às medidas de isolamento é menor hoje do que no início da pandemia, mesmo em estados onde a rigidez é maior”, explica Barberia.
Segundo o grupo, os Estados só poderão transmitir se investirem mais recursos nas evidências, tomando medidas para identificar e isolar pessoas inflamadas, e ampliando a rigidez da quarentena em vez de avivá-la, monitorando o cumprimento das medidas de proteção.
Pesquisa Solidária A Netpaintings reúne dezenas de pesquisadores de instituições de ensino, como a USP e o Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento). Desde abril, eles vêm gerando boletins semanais com seus estudos. As pinturas podem ser encontradas no site da iniciativa.