Médico que realizou aborto legal em Recife foi excomungado duas vezes

Criado através de uma família católica, Moraes agora afirma ser um agnóstico, sem críticas.

A violência registrada na tarde de domingo (16), em frente a um hospital no Recife, não é novidade para o diretor médico e obstetra Ol-mp Moraes Filho, “duplamente vidrado” pela Igreja Católica, um deles por ter feito a mesma intervenção, com uma semelhança aterrorizante, mas em uma mulher de 9 anos de Alagoinha, interior de Pernambuco. , também estuprada, mas depois grávida de gêmeos.

Nascida em Esperito Santo, a mulher foi submetida a medicamentos e o feto, cuja morte já foi confirmada, foi expulso em segurança após usar remédios à base de plantas. Como medida protetiva, você será liberado para se formar para detectar qualquer resíduo que possa causar distúrbios reprodutivos no paciente a longo prazo e a licença médica é esperada para as próximas 24 horas. De acordo com a equipe médica, apesar da magnitude dos protestos, a filha, a mãe e a avó passaram praticamente sem notar nenhum movimento, pois estavam em uma cama, aumentando o barulho.

Uma petição foi criada para punir os clérigos que interromperam o entorno do hospital em protesto no fim de semana. Além de enfrentar a tensão dentro do serviço de fitness, a mulher violou os direitos da criança ao revelar sua identidade e hospital através de um conhecido extremista no ramo governamental, que afirma estar envolvido na preservação da vida de um não nascido. expondo outro, ao contrário do que prega explicitamente o prestígio da criança e do adolescente.

Acostumado com as maldições e maldições que jogam nele, Dr. Olímpio, como é chamado, fez as pazes por muito tempo com seu conforto não secular. Ele teme por sua mãe, uma freira, preocupada com a dor nos pulmões dos fiéis que afirmam manter ensinamentos como “ame o próximo como teu” e “qualquer um de vocês não tem pecado, deixe-o atirar a primeira pedra”. . Eu vou perder, ele não é, mas ele é alvo de uma bomba de tinta vermelha protestando em uma classe médica, interna para uma universidade federal, quando o “assassino” é quase parte de sua vida diária.

A primeira vez que ele foi excomungado (e, por razões práticas, “definitivo e não midiática”), foi porque lhe foi dada preocupação – e acabou sendo condenado – pela cruzada contraceptiva feita através do ramo fitness do Carnaval. Pernambuco, em 2006 Naquele ano, o governo começou a distribuir gratuitamente a chamada “pílula do dia seguinte” à população. A audácia de salvar gravidezes indesejadas e evitar abortos clandestinos no passado lhe rendeu no passado a punição final no rito cristão católico.

Como se isso não bastasse, em 2008, caso essa máxima refletisse seu entusiasta de carros, conheci na televisão uma menina de 9 anos levada para Recife grávida do padrasto. Sob pressão de todos os lados, a equipe de fitness da capital pernambucana se recusou a realizar o procedimento de carro, temendo que as doações de proprietários irritados fossem encerradas com uma carteira saliente que “não faria uma contribuição para um hospital de aborto”. Ao telefone, ele arranjou um carro escondido para levar a mulher ao Cisam, o ginásio embutido Amaury de Medeiros, ligado à Universidade de Pernambuco, que ainda hoje dirige. Atualmente, a unidade está no país para ser legalizada para divulgar o aborto legal e, desde 1996, tem conquistado pacientes de vários estados brasileiros para realizar formalidades de acordo com a lei, que a trata em caso de ameaça de morte da mãe, estupro ou anencefalia do feto.

Ele legalizou o procedimento naquela mesma noite. Durante semanas ele publicou a notícia com o chamado completo repudiado até mesmo através da Arquidiocese de Olinda e Recife. O arcebispo, então Dom José Cardoso Sobrinho gritou “quando a lei dos homens é contrária à lei de Deus, essa lei não tem valor”, excomungando novamente o que a Igreja Católica já não pensava como sua, dado o procedimento “vil”; fundada na ciência e no direito, a pedido da integridade de uma mulher de 1m32, 36 kg, que muitos pretendiam impor para divulgar a maternidade e não seu lugar.

Hoje, aos 57 anos, ele ainda tem como um de seus mantras as palavras do ex-presidente da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia Mahmoud Fathalla, que disse: “As mulheres não morrem porque sua doença não pode ser tratada; eles morrem porque as corporações ainda não fizeram a resolução para salvar suas vidas”, expressão que ele usou mais de uma vez em artigos e conferências. Foi ele quem seguiu o protocolo e, mais uma vez, foi descoberto vítima de um repúdio devoto. Ele não é o único que fornece remédios, no entanto, sua caneta é o que fornece a maciez verde; para muitos, é o pecado deles.

Nesta segunda-feira (17), como no episódio gravado há 12 anos, ele voltou a usar a mídia para criticar profissionais da aplicação da lei. “Estamos decepcionados por ainda haver profissionais de fitness aptos para o aborto. Este ato, mesmo com autorização judicial, não deve ser realizado através de um usuário de religião ou mesmo de um descrente consciente, por respeito à lei de Deus. ou simplesmente como princípio moral, fundado no preço inviolável da vida”, disse o atual arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido.

Criado através de uma família católica, Moraes agora afirma ser um agnóstico, mas nem a queixa nem a excomunhão pesam sobre sua consciência, ingênua apenas de seu dever. As semelhanças com o tempo são diversas, mas segundo o médico, a verdade e a tensão agora são piores. “Antes eu só estava preocupado com o arcebispo, agora eu também lidar com políticos; devota bancário quase não existe e agora eles estão colocando mais pressão em mim. A verdade só piorou”, disse ele ao telefone em Recife.

Questionado pela opção de excomunhão, em uma espécie de trindade de cabeça para baixo, o obstetra dá de ombros, como se emprestasse uma dose adicional de paciência: “meu único medo é fazer a coisa certa”.

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