Ministério Publico Federal recomenda fim de manejo, mas, grupo Chaules Pozzebom ainda sobrevive na ponta do abunã
Porto Velho, RO – Apesar de sua prisão, as madeireiras e serrarias ligadas ao Chaules Volban Pozzebon continuam operando integralmente no estado de Rondônia, ao longo dos bairros de Porto Velho, Ponta do Abunã. Segundo os fazendeiros, os madeireiros vinculados à Chaules Pozzebom “continuam com seus ativos, se apropriando das matas que ainda fornecem entre os fazendeiros entre o município de Porto Velho e Lábrea, município do Amazonas”.
De acordo com as denúncias repassadas a este site de notícias nesta sexta-feira, 28, ao menos duas décadas, grupos de madeireiros e grileiros de terras da União naquela região ligados a Chaules Pozzebom, ‘tem avançado nos desmates e extração ilegal de madeiras no lado amazonense’.
– O grupo liderado por Pozzebom e o filho, preso pela Polícia Federal contava com um suposto esquema desbaratado pela Polícia Federal e Forças Armadas, com destaque as Operações, Terra Limpa, Ágatha e Deforest’.
A Operação Pau-Oco, que prendeu vários servidores da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (SEDAM), na gestão do ex-governador Daniel Pereira, descobriu que o avanço das extrações ilegais nos biomas da Serra dos Parecis, Reserva Extrativista Rio Ouro Preto, Ponta do Abunã e região da reserva Mapinguari, Chaules Pozzebom e seu grupo vinha obtendo vitórias junto a várias Varas Cíveis dos estados de Rondônia, Acre e Amazonas.
Mesmo sob recomendações do Ministério Público Federal (MPF), recomendando que a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (SEDAM) não emitisse mais autorizações para extração de madeira através de projetos de manejos florestais ao longo das áreas dos municípios de Porto Velho, Nova Mamoré e Guajará-Mirim, ‘ao que parece, continua valendo, porém, agora, sob o título de manejo terceirizado’.
De acordo com as informações, ‘as ações viriam ocorrendo na região da Ponta do Abunã e nas áreas do município de Lábrea, esse no estado do amazonas, segundo ativistas ambientais, a pressão de madeireiros e grileiros tem chegado ao extremo de ameaças de morte quando à resistência por parte dos nativos da região’, ressalta as fontes.
Segundo relatos dos nativos, Chaules Pozzebom, preso durante operação da Polícia Federal ‘teria deixado para o filho Igor e José Teixeira Pozzebom, o legado de mais de uma década e meia de atividades supostamente ilegais na região da Ponta do Abunã e Sul de Lábrea (AM), os quais estariam tocando a todo vapor os negócios de extração de madeiras e agronegócio bovino a partir dos ramais Eléctrica e Mendes Júnior, a cerca de 70 quilômetros da sede do distrito de Nova Califórnia.
– O roubo de madeira, é apenas uma das ameaças sofridas pelas famílias de pequenos produtores rurais que vivem na região
Ferro e Fogo
– Sob a ótica de um ativista agrário e ambiental que prefere não ser identificado, ‘o avanço dos cortes e derrubadas de florestas em terras da União, ocorrem à luz do dia’. Segundo ele, ‘nenhum madeireiro ou grileiro que vende madeiras ao grupo Pozzebom, parece não ter noção do perigo, que é ser pego em flagrante pela Polícia Federal’.
De acordo com os invasores, eles chegam mansa e pacificamente nas propriedades; Geralmente, aparecem do nada e sozinhos. Após fazer amizade e tapinha nas costas, os nativos começam a serem assediados para fazer negócios com a organização, caso não aceitem os sitiantes começam a ser ameaçados, arrematou um ativista morador dos rios Ituxi e Iquiri, no lado amazonense de Lábrea.
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