A organização de mídia do senador Bolonarista é uma das principais emissoras

“A luz solar intensa pode matar o coronavírus em 34 minutos.”Esta é uma das manchetes enganosas postadas através da página online Pleno.News sobre a pandemia coronavírus.

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O site, que promete no seu slogan “notícias reais”, é na verdade “um dos portais devotos que publica o material mais desinformativo”, segundo a jornalista Magali Cunha, doutora em ciências da comunicação e sócia do Coletivo Bereia, Uma iniciativa de Bereia já descobriu vários conteúdos falsos, enganosos e errados nos textos do portal, segundo a pesquisadora. ” ele diz.

Fundado em 2017, o Pleno.News representa a nova face do Grupo MK, uma das maiores mídias evangélicas do país, que investiu em canais virtuais e tem ligações políticas infames.

Conhecida por seu papel na caixa de música gospel – com a gravadora MK Music e R-dio 93 FM – a banda pertence ao círculo de parentes do senador Arolde de Oliveira, presidente do PSD no Rio de Janeiro, sua esposa, Yvelise de Oliveira, é a CEO da corporação e sua filha, Marina de Oliveira, é uma das grandes artistas que fazem turnê pelo grupo. , que também é culpada por divulgar nomes como Aline Barros, Fernandinho, Bruna Karla e a PM e a pastora Flordelis, que recentemente ganhou muita atenção da mídia por ter sido acusada do assassinato do marido.

Com o advento da Internet e das mídias virtuais, os lucros da MK, que eram basicamente um gravador de CD/DVD, caíram drasticamente e a empresa substituiu seus investimentos.”Então construímos todas essas plataformas e nos tornamos necessariamente uma empresa virtual”, disse o senador Arolde.de Oliveira em entrevista à Ag.ncia Peblica.

Levando crédito pela credibilidade e fama de MK entre o público evangélico, a corporação tomou a decisão de descobrir o Pleno.News, no qual a maioria das publicações se concentram em notícias políticas nacionais a partir de uma atitude conservadora – e fundo enganoso para a cena gospel., a MK começou a fornecer instalações virtuais como monetização e gerenciamento de canais do YouTube – MK Network.Clientes vêm com artistas gospel e políticos como o senador Flávio Bolsonaro (republicanos).

Desde agosto de 2018, a MK News gerencia o canal do filho do presidente no YouTube “a fim de aumentar o número de prospectos e assinantes”, conforme anunciado pela empresa.O canal ganhou dinheiro público em propagandas do Departamento de Comunicação do governo federal., como revelado neste relatório.” A chegada de Flevio é de importância maravilhosa, um passo nessa mudança [digital]”, disse o deputado Arolde de Oliveira na ocasião.

Além de Fl’ovio, MK presta esse serviço a outros três parlamentares, o senador Alvaro Dias, o próprio Arolde de Oliveira e a deputada Flordelis, em seu canal musical.a origem dos pagamentos. A reportagem não encontrou indícios do uso de dinheiro público para a contratação de MK por meio de MP.

A radicalização política da organização MK coincide com a técnica do senador Arolde de Oliveira em relação à família Bolsonaro: constituinte e convertido à Igreja Batista, o atual senador um dos primeiros parlamentares a formar a organização evangélica do país.”Desde o fato de não sermos mais uma minoria”, revelou em entrevista à jornalista Andrea Dip para o livro Em nome de Quem?O Banco Evangélico e seu Projeto Energia.lembrou, prevendo que o segmento seria um terço da Casa no próximo Parlamento.

Embora represente um componente conservador da sociedade, Arolde já suportou 4 lendas ao longo de sua carreira (PDS; DEM, ex PFL; PSC e PSD), todos ligados ao chamado ‘cento’.Foi deputado federal do Rio de Janeiro de 1984 a 2018, mantendo relações estreitas com políticos cariocas como Anthony Garotinho e Pesao.

Em 2018, opôs-se à liderança de seu partido (PSD) à candidatura de Jair Bolsonaro à presidência.Com um discurso negando a velha política, foi eleito senador ao lado de Flávio.”Nós [Arolde e Jair Bolsonaro] temos o mesmo pensamento, a mesma formação.Ele é capitão do exército, sou capitão do exército.Depois fiz economia, engenharia, outros cursos, mas o pensamento é o mesmo e continua o mesmo”, comparou.

A proximidade de Arolde com Bolsonaro fortaleceu tanto a cruzada eleitoral do senador quanto a do próprio presidente.”A estratégia de sua cruzada [de Bolsonaro] foi seu discurso e uso de uma rede social onde ele tinha espaço.Não tinha posição na vertical clássica e intermediária.mídia”, diz Arolde, que participou de reuniões pré-cruzadas pelo candidato presidencial.Isso mostra que ele usou a mesma estratégia em sua cruzada para o senador.Fui ao Facebook e encorajei o público evangélico.Enviei uma mensagem ao conservador “, disse ele.

A aproximação com políticos, especialmente os da família Bolsonaro, também faz parte da marca Pleno.News.Em um editorial publicado em 8 de abril, a editora-chefe do portal, Virg-nia Martin, escreveu: “Se eu proteger Bolsonaro?Sim, estamos Pleno.News.Et somos todos a favor da figura deste presidente.”

O símbolo do Bolsonaro também é usado para fazer propaganda do portal, que tem investido nas redes sociais. “Notícias do presidente Bolsonaro e notícias falsas do governo”, diz um dos dez anúncios classificados do Pleno News que foram ao ar entre janeiro e junho de 2020 no Facebook.

A jornalista Juliana Dias, integrante do Coletivo Bereia, foi coordenadora do portal ElNet, que antecedeu o Pleno.News em 2002, e diz que o conteúdo político tem sido mais especial no site recentemente.

“A lógica tem sido produzir dados semelhantes aos temas da fé cristã, uma lógica […] transmitir a notícia com uma perspectiva dedicada, mas não havia tanto partidarismo”, lembra.sobre a proteção do presidente Bolsonaro, estamos dando notícias conservadoras”, defende o senador e dono do Grupo MK, Arolde de Oliveira.

A pesquisadora Magali Cunha refuta o argumento de Arolde.Para ela, a cruzada de Bolsonaro “claramente articulada através de equipes como mk”, com forte participação de portais de notícias dedicados, como o Pleno.News, além de outros exemplos, entre os quais estão Gospel Prime, Mai Gospels e Política Relacionada “.para que o governo Bolsonaro orça esses portais por meio de anúncios pagos com orçamento público até hoje”, diz.

Pleno.News opera anúncios e vídeos no YouTube que são monetizados com anúncios classificados financiados publicamente.No ano passado, foram lançados anúncios classificados para a campanha Nova Previdáncia da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom).

O apoio a Bolsonaro também é transparente na participação de representantes do portal nos eventos de comunicação da cessão do novo governo. No lançamento da cruzada “Aqui é Brasil”, em dezembro de 2019, a diretora-presidente financeira do Grupo MK, Cristina Xisto, tirou fotos com o presidente Jair Bolsonaro e o então ministro da Justiça Sergio Moro.Pleno.News deu uma matéria sobre o evento.

Recentemente, o Pleno.News abriu colunas políticas escritas por deputados, antes deles, os únicos políticos que assinaram artigos de opinião no site foram o senador Arolde de Oliveira e o deputado Silas Malafaia, que escreveram basicamente sobre temas éticos e dedicados.

Os novos colunistas do portal, Bia Kicis e Carlos Jordy, são acusados de se preocuparem com as redes de desinformação e começaram a escrever para o portal em julho deste ano. O MP é alvo de duas investigações dentro do STF que investigam a disseminação de notícias falsas.e a organização de atos antidemocráticos, respectivamente. Neste último, o senador Arolde de Oliveira e outros três deputados sofreram danos em seus segredos bancários a pedido do ministro Alexandre de Moraes.

Para o senador, as duas investigações, sobre dados falsos e atos antidemocráticos, são o que ele chama de “aparato estatal”.É o ativismo político dos ministros do Supremo Tribunal Federal, o STF é uma instituição, mas alguns ministros fazem essas coisas.”

Plenário.News tem destacado esse tipo de reclamações de ministros do Supremo Tribunal Federal.Diante da instância da quebra do sigilo dos parlamentares na investigação das fake news, o site destacou as alegações dos apoiadores do presidente: “Usuários de redes sociais pedem a prisão de Alexandre de Moraes”, dizia uma manchete.Quando o ministro pediu o bloqueio das contas do twitter dos apoiadores do presidente, a página online postou “Web com censura e acusações: #STFVergonhaMundial”.

A pandemia coronavírus também se destacou no portal.”Coronavirus – tudo o que você quer saber”, anuncia a página principal do site.No entanto, o portal divulgou uma série de conteúdos não informativos sobre o tema, conforme relatado por Magali Cunha.La notícias da perseguição aos cristãos na China, por exemplo, desencadeadas pelo renascimento de um velho debate sobre o comunismo”.Nessas histórias, a China classifica como o “lado perverso”, o vírus que vem de lá”, explica.

Conteúdo semelhante também foi publicado na página online da R-Dio 93 FM, alguma outra corporação do grupo MK, e no Twitter através do senador Arolde de Oliveira.Em 11 de agosto, em um tweet no qual chamou Covid-19 de “vírus chinês”, o parlamentar questionou o número de mortes por coronavírus no Brasil.O post compara as mortes do ano passado com as deste ano, mostrando que a diferença é inferior a 100.000.Além de não divulgar a origem dos dados, as agências mostraram que esse tipo de comparação é enganosa.Apesar disso, a publicação ganhou mil curtidas e trezentos retweets.

O senador nega as acusações de fake news.” Full é um canal conservador, mas as notícias estão curadas.Não temos notícias falsas. Não temos uma falsa e citamos a fonte”, disse ele.

Com conteúdo com fortes diretrizes éticas, a MK Music lançou um videoclipe da cantora gospel Cassiane, acusada de romantizar a violência contra as mulheres. Na produção, uma mulher é agredida através de seu marido alcoólatra, mas lhe dá uma Bíblia e um bilhete que ela diz que o perdoa, em vez de denunciar o agressor.Após receber críticas, a cantora disse que o roteiro evoluiu através de Mariana de Oliveira, filha de Arolde.Uma nova edição do clipe foi lançada. Neste, a mulher agredida chama 180.

Segundo Magali Cunha, o conteúdo político começou a se espalhar por portais devotos no Brasil, de forma mais assertiva, a partir de 2010.”Naquela época, o Plano Nacional de Direitos Humanos 3 tinha acabado de ser apresentado, o que continha uma discussão aprofundada sobre o fator gênero e aborto.Isso provocou uma reação dos devotos grupos conservadores, com uma onda de satisfação oposta à ex-presidente Dilma Rousseff, que continuou ao julgamento político”, lembra.

Em coluna publicada em 16 de julho, o senador Arolde de Oliveira corrobora essa tese: “Nossa causa [evangélica] exige a adoção de um esforço consciente e coordenado através de todas as correntes que se opõem ao processo de destruição iniciado pelo governo desde 2003”, disse.No texto, ele coloca como inimigos como o Foro de São Paulo, se opõe a medidas como o Programa Nacional de Direitos Humanos 3 e ainda cita o mito do ‘kit gay’.

Mas mesmo antes da criação do Pleno.News, a organização MK que já transmite conteúdo político em sua mídia.No início dos anos 2000, a corporação tinha uma revista impressa chamada Abordagem Gospel, na qual publicou conteúdo conservador.Em novembro de 2002, foi publicada uma história sobre o recém-eleito presidente Lula.”O que os evangélicos esperam dele”, o título.

Na rádio MK Group, 93 FM, “houve um intenso trânsito de políticos como Silas Malafaia, Magno Malta, Garotinho”, lembra Juliana Dias.Artistas controlados através da corporação também foram convidados a participar de eventos de entretenimento político.Esqueça muitos cantores de garotinho nas rádios e cantores gospel encomendados através do MK.Também aconteceu com o Peezo, o Sérgio Cabral”, conta.

O grupo MK Comunicación, que permanece no rádio e no ambiente virtual, mudou-se para a televisão.De 1999 até o início de 2007, a RedeTV !, a transmissão semanal do programa Gospel Relacionado.No programa, o então deputado federal Arolde de Oliveira liderou o retrato “cristão e político”, no qual respondeu às “questões de cidadania” do público e assumiu uma posição política, especialmente após a eleição de Lula em 2003.

Em um programa de ano eleitoral presidencial de 2006, Arolde perguntou: “Que o leitor vote e elimine tudo o que aprendeu, o que ele experimentou neste momento de corrupção, e que ele sabe precisamente como votar”.Não perca essa oportunidade, se Deus quiser.”

O número 2502, a caixa de correio e o cabeçalho telefônico do programa, repetidas constantemente através dos apresentadores, também o número com o qual Arolde de Oliveira concorreu e venceu todas as eleições que disputou entre 1994 e 2010.

Em entrevista ao P-blica, o senador admite que o uso do número no programa e no rádio faz parte de uma estratégia de comunicação. “A cultura dos números subliminarmente na cabeça alheia. Relacionou o símbolo ao nome. Na época das eleições, é muito fácil para as outras pessoas se lembrarem. Ele se defendeu dizendo que naquela época não havia proibição disso. Nunca fiz nas eleições o que não era permitido, nunca tive um questionamento com a justiça eleitoral ” .

A canção de abertura do retrato “O Cristo ea a Politica”, gravada pelos artistas do MK, será um slogan e um jingle para o candidato.

“Unidos pelo amor, vamos construir um Brasil maior.Brasil primeiro, Deus Primeiro”, disse Arolde em 2018, a união entre seu lema como indicado ao Senado e o de Jair Bolsonaro como presidente.Atualmente, a canção abre o debate 93.FM.

No final de 2017, o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ) ajuizou ação civil pública pedindo que a sentença de R-Dio Mundo Jovem (93 FM) seja cancelada por meio da organização MK Comunicación por ser utilizada para a “autopromoção” de Arolde de Oliveira.

O trabalho explica que Arolde foi membro do rádio como deputado por 18 anos, entre 1 de junho de 1993 e 28 de abril de 2011, “contrário ao artigo 54 da Constituição da República”.A seção 54 estabelece que deputados e senadores não podem “assinar ou contratar” com “uma empresa de execução”, como é o caso dos veículos de transmissão.

Em 2011, Arolde passou suas cotas para sua filha, Marina de Oliveira, porém, mesmo sem a convocação entre os sócios, o MPF-RJ concluiu que o parlamentar continua sendo o “controlador e de fato proprietário” do rádio, que seria usado politicamente através de Arolde.Para isso, o honorável senador responde: “É aí que temos que tirá-lo de lá.Lenga-lenga, aquela coisa comunista.” Para ele, esse procedimento e outros que enfrentou são “perseguições ideológicas, que não têm base legal”.

No julgamento, o advogado Sergio Gardenghi Suiama afirma que “os artigos publicados no MP na página online da emissora não deixam dúvidas sobre o uso político da autorização do serviço”.A investigação está encerrada e o caso está pendente de condenação.através da opinião do gerente, Adriano de Oliveira Francoise, desde junho deste ano.

Para Arolde, “a Constituição diz que um MP pode possuir uma estação de rádio, desde que não seja o diretor”.No entanto, a Constituição não prevê essa situação; é o Código Brasileiro de Telecomunicações que determina que “quem goza de imunidade parlamentar ou de um tribunal especial” servirá como “diretor ou diretor” do serviço de radiodifusão.A lei não diz que os parlamentares podem ser membros ou donos de concessões de radiodifusão.

Além da ação civil pública contra o R-Dio Mundo Jovem, há outros que pedem o cancelamento das licenças de rádio e televisão dos parlamentares. Em 2015, treze entidades da sociedade civil e o Ministério Público Federal em São Paulo entraram com uma ação para reunir 40 políticos de 19 estados.O documento abriu pesquisas em diversos estados brasileiros, incluindo São Paulo, Alagoas, Paro e Amapo.

O coletivo Intervozes do Comunicacao Social apresentou a campanha “Fora Coronéis de Mudia”, que apontou para os carros de mídia nas mãos dos políticos, o chamado “coronelismo eletrônico”.Cartazes foram distribuídos com imagens de “coronéis da mídia” nas cidades brasileiras, acrescentando Arolde.

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