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Por Hora do Povo Publicado em 1º de setembro de 2020
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) condenou a censura imposta pelo juiz Leonardo Grandmasson Ferreira Chaves ao Jornal GGN por meio do jornalista Luis Nassif, a pedido do banco BTG Pactual.
Reportagem do GGN mostrou que o BTG Pactual, banco fundado por Paulo Guedes, comprou uma carteira de empréstimos do Banco do Brasil no valor de R$ 2,9 bilhões, mas pagou R$ 371 milhões.
O próprio Paulo Guedes, que falou sobre o Banco do Brasil na referida reunião ministerial no dia 22 de abril e disse: Vamos ter que vender isso agora, aproveitando o tempo para dar a Flordelis uma solução para o BB, ou seja, atirar em bancos públicos.para obter vantagens de seus parceiros no mercado monetário.
O juiz Leonardo Grandmasson, da 32ª Vara Cível do Rio de Janeiro, desejou o afastamento das instâncias da página online do GGN com multa diária de R$ 10 mil, ordem feita por meio do BTG Pactual.
Para a ABI, a censura “é uma afronta direta à Constituição”.A entidade afirma que, “tendo protegido o “Cala boca ya dead” do Ministro dos Assuntos, do STF, busca, por meio de seu conselho jurídico, tomar providências, desde que “amicus curiae”., para proteger o direito à liberdade de expressão do jornalista Luis Nassif “.
Para Luis Nassif, “o que o BTG pretende fazer é evitar que o tema das bases de dados gigantes esteja disponível para pesquisas no Google”.
O réu adquirido através do BTG Pactual será investigado por meio do Tribunal de Contas da União (TCU), a pedido do subprocurador-geral do Ministério Público, por meio do Tribunal de Justiça, Lucas Rocha Furtado.
O TCU investiga se a aquisição não causou prejuízos ao BB e se “não violou os princípios do objetivo público e da moral”, diz o pedido de Lucas Furtado.
A negociação foi denunciada no final de julho (24) por meio do ex-governador Ciro Gomes (PDT), que chamou a operação de perversa e disse que o governo Bolsonaro “rouba com um braço só”.
Segundo Ciro Gomes, a venda da carteira do BB é feita sem licitação e “ninguém sabe por que o Pactual, ou por que vale tanto”.
O banco fundado através de Paulo Guedes já tinha tido o suficiente com os governos de Lula e Dilma.Cresceu dramaticamente em alguns anos: o patrimônio líquido passou de RS 3,9 bilhões em 2008 para RS 14,7 bilhões (277%) 2015; Fonte líquida de receita superior a US$ 270 milhões a US$ 1,5 bilhão (455%); e o ativo total passou de 19,4 bilhões de reais para 154,6 bilhões de reais (697%).
O BTG tem mantido uma estreita relação com o governo Dilma, vendendo passeios de apresentação para a privatização de estradas, aeroportos e setores.Ele comprou poços de petróleo em Braspetro, ou seja, Petrobras, na África.
Entre os bancos, foi o maior contribuinte para a cruzada de reeleição de Dilma Rousseff em 2014.
É o marido mais velho da Sete Brasil, empresa projetada por Renato Duque e Pedro Barusco para extorquir a Petrobras.
O BTG e o banqueiro André Esteves, que é executivo do banco, foram os objetivos da 64ª fase da Operação Lava Jato realizada em 23 de agosto do ano passado.
O objetivo da operação de identificar os beneficiários da planilha especial italiana, controlada pelo setor de corrupção da Odebrecht, é como o ex-ministro de Lula e Dilma, Antonio Palocci, ficou conhecido nas planilhas do empresário.
Segundo a PF, o Banco BTG assinou um contrato ilícito com a Petrobras para explorar a camada de pré-venda no continente africano, o prejuízo seria superior a US$ 1,6 bilhão, ou cerca de R$ 6 bilhões por fraude patrimonial.
Mas, recentemente, os da operação foram oficialmente anulados, ou seja, por iniciativa do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Palocci também alegou que Esteves havia se beneficiado de dados internos sobre o acúmulo da taxa Selic, o que gerou grandes ganhos monetários, mas a PF também disse em relatório que era inimaginável localizar conhecimento para resolver fraudes.
De acordo com o Prêmio Palocci, no final da campanha eleitoral de 2010, André Esteves concordou com ele em movimentar 15 milhões de reais para garantir privilégios ao BTG no projeto da sonda de barragens da Petrobras.
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