Home / Cobertura
Por Hora do Povo Publicado em 3 de setembro de 2020
A Polícia Federal informou, nesta quarta-feira (02) ao Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a investigação que investiga a tentativa de Bolsonaro de equipar o órgão, de que os ataques do presidente ao ex-ministro da Justiça Sérgio Moro chegaram aqui antes da fatídica assembleia ministerial de 22 de abril, aquele chacal de insultos e verborrea fascista que surpreendeu o Brasil um dia antes da demissão do ministro Moro.
Porém, neste relatório, datado de 23 de junho, surge uma nova mensagem, dez dias antes da reunião, com mais tensão do Bolsonaro sobre o ministro Sérgio Moro.
Em 12 de abril, dez dias antes da reunião ministerial, o presidente enviou um artigo no jornal Valor Econômico ao então ministro em que Moro se desmentou sobre a ordem de captura imaginável para outros que não respeitassem a distância social, uma das medidas de combate à pandemia coronavírus.
“Se isso for verdade: todos os ministros, se contradizem o PR (presidente), podem fazê-lo, mas têm a dignidade de renunciar.Abra para a imprensa”, disse Bolsonaro.
Moro respondeu: “O que existe é o artigo 268 do Código Penal.Eu não falei com a imprensa.
“Se isso for verdade: todos os ministros, se contradizem o PR (presidente), podem fazê-lo, mas têm a dignidade de renunciar.Abra para a imprensa”, disse Bolsonaro.
Moro respondeu: “O que existe é o artigo 268 do Código Penal.Eu não falei com a imprensa.
Foi na referida assembleia ministerial que Bolsonaro descaradamente manifestou seu interesse na Polícia Federal no Rio de Janeiro: “Tentei substituir oficialmente as outras pessoas da nossa segurança no Rio de Janeiro e não consegui.E acabou. Eu não vou esperar para foder minha família vadia, ou meu frifinish, porque eu não posso substituir alguém de segurança no final da linha que pertence à estrutura.Substituição; Se não pode substituí-lo, substitua seu chefe. Você não pode substituir o chefe, substituir o ministro.E o último ponto “, disse Bolsonaro naquele momento.
Veja o segmento da assembleia em que Bolsonaro ameaça Moro
Provas acumuladas até agora na investigação sobre a suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal reforçam as alegações do ex-ministro, ou seja, em relação ao Rio de Janeiro.Oito depoimentos renderam a edição de Moro de que o presidente, desde agosto do ano passado, procurou substituir o diretor.O general da PF na época, Mailcio Valeixo.E sete acrescentaram sua preferência para mover o comando da Superintendência do Rio.
A polícia pediu na terça-feira mais 30 dias para concluir a investigação.
Os crimes investigados na investigação são: mentira ideológica, coerção do processo, defesa administrativa, obstrução da justiça, corrupção passiva privilegiada, dano, denúncia caluniosa e crime contra a honra.
O próximo nível da investigação será a audiência com o Presidente da República, que já foi solicitada através da Polícia Federal.A resolução cabe ao ministro Celos de Melo, que está em estado de saúde.
Já em sua entrevista de saída do ministério, Moro, em reação à declaração de Bolsonaro de que não tinha pressão, apresentou as trocas de mensagens que tomaram posição naquela ocasião, mensagens que não deixam dúvidas sobre as intenções de Bolsonaro.
O primeiro enviado ao Ministro via WhatsApp em 23 de abril.Lá foi publicado um artigo na página online “O Antagonista” que dizia: “PF para a fila de 10 a 12 deputados bolonaristas”.No post do artigo, Bolsonaro afirma: “mais uma explicação por que a troca”.
Sérgio Moro responde: “Essa investigação está sendo conduzida pelo ministro Alexandre no STF”, referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes.”A diligência nos fez pensar através dela, as pausas através dela tomaram decisões, os estudos através dela tomaram decisões”, acrescentou Moro.
Na época, Bolsonaro protegendo publicamente a substituição do comando da Polícia Federal e a abundância de mensagens, obviamente, mostra sua motivação.
Diante da ofensiva de Bolsonaro contra a Polícia Federal, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou a precaução na ocasião para que os delegados investigassem as investigações que ele conduzia que investigavam os ataques do chamado “ódio ao gabinete” contra membros do Supremo, e atos contrários à democracia não foram excluídos dos casos.”
As decisões de Jair Bolsonaro, que se seguiu à demissão de Sérgio Moro, reforçaram as queixas do ministro.Ele nomeou o diretor-geral da Polícia Federal, então chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, que fez uma visita à segurança do então candidato Jair Bolsonaro e está fortemente ligado ao seu filho Carlos Bolsonaro, chamado de “0 dos”, e que é o coordenador do “local de trabalho do ódio”, um projeto semi-holandês que é objeto de uma investigação via PF.