Governador de SC da PF por fraude de 33 milhões de reais em aquisição de respirador

Por Pepita Ortega

Despachos emitidos pelo ministro Benedito Gonoalves, do Superior Tribunal de Justiça, com base em uma investigação sobre fraudes em um contrato de R$ 33 milhões para aquisição de respiradores para combater a pandemia Covid-19 no estado.

Cerca de 30 policiais federais estão cumprindo um total de cinco mandados de busca e apreensão no estado.

As investigações mostram a participação do líder do Executivo estadual na contratação da Veigamed, informou o MPF.

Para a acusação, eles devem demonstrar a criação de um esquema fraudulento de desvio de recursos públicos.

Além disso, este não é um caso semelhante ao crime, mas fatos cometidos no contexto de supostos crimes organizados, complicados e estruturados com o mais alto aparato de poder, com a articulação de agentes com forte poder econômico, conhecimento jurídico, forte influência política e até máxima autoridade do Poder Executivo catarinense”, conclui.

A investigação, conduzida por meio do Ministério Público de Santa Catarina e Polícia Civil, cumpriu 35 mandados de busca e apreensão em 4 estados, sendo apenas a primeira ofensiva aberta como componente da investigação.

No documento, o MPSC constatou a participação do governador Carlos Moisés (PSL) no avanço para a aquisição dos respiradores, e o dispositivo não foi entregue a tempo.

Investigações da polícia civil descobriram mensagens trocadas através do empresário Samuel de Brito Rodovalho, alvo de Oxyigonio, que destacou a suposta atuação do governador no processo de compra de respiradores com Veigamed.

Cada dispositivo custa R$165 mil, acima dos custos cobrados em toda a UE e em outros estados, variando de R$ 60 mil a R$ 100 mil.

Em abril, o tribunal bloqueou os 33 milhões de reais transferidos de empresas para empresas por considerarem “dúvidas” no processo de contratação.

“A SES (Secretaria de Estado da Saúde) precisará se comunicar sobre o assunto”, escreveu em um WhatsApp em 28 de abril.

O então chefe da Casa Civil, Douglas Borba, disse que sim, pediu a “discrição” dos colegas sobre o assunto.

Os deputados catarinenses aprovaram, no dia 17, a continuação do julgamento oposição ao governador e à vice-governadora, Daniela Reinehr (partido) pelo suposto crime de dever no reajuste dos salários do Ministério Público Estadual, caso que passa pelo legislativo.

Por resolução administrativa e confidencialmente, para a denúncia, os salários dos advogados passaram de R$ 33 mil para R$ 38 mil.

Um celular e um computador que já haviam sido doados antes da investigação de 1º de julho foram entregues à polícia.

É de vital importância ressaltar que o Governo do Estado apoia todas as investigações obrigatórias para investigar irregularidades imagináveis no procedimento de compra do respirador e falta cooperação do governo.

Isso não é apenas formal, como foi o próprio governador do estado que determinou, em 23 de abril, o início das investigações da Polícia Civil.

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