Sonhos de Patrocio Guzman e Jorgen Leth

As duas primeiras ocasiões da semana passada foram A Cordilheira dos Sonhos (2019), através de Patricio Guzman, apresentado na abertura do 25º Festival Internacional de Documentários It’s All True, e Eu Caminho (2019), através de Jorgen Leth, uma das programas especiais do festival. Domingo (27/09). Isso na caixa de cinema, é claro. Fatos mais aplicáveis foram dados em outros domínios. Só mencionei dois: superamos as 143 mil mortes no país causadas por Covid- 19 e já tivemos mais de 4,7 milhões inflamados com o novo coronavírus, e em seis estados, somando o Rio de Janeiro, a média móvel de óbitos se acumulou nos últimos dias. Além disso, o domínio queimado na região do Pantanal é estimado em mais de 23 mil km2, superando dez vezes o domínio das plantas devastadas em dezoito anos, e o maior número de focos na antiga série registrada no bioma.

O professor Hugo Fernandes, da Universidade Estadual do Cear, que faz uma expedição clínica à Planície do Pantanal, disse ao Campo Grande News que “a flora geralmente leva menos tempo para se reproduzir, mesmo que não seja como era”. A melhoria da fauna, no entanto, segundo o Campo Grande News, “é lenta porque depende principalmente da réplica de quem atira”. Alguns animais, acrescenta Fernandes, “levam dias para se reproduzir, outras espécies, anos, e faz uma grande diferença. . . Se você tem distúrbios com a onça, que é um animal ágil, corre, nada, e ainda assim você vê registros de morte, o efeito em animais pequenos é muito maior. domínios são comuns, isso [atual] é histórico e todo o bioma será seriamente afetado. Não devemos esquecer que, quando temos mudanças profundas, não há como estimar, como deveria ser, que elas tenham um efeito sobre ou duração da recuperação” (entrevista completa em https://www. campograndenews. com. br / meio-ambiente / pantanal-vontade-recuperação-mas-como-e-em-quanto-longo).

E nós humanos, membros da minoria de 29% dos brasileiros que seu governo é ruim ou muito ruim, você sabe quem, quanto tempo vai levar para nos recuperarmos depois da pandemia nos permite acabar com o isolamento necessário para evitar o contágio através do novo coronavírus, eu me pergunto a pergunta, mas ainda estou envergonhado. Afinal, sou privilegiado. No entanto, eles passaram quase sete meses na casa, sem perspectiva dessa mudança. “A vacina é uma possibilidade, não é uma realidade. Isso pode acontecer em 2021, mas também pode falhar”, disse o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (O Globo, 25/09).

Cansado, deprimido, mas sem saber que 40% da população considera o governo do capitão aposentado justo ou bom, é doloroso ver que a maioria ignora a falta de liderança do presidente, que é principalmente culpado do tamanho trágico da pandemia, que continua a se espalhar e, até que a vacina apareça, “é capaz de causar 180. 000 mortes” , estima Mandetta. Mesmo contemplando que o aumento da popularidade do morador transitório de El Palecio da Alvorada deve-se, em parte, ao auxílio emergencial de mais de 213 bilhões de reais pagos pelo governo a mais de 67,2 milhões de brasileiros, é desconcertante que a obtenção de vantagens apante a percepção da infame inaptidão do presidente , sem contar a devastação ambiental na Amazônia e no Pantanal, a ausência de uma política cultural positiva e o sufocamento planejado da produção cinematográfica, entre outras manifestações de incompetência e destruição planejada. políticas ativas.

Em uma coluna passada, destaquei o desafio de lançar filmes desenhados na era AP (Antes da Pandemia). Exibida apenas agora no Brasil, a Cordilheira dos Sonhos se sai bem nesse sentido, embora, de fato, tenha estreado em 2019 no Festival de Cannes, onde ganhou o Olho de Ouro, prêmio pelo documentário mais produtivo, mas no caso de algumas das produções brasileiras que participam da atual mostra competitiva de Tudo Verdade, no entanto. , eles não podem evitar a sensação de estar sobrecarregado, que parece ter sofrido envelhecimento prematuro.

 

O que diferencia La Cordillera dos Sonhos é integrar a ambiciosa trilogia, incorporada com Nostalgia da Luz (2010) e O Botão pérola (2015), na qual as características específicas da topografia chilena, com ênfase no Deserto do Atacama, a vasta costa marítima ao largo do Oceano Pacífico e dos Andes, estão entrelaçadas com a busca de linhas de linhas políticas desaparecidas durante a ditadura de 17 anos do general Augusto Pinochet Array. de 1973 a 1990, na tentativa de recuperar a reminiscência do que aconteceu no país. ao qual Guzman fiel sua carreira como documentarista, embora ele continuou a viver no exterior. A maravilhosa metáfora da trilogia busca restaurar os laços entre as vítimas mortais do regime militar e a configuração geográfica chilena. que não cura e, portanto, adquiriu um preço duradouro, independentemente de casos como a pandemia.

Jorgen Leth (1937-), diretor de Eu Caminho, outro foco de atenção desde o início do Festival, continua sendo um fiel praticante do cinema de primeiro usuário, cuja máxima, formulada através de Chris Marker (1921-2012) em 1996, é: “Ao contrário da crença popular, o uso do primeiro usuário em vídeos tende a ser um sinal de humildade: tudo que tenho a oferecer sou eu mesmo”. Depois de sobreviver traumatizado ao terremoto do Haiti, onde viveu em 2010, o viajante Leth vai ao Laos, passando por Barcelona e Paris, para acompanhar o encontro de uma instalação de arte sóbria no meio da selva, perto das margens do rio Mekong. Em uma atmosfera sonhadora, misturando livremente passagens realistas, memórias e pesadelos, Leth pinta um retrato comovente de si mesmo e seu próprio declínio físico.

 

Na primeira noite do festival de cinema É Tudo Verdade Brasileiro, Meu Querido Supermercado (2019) foi exibido por Tali Yankelevich, um estilo de treinamento habilidoso, mas desinteressante. O raro carinho que o nome contém é verdadeiro para o No entanto, documentário difícil de entender, foi isso que atraiu o apelo de Yankelevich ao ramo, levando-o a registrar seu cotidiano, sem ir além de uma observação factual inegável.

Crosses Life (2020), através de João Jardim, transmitido na altura da noite do Festival, está a outro nível. O Jardim circunscreve o seu fundo principal na área do Colégio Estadual Doutor Milton Dortas, na pequena localidade de Simão Dias, região rural de Sergipe. Ao abrir, a câmera acompanha um aluno a caminho da escola, então os primeiros 3 da Travessa a Vida se comprometem a observar o regime escolar à distância: aulas, jogo de gravura, trabalho de estruturação, escolarização física, etc. Essa longa encenação em que o documentário passa a focar mais em acadêmicos e acadêmicos individualizados do primeiro ano do ensino médio, um divisor de águas na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Na frente da câmera, uma aluna chorosa fala sobre seu problemático círculo de parentes na constelação. Além da relevância do tema geral de Crosses Life, a escolarização, existem problemas dramáticos imprevistos, como o aparecimento de depressão e o suicídio, por exemplo. Então vemos que há uma erupção contínua no meio da excelência escolar. Apesar disso, chama a atenção a insistência no aparecimento de lágrimas por parte dos estudiosos e a brevidade das afirmações sobre desajustes não públicos e familiares, como se tivessem intencionalmente evitado aprofundar-se nos problemas levantados. Também é estranho, a quase absoluta ausência de interação entre Jardim e os estudiosos e estudiosos que comunicam seus problemas. Outra deficiência incompreensível é que Crosses Life aprova rapidamente a eleição de 2018 sem comentar mais sobre ela, a menos que seja sobre o maior número de não comparecimentos; afinal, o resultado das eleições teve graves consequências para o país.

Quatro Paralamas (2020) de Roberto Berliner e Boa Noite de Clarice Saliby ainda comentam sobre os outros dois filmes brasileiros no festival que vi até domingo (27/09). No entanto, para não dar mais detalhes, deixo minhas impressões na coluna. desses filmes e outros filmes brasileiros competindo no Festival que pretendo ver.

Em conclusão, teremos que assinar a resolução de reabertura de 220 cinemas no Rio de Janeiro, a partir de amanhã quinta-feira, 1º de outubro, assim, segundo O Globo (27/09), 17% do parque de exposições do país. Que a medida é imprudente, como é amplamente demonstrado através das aglomerações causadas pela liberalização de outras atividades publicitárias e recreativas. No caso expresso do Rio, a cidade tem 10. 849 mortes, 102. 246 casos e a média móvel de óbitos. tem mais de dez dias consecutivos, contados até domingo (27/09). Cabe à prefeitura e aos donos de filmes não oferecer novas oportunidades para outras pessoas irresponsáveis assistirem filmes, colocando em risco a si mesmos e aos outros.

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No sábado, 3 de outubro, às 19h p. m. se a primeira programação da série Cinema Vivo será transmitida no canal de Evaldo Mocarzel no YouTube. Com a participação do professor João Lanari Bo (autor de Cinema para Russos, Cinema para Soviéticos, Editora Bazar do Tempo, 2019) e mediação de Maria do Rosário Caetano, serão concentrados os filmes, ensaios e reportagens de Lev Kulechov, Vsevolod Pudovkin e Sergei Eisenstein. Na semana seguinte, no dia 10 de outubro, o pesquisador Luís Felipe Labaki participará do programa comprometido com Dziga Vertov.

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Na próxima terça-feira, 06/10, às 11 horas, Piero Sbragia, Juca Badaro e este colunista conversam ao vivo no Cena Channel 3 com Dibelu – Down the Ditadura, um dos participantes da mostra competitiva O Festival é Tudo Verdade. lembra o movimento que desafiou a ditadura na década de 1970 e mostra as dificuldades encontradas no acesso aos antigos arquivos preservados na Cinemateca Brasileira. O acesso à troca verbal na próxima terça-feira, 06/10, será o link https: // youtu. be/hT-hniY4Gkw

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Sementes: Mulheres Pretas No Poder, através de Ethel Oliveira e Jolia Mariano, estreou no dia 7 de setembro e estará disponível online, com acesso gratuito, até hoje, 30 de setembro, na página online embaubafilmes. com. br. Rio de Janeiro, a primeira circular das eleições de 2018, seguindo seis candidatas: Mônica Francisco, Renata Souza, Talia Petrone, Rose Cipriano, Taino de Paula e Jaqueline Gomes. Sementes: Mulheres Negras no Poder “nasceu da preferência de contar como a barbárie da morte de Marielle Franco se tornou a maior uphaure política liderada por mulheres negras que este país já conheceu e também nasceu com o objetivo de quebrar essa cultura no audiovisual , e aparecem uma história de líderes negros, contada através de profissionais negros. “

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De 7 a 15 de outubro acontecerá a 9ª edição do Olhar – Festival Internacional de Cinema de Curitiba, que contará com cinco longas-metragens e quatro curtas-metragens, apresentados no Festival de Berlim, na mostra Tiradentes e no Festival de Brasília, entre outros eventos. apresentado na mostra Olhares do Brasil, o Festival acontecerá online e os filmes poderão ser levados diretamente no site do Festival, onde você pode assistir a programação completa: https://olhardecinema. com. br/. Dez exposições no total: Mostra Competitiva, Novos Looks, Outros Looks, Olhares Brasil, Pequenos Olhares, Look Retrospectiva, Looks Clássicos, Exposições Especiais, Mostra Foco e Look Paranaense. Em conclusão, será exibido Antena da Raca (2020), através de Paloma Rocha e Luus Abramo, um documentário que reúne diálogos, trechos, cenas dos filmes e entrevistas com Glauber Rocha, que faz parte da variedade oficial da Mostra Cannes Classics, que será apresentada no Festival Lumiére, em Lyon, de 10 a 18 de outubro e no Festival de Cannes, de 23 a 26 de novembro.

 

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