A Netpaintings da CineFlecha apresentará, a partir desta quinta-feira (1), a 1ª Mostra CineFlecha: “(Re) Existir y Curar”, que entrega um conjunto de filmes que apresentam a diversidade da produção de diversos povos indígenas, além de uma das vidas. As pinturas líquidas são compostas por grupos indígenas e articuladores que pintam com cinema, comunicação e antropologia, alguns dos quais são apoiados por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que a produção audiovisual indígena de uma perspectiva antropológica.
Inicialmente concebida como uma mostra tradicional, que organizaria a exibição de filmes e debates em um físico em São Paulo, a ocasião teve que se adaptar ao formato virtual devido ao surto da pandemia COVID-19.
Entre as maiores produções recentes, há filmes que mostram o cotidiano com o novo coronavírus (SARS-COV-2) nas aldeias e como outros povos lidam com a crise fitness. Antes da exposição, a plataforma Mirando Mundos Poss-veis apresentou em julho, trazendo vídeos combinados que trazem experiências indígenas, reflexões e relatos sobre a crise global existente.
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Entre as produções a serem oferecidas está o curta-metragem Narrativo Nativo, produzido por meio da Associação Cultural de Diretores Indígenas (Ascuri), coletivo formado pelos jovens Guarani, Kaiow e Terena de Mato Grosso do Sul.
“Somos uma organização de antropólogos que pinta com o cinema indígena, mas a produção cinematográfica não é apenas nossa pesquisa. A maneira de pintar sobre o assunto é produzir os filmes com organizações aborígenes. Então temos parceiros que são cineastas nas aldeias, além de correr com a formação de novos cineastas”, explica Ana Carolina Estrela da Costa, da Agência Fapesp, doutora pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP).
Além da Estrela da Costa, a organização dos antropólogos é criada por meio de Nadja Marin, André Lopes, da FFLCH-USP, e Luiza Serber, doutoranda do Instituto de Filosofia e Humanidades da Universidade Estadual de Campinas (IFCH-Unicamp), com bolsa da Fapesp.
“O conceito é que este é um projeto de longo prazo. Ele extrapola para a Agnoncia Fapesp os períodos e contextos das investigações individuais dos quatro”, explica Serber, que estuda como outros povos e cosmologies produzem outros compromissos com câmeras e telas. .
O seu é um componente do trabalho “Sistemas Regionais em Transformação: O Caso do Alto Xingu”, coordenado por Antonio Guerreiro, professor do IFCH-Unicamp.
“O cinema indígena traz a atitude dos povos indígenas para uma ampla variedade de temas abordados pelos cineastas, permite que eles percebam os problemas que suas produções consultam e também indequence sobre os efeitos sociais que essas produções têm sobre suas comunidades e além”, diz Agence. Fapesp Antonio Guerreiro, que concluiu uma era de estudos na Universidade de Oxford em julho, array com uma bolsa de estudos da Fapesp.
Do Xingu ao norte de Minas Gerais
Este ano, Serber revisitaria as aldeias de Kaiowo ao redor de Dourados (MS) para aderir ao trabalho de Ascuri, mas a pandemia forçou o adiamento das visitas ao local em análise. No nível de professor, o antropólogo trabalhou no território indígena do Xingu, analisando as produções audiovisuais ao redor de Kuarup – ritual fúnebre bem conhecido pelos povos do Alto Xingu – e o impacto nas comunidades de uma oficina de educação audiovisual apresentada em especial às mulheres indígenas dos povos Ikpeng e Kawaiweté.
No território circulam a partir de produções voltadas tanto para comunidades quanto para o global não indígena – produções bilíngues com ampla sabedoria técnica – ou mesmo vídeos produzidos com câmeras inegáveis ou celulares, basicamente destinados às próprias comunidades.
Ainda assim, muitos desses vídeos alcançam ampla distribuição nas mídias sociais ou mesmo streaming Bluetooth nas cidades, ‘pulando’ no celular e viajando distâncias impressionantes sem uma conexão com a internet. Com esses vídeos, noites, músicas, técnicas circulam, intensificando e acelerando as relações de intercâmbio entre os demais povos da região, explica Guerreiro, que guiou o trabalho.
“No Doutorado, continuo lidando com esse mesmo universo de tópicos, mas agora estou pensando em como os sistemas cosmológicos e cosmopolitas se traduzem em outros modos de interação com câmeras e com o processo de edição, as outras táticas de ver e aparecer mundos. Serber disse.
Estrela da Costa, malvada, está com Maxakali há mais de dez anos na divisa entre Minas Gerais e Bahia. Em 2017, passou o ano inteiro na aldeia, de janeiro a dezembro, para analisar a produção audiovisual. Processos nas aldeias. Atualmente está fazendo um estágio no Collége de France, em Paris, com uma bolsa de estudos da Fapesp.
“A produção audiovisual e cinematográfica de uma organização de outras pessoas ou outras é articulada com sua própria visão de mundo e suas táticas de gerar subjetividades e relacionamentos. Não é nada mais com Maxakali, e quanto mais exploramos a ethnografia e nos deleitamos nos filmes e seus processos, mais uma coisa faz sentido para a outra”, explica Estrela da Costa.
Mostra e COVID-19
A produção em torno do COVID-19 abrange desde aspectos fundamentais da higiene, da vida na aldeia e vídeos educativos que expliquem a origem, a burocracia de transmissão e a atenção para proporcionar.
“Os vídeos acumulados na plataforma Watching Possveis Worlds são como pequenas janelas sobre uma enorme constelação de mundos, em que outras pessoas vivem e concebem os primeiros contatos com esse vírus de muitas outras maneiras. É através de vídeos que podemos ouvi-los cada vez mais. talvez métodos públicos para combater a pandemia”, diz Estrela da Costa.
Para ver a 1ª Mostra CineFlecha: (Re) Existindo e Cura, com palestras e filmes, outras pessoas interessadas devem acessar a seguinte página online entre os dias 1 e 15 de outubro: https://redecineflecha. org/mostra. vídeos disponíveis na plataforma Watching Possveis Worlds: https://redecineflecha. org/mirando-mundos-possiveis.