As situações de seca na região do Pantanal, um dos pontos de queimadas no bioma, devem durar cinco anos, segundo a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil.
O diagnóstico foi votado pelo próprio secretário Alexandre Lucas Alves, em audiência pública na comissão do Senado que acompanha incêndios e movimentos de combate a incêndios no Pantanal nesta quarta-feira (30).
Alves disse que os incêndios deste ano na região do Pantanal se devem basicamente a uma “situação de seca excepcional”.
O cenário de seca excepcional excede a capacidade do Pantanal e dos estabelecimentos públicos que atuam para salvar chaminés locais. Acho que a seca deste ano excede a capacidade de controle das chaminés, mesmo para outras pessoas que usam lareiras como ferramenta de produção”, disse. Disse.
O secretário nacional, então, acrescentou a importância da conscientização sobre o uso da chaminé e, em seguida, reforçou os argumentos passados avançados através de Paulo Teixeira de Sousa Junior, do Centro de Pesquisas do Pantanal, que exigiu maior proibição do uso de períodos legais de lareira ao ar livre por meio de órgãos ambientais.
“Percebemos também que a educação de chaminés, como diz o professor Paulo, terá que ser implementada como forma de prevenção, levando em conta as previsões dos institutos meteorológicos por alguns outros cinco anos nessa situação. E então eu preciso desafiar a academia e ter todos os membros da fórmula nacional de defesa civil contrários às chaminés florestais se unirem para identificar quais são os movimentos e quais metodologias e tecnologias serão necessárias para os próximos cinco anos”, disse.
“A exceção dessa seca, e o cenário para os próximos cinco anos, é um desafio, senador, que teremos que enfrentar, não só depois de superar esse desafio agora desse incêndio, mas para os próximos anos, pois as condições, como vemos, serão definidas”, acrescentou.
O ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) defendeu o uso do “fogo frio”, estratégia usada para remover oxigênio das plantas para evitar a propagação de incêndios. Salles diz que essa estratégia não é seguida por razões ideológicas.
Também participou da audiência, o presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Eduardo Fortunato Bim, também sob pressão da seca, principal causa de incêndios. Bim também lembrou que sua empresa trabalha dentro do orçamento.
“O Ibama opera até o limite de sua capacidade orçamentária. Deslocamos os servidores do PrevFogo para a região do Pantanal.
Obviamente, para enviar mais, queremos apoio logístico local. Temos um problema logístico, não é apenas uma consulta numé massa; Não posso pegar brigadistas de todo o país e enviá-los para o Pantanal”, disse.
“Embora eu tenha enviado brigadistas de todo o país para o Pantanal, eu tiro todos eles, porque eu também tenho demandas locais, há deficiências locais em outras partes do país, em outros biomas que também estão ameaçados. “
Bim, no entanto, se afastou das reclamações devido a recursos limitados para seu corpo.
“O orçamento é um ato conjunto do Executivo e do Legislativo, por isso é transparente que quando dizemos que não há escassez de dinheiro para emergências que ocorram”, acrescentou, respondendo a uma das senadoras Simone Tebet. (MDB-MS), falta de recursos e falta de transparência nas multas por crimes ambientais.
Bim informou apenas que multas e embargos são enviados ao órgão e disse que enviaria o relatório ao MP.
Explicações
Pouco antes da audiência, durante sessão de deliberação, a comissão aprovou um convite ao ministro Ricardo Salles para comparecer e acionar os movimentos de combate a incêndios no Pantanal.
“Gostaria de agradecê-lo por aprovar meus requisitos. Um deles convida o ministro Ricardo Salles, que acaba de ser aprovado, a vir se comunicar conosco, para vir se comunicar.
O ministro tem sido muito aberto, um usuário muito simples com quem viver, por isso fiz questão de que possamos ouvi-lo o mais temporariamente possível, exatamente para esclarecer essas dúvidas, sei que virá muito facilmente”, disse a autora da denúncia, senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), afirmando que o ministro não enfrentaria um ambiente muito hostil diante da escuta que merece aparecer.