Câncer de mama: Médicos do Santo Esperito se mobilizam para transparência da linha de remédio

Quando se trata de câncer de mama, a longa espera pelo cuidado pode ganhar vida, os médicos alertam que se a doença for diagnosticada precocemente, há 95% de chance de recuperação, mas ainda assim, é o tipo de câncer que mais mata no mundo.

Os pacientes se deparam com uma série de burocracias e filas que atrasam o tratamento, causando um acúmulo tão grande em massa que, quando conseguem planejar a cirurgia, não têm mais tempo para agir.

Até 2020, devido à nova pandemia coronavírus, o tempo de espera para o diagnóstico pode ter sido ainda maior, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), 1. 183 mulheres com câncer de mama foram diagnosticadas no Esperito Santo de janeiro a julho de 2019. Na mesma época, em 2020, esse número foi reduzido para 898, ou seja, 285 mulheres a menos, o que, segundo especialistas, pode significar sub-registro de casos.

Para substituir essa verdade e reduzir a cauda dos remédios a zero, dois médicos da Santa Casa de Vitia, que cuidam diretamente de pacientes com câncer, tomaram a decisão de criar o projeto Juntos Pela Mama.

A mastologista Danielle Chamba, chefe de mastologia do Hospital Santa Casa, explicou que devido à demora no diagnóstico, quando chega ao especialista, o paciente suspeita da doença há pelo menos nove meses.

Ela diz que as pacientes têm vários direitos por lei, desde o acesso à mamografia até a reconstrução mamária; na prática, o governo federal não fornece os recursos para garantir que esses direitos sejam garantidos.

“Com esse atraso perdemos o ‘time’. Depois de vir até nós, especialistas, ainda há uma era de espera de pelo menos cinco meses para a cirurgia. E o câncer ajuda a esperar, continua crescendo, multiplicando, além disso, ser doloroso para a paciente, há burocracia para planejar a mamografia, não há médico suficiente e não há centro cirúrgico comprometido com casos de câncer de mama, na Santa Casa, por exemplo, há um meio cirúrgico a percentual com outras especialidades Ou seja, não há como funcionar todos os dias” Diz.

Nesse contexto, que também é verdade em outros hospitais do país, o mastologista relembra o caso de uma paciente que chegou a ela após nove meses online do diagnóstico, em meio à pandemia do novo coronavírus, que durou. Quanto maior o tempo, a operação é legal quando o tumor é tão gigante que pode não funcionar mais.

De acordo com o médico, o caso está isolado. Para buscar substituir essa realidade, ela e o Dr. Vitor Fiorin fundaram o Juntos Pela Mamãe.

“Precisamos construir um meio cirúrgico comprometido exclusivamente com o câncer de mama e, portanto, a linha SUS. Também precisamos garantir a reconstrução mamária, que, apesar de ser um detalhe estético, é muito importante. a diferença para enfrentar um já tão complicado com autoestima e humor inteligente. Mas como posso fazer isso se tenho uma linha enorme de mulheres para começar o tratamento?Também precisamos comprar tampas térmicas que, ao usar tratamento quimioterápico altamente intenso, fazem com que os vasos sanguíneos que passam pelo couro cabeludo contraam, dificultando a transferência da droga para o cabelo, que não cai”, explica.

Mastologista, chefe de mastologia do Hospital Santa Casa

O médico explicou que a atribuição do Juntos Pela Mama tem vários objetivos, como cortar a burocracia desde o início, proporcionando uma consulta externa uma vez por semana onde o paciente pode passar pelos exames a serem analisados tendo que passar por uma consulta prévia, além de tratamento humanizado adicional.

“Nosso objetivo é que a tarefa cresça, atendendo mais pacientes, e que o hospital se torne um exemplo da capacidade de agilizar o atendimento sem burocracia. Para que isso funcione, queremos a ajuda da sociedade. Vale lembrar que a partir dos 40 anos, todos merecem fazer uma mamografia e até mesmo as anteriores, se houver casos na família. Além disso, todo mundo merece se tocar, fazer o autoexame das mamas”, aconselha.

Quando a jornalista Fabiana Rauta Pizzani, 50, viu um nódulo no peito durante o autoexame no banheiro em 2019, ela descobriu que algo estava errado e procurou um especialista, ao contrário de tantas mulheres que necessitam de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), foi tratada e operada em cerca de dois meses.

Seu relato mostra como o tempo de diagnóstico, remédio e cirurgia podem ajudar a superar o câncer de mama. Fabiana conta que após notar o nódulo, foi a um ginecologista e recebeu um encaminhamento para mamografia e ultrassom de mama. O diagnóstico, que levaria 15 dias, foi parcialmente de uma hora, foi na primeira semana de agosto de 2019 e uma mastectomia radical foi realizada no dia 2 de setembro.

“Eu insisti que eu tinha um nódulo no peito esquerdo, senti na maca do ultrassom e mostrei para o médico, com a mão. Ele chamou outro médico e o diagnóstico veio 30 minutos depois. Essa velocidade para exames e cirurgia essencial, nesse ponto que no momento da cirurgia eles viram que uma massa já tinha se tornado dois, em apenas um mês, pois no começo eu nem queria passar por quimioterapia intravenosa, eu fazia tratamento oral”, lembra.

A mesma suspeita após sentir um nódulo em 2014 Sheila Silva Rodrigues, 57, conta que no momento em que descobriu, a massa só foi diagnosticada com gordura.

Com medo, nos anos que se seguiram, ela não teve coragem de fazer uma mamografia e não procurou um especialista até 2017, quando o nódulo começou a se expandir muito, então ele ainda teve que esperar cerca de 4 meses pela cirurgia, que só aconteceu com a doença já muito complexa.

“Eu não esqueço que, na época, a cirurgia só pode ser agendada se houvesse seis médicos juntos. Eu já estava por trás de pedir ajuda, por preocupação, e até mais tarde. Com a ajuda do Dr. . Danielle Chamba, que com um remédio mais humanizado eu fui capaz de lidar com a doença e me remediar de frente, tanto que hoje ela me pede ajuda para correr com pacientes que acabaram de ser diagnosticados, muitos estão tão aterrorizados que não. Ele também tinha essa preocupação com a morte e mostrou que é imaginável ganhar. Este é um momento difícil para as mulheres e qualquer abraço ou tarefa para torná-lo menos doloroso é muito bem-vindo. Você tem que ter humanidade”, diz ele.

“Infelizmente, ainda há uma média de cinco meses de espera por cirurgia. É algo que ainda não foi revertido, mas já completamos muito. Nosso objetivo é tornar a tarefa do Juntos Pela Mama maior, atendendo mais pacientes, e que o hospital se torne um exemplo da opção de agilizar o atendimento sem burocracia. Para que isso funcione, queremos a ajuda da sociedade. Acreditamos que o câncer de mama está muito longe da nossa realidade, mas há 12 anos – pacientes idosos, homens, mulheres que só souberam da gravidez, deve-se lembrar que a partir dos 40 anos todos merecem fazer uma mamografia e até mesmo prévia – se houver casos na família. tocando um ao outro, fazendo o autoexame das mamas”, diz ele.

Há táticas para ajudar a designar Juntos Pela Mama. Um deles doa qualquer quantia ao PicPay ‘TogetherPelaMama. Outra é comprar canecas, camisetas e máscaras oficiais da campanha, para ter na loja Origins e no Aplicativo shipp. Todo o orçamento arrecadado será doado para a alocação e a meta monetária para atingir todas as metas é de R$ 650 mil. Todas as informações, somando responsabilidade, serão realizadas na página online www. juntospelamama. com. br e nas redes sociais do @juntospelamama.

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