O vinhedo enlatado aumenta para 400% pandemia

S-O PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com a pandemia, Fabenne, uma empresa brasileira de vinhos enlatados, passou dois meses sem promover a bebida para seu público principal, que é composta por bares e restaurantes.

Mas o desafio foi temporariamente resolvido: a quarentena deu origem a uma nova clientela, a dos consumidores finais que quebraram resistência ao olhar para o produto, e hoje respondem por 95% do volume de negócios, que subiu para 400% em março. Julho de 2019.

O movimento foi realizado através da ingestão superior de vinho durante a pandemia, através de um cliente mais aberto para pagar e através do valor mais acessível desse tipo de bebida.

Mas a empresa também teve que redobrar os esforços para tornar sua proposta de vinho casual, alimentada na base, para o público.

Os vinhos bag-in-box ainda querem ser separados do símbolo de um produto de baixa qualidade, explica Paulo Brammer, especialista e diretor da escola Eno Cultura, em São Paulo, nos Jardins.

A fórmula do recipiente é composta por uma caixa com uma espécie de bolso dentro, na qual o vinho é armazenado, para consumir a bebida um botão é pressionado e o líquido sai para que um mínimo de ar entre no recipiente, estendendo sua durabilidade.

“Em geral, este vinho é inteligente para uma ingestão rápida e para conservação ou é servido em uma ocasião muito especial. É simples, ideal para o almoço, por exemplo”, diz Brammer.

Para traduzir essa ideia, Fabenne evita o uso de fotografias em sua comunicação que remetem ao global da sofisticação ligada ao fermentado.

“A última coisa que vemos em nosso Instagram é um truque de harmonização. Mostramos condições como uma tigela ao lado de um pote de amendoins. Nos posicionamos como um vinho que vai durar mais e cobrar menos”, diz o marido Adriano Santucci, 32.

Uma bolsa de 3 litros (a partir de R$99) rende 15 xícaras de duzentos ml, que é o conteúdo de 4 garrafas tradicionais.

Durante os testes, Paulo Brammer, da Eno Cultura, descobriu que vinhos armazenados com essa fórmula podem durar cerca de 30 dias.

Sustentabilidade e rentabilidade ficaram empolgados no mercado de comer quando a empresa funcionou no final de 2017 e, um ano depois, atendeu 60 famílias.

Para o setor, esse vinho é usado a serviço da taça, como um vinho espacial e para preparar coquetéis como sangria, por exemplo.

“Vendemos um produto que se encaixa bem no regime de restaurantes no almoço executivo. Digitamos o status quo explicando que você pode ter faturamento superior porque não quer vender um copo por R$30 reais”, explica Adriano.

A empresa também desenvolveu uma garrafa tradicional que é usada através do servidor para medir mais suavemente o volume de doses e proporciona educação aos consumidores para estarem mais informados sobre a bebida e como usar o produto.

Com movimentos que inspiram o uso do vinho como elemento na cozinha, Fabenne tem 2020 atendendo 360 restaurantes, bares e lojas, basicamente em São Paulo.

No passado, o logotipo prepara uma reestruturação para melhor atender os consumidores finais como o movimento de lugares para comer retornos da crise, e também terá novidades online.

Por enquanto, são oferecidos dois vinhos tintos, um branco e um rosé, que foram desenvolvidos em parceria com a cooperativa de vinhos São Joo, em Farroupilha, na Serra Gaacha, no Rio Grande do Sul.

“Estamos caminhando para uma linha de vinhos neste momento em 2021. Nosso conceito é que o cliente fique no logo com mais opções”, diz Adriano.

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