Um ano e cinco meses após a virada aérea do destino que matou o cantor Gabriel Diniz, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes aéreos da Força Aérea Brasileira (Cenipa) (FAB) apresentou a conclusão das investigações sobre os motivos da queda do avião em 27 de maio de 2019. . Os dados foram publicados na última quinta-feira (29).
A virada do destino também matou o piloto Abracao Farias e o copiloto Linaldo Xavier Rodrigues, que dirigiam o avião. De acordo com o estudo do Cenipa/FAB, apenas Xavier estava dirigindo o avião no momento da curva de destino. Segundo a agência, ele tomou as decisões no meio do cenário de voo, o que aconteceu em situações climáticas consideradas desfavoráveis.
O documento menciona “indisciplina de voo”, “julgamento do piloto”, “planejamento de voo” e “processo de resolução”, bem como “atitude piloto” e “situações climáticas adversas” para justificar a queda da aeronave. “A resolução do voo para Maceió, em situações incompatíveis com o voo visual, mostrou fragilidades na avaliação da situação, muito provavelmente que os efeitos na proteção de voo não são suficientemente contabilizado”, diz o texto.
O Cenipa/FAB destaca, ainda, que a aeronave utilizada para o voo não tinha radar meteorológico e não estava certificada para trafegar sob Regras de Voo por Instrumentos (IFR). Linaldo Xavier tinha habilitação para pilotar Avião Monomotor Terrestre (MNTE) apenas em condições visuais.
A aeronave monomotor levava Gabriel Diniz de um show em Feira de Santana, na Bahia, para Maceió, capital do Alagoas, onde ele iria se encontrar com a noiva, Karoline Calheiros, para celebrar o aniversário dela. O avião caiu próximo à cidade de Estância, no Sergipe, a 325 km do destino final.
Naquele momento, o artista no auge de sua carreira, depois de ter seu primeiro sucesso nacional: a música “Jenifer”.
Conforme observado pelo Registro Brasileiro de Aviação (RAB) da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e verificado através da página online “Uol”, o voo irregular, a aeronave utilizada não era permitida para táxis aéreos. O uso do monomotor, de propriedade do Aeroclube de Alagoas, limitou-se ao treinamento.
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