SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma investigação de dois supostos mestres do crime está dormindo nas gavetas da polícia civil de São Paulo há quase um ano, sem conclusão, sob a direção de Joo Doria (PSDB).
Evandro Bitencourt Guedes e Norberto Florindo Junior estão no Alfacon, curso preparatório para concurso público, e são suspeitos de incentivar candidatos a policiais e criminosos a divulgarem tortura e homicídio.
Ambos aparecem em vídeos gravados em relatos de espancamentos e assassinatos de acadêmicos supostamente cometidos enquanto servia como policiais do exército.
O relatório de desculpas pelo crime apresentado à polícia de São Paulo em 2 de novembro do ano passado por meio de uma educadora de 28 anos que morava em Recife, quatro semanas depois, em 29 de novembro, o delegado Rodrigo Celso Alasmar abriu uma investigação sobre o caso.
“Os dados apresentados, em síntese próxima, mostram que 07. 10. 2019 Norberto Florindo Junior e Evandro Bitencourt Guedes, da Alfacon, ensinam e divulgam estratégias de tortura para candidatos e policiais nas aulas de preparação do festival”, diz o documento, que a investigação abre.
Alfacon é um programa que prepara candidatos que desejam seguir carreira no quadro de segurança pública.
A escola ficou clara na semana passada depois que Evandro Guedes, que é o fundador do curso, postou em suas redes sociais um vídeo gravado pelo presidente Jair Bolsonaro dizendo que cuidaria dos acadêmicos aprovados em um festival para a Polícia Federal.
O vídeo foi gravado em 2018, quando Bolsonaro ainda era candidato à presidência.
“Olá, alunos da Alfacon, vocês que estão preparando este concurso da Polícia Federal: Boa sorte, hein. Não é impossível, não. É difícil, e estamos em você. Estamos em combinação e no próximo ano eu vou assumir meus deveres. todos vocês. Obrigada. “
A escola e Evandro Guedes publicaram o vídeo na semana passada, junto com texto indicando a abertura de 2. 000 vagas para policiais federais e 2. 000 para policiais rodoviários federais.
Também em convenção em Alfacon, em 9 de julho de 2018, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente da República, disse que para fechar o STF (Supremo Tribunal Federal), apenas um cabo e soldado.
“É para lá que ele está indo para o estado de emergência. O STF terá que pagar para ver e depois se opor a nós”, disse o filho do presidente. “Cara, se você precisa fechar o STF, quer saber?” Você nem manda um jipe. Mande um soldado e um cabo. Não, você não precisa denegrir o soldado, e afinal, não.
O pedido de desculpas pelo crime contra Evandro e Norberto apresentado à Polícia Civil de São Paulo é baseado em reportagem publicada por Meio de Ponte, jornalista especializado em questões de segurança pública.
Este artigo publica vídeos dos dois professores de Alfacon falando sobre tortura e assassinato.
Em uma dessas gravações, Evandro Guedes diz aos estudiosos que, enquanto corria como guarda criminal, ele jogou uma bomba em um celular cheio de criminosos após ser xingado por um dos presos.
“Há uma granada brilhante e audível que você só pode jogar um bloco, você não pode em um lugar confinado. Eu disse para dizer e o cara disse. Eu joguei lá e fechei”, disse ele. Não foi uma ideia inteligente, mas todos estavam calmos. Houve problemas, orelhas danificadas e ferimentos, mas o controle foi feito. Eu gostei de fazê-lo.
Evandro também relata o caso de um coletivo que atingiu um confronto entre Flamengo e Fluminense, no Maracanã, enquanto corria como policial militar.
Ele diz que passou por uma lata de refrigerante cheia de urina jogada através de “um favelado”. “Pipi da favela. Esse cara louco que ri. “
Incapaz de identificar aqueles no chão, o capitão ordenou que eles fizessem uma surra coletiva.
“Que delícia. Foi aí que descobri que gosto de bater nas pessoas. Seja como for. É tudo o que eu gosto de fazer e eu tenho para mim por anos, então eu não estou enganado. Mas eu gostava de ser policial, cara'”, diz o professor Alfacon.
Norberto, como professor Caveira, denuncia casos ainda mais violentos.
“Trabalhei 27 anos na borda externa. Ninguém trabalhou mais na borda externa neste Alfacon do que eu”, explica Norberto. “Eu sou o único que tem o tempo máximo de polícia. Eu matei ao máximo. Eu torturei ao máximo. Conheço o sem-teto ao máximo aqui.
Conclui com uma recomendação aos alunos. ” Então seja informado do que vou te dizer. Filho de peixe colorido, peixe colorido ‘is’. Você entende?Uma prostituta ladra só vai gerar o quê? Uma prostituta ladra. Então, quando ele mata, matei todo mundo: mãe, filho, bebê. Inferno.
Os documentos recebidos através do relatório investigativo envolvendo os dois professores de Alfacon indicam que um deles foi declarado à polícia até o momento.
O único movimento aplicável na investigação é um pedido para ampliar a era da corrida, feita em 8 de outubro deste ano. A Coroa em favor de uma extensão da era da pesquisa por mais 30 dias.
A opinião do Governo do Estado de São Paulo de que a investigação está em andamento.
“O caso ainda está sendo investigado em um inquérito policial instaurido no Distrito 5 da Polícia (Aclimacao). Uma ordem de serviço já foi emitida para a apresentação e interrogatório do suspeito na enfermaria”, diz o memorando do governo. “A autoridade policial foi emitida. ” Ele também encaminhou o IP (inquérito policial) ao Judiciário, solicitando uma prorrogação do prazo para a conclusão das investigações. “
O professor Caveira da Alfacon, Norberto Florindo Junior, capitão da polícia militar e deportado por posse de cocaína em 2009, chegou a ser preso com a substância.
Na época da cocaína hedionda, de acordo com um relatório da polícia militar, Norberto foi descoberto “nos aposentos dos capitães, convulsionando e aparentando ter ingerido um entorpecente”.
No processo, os policiais de Norberto também afirmaram em uma investigação que o ex-capitão havia usado cocaína e, enquanto estava de plantão, havia ingerido bebida alcoólica; um policial disse que gostava de atacar e matar civis; A polícia também informou que o ex-capitão pediu aos seus subordinados que lhe comprassem cocaína.
A reportagem enviou e-mails à imprensa alfacon para contar o conteúdo do artigo e fazer perguntas sobre o tema, mas não recebeu uma resposta. A reportagem também tentou um contato telefônico através do número de imprensa no site, mas também não conseguiu uma resposta. .