Bolsonaro diz que Doria é ‘autoritário’ e que a pandemia no Brasil ”termina’

BRAS-LIA, DF (FOLHAPRESS) – Um dia depois de chamar o governador de São Paulo Joo Doria (PSDB) de “louco”, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (30) que o “autoritário” é o jogo.

Embora o acúmulo de casos na Europa tenha feito especialistas temerem uma onda momentânea de infecções no continente, Bolsonaro também disse que a pandemia Covid-19 no Brasil está “acabando”.

“A pandemia [no Brasil] está acabando. Acho que [Doria] precisa vacinar outras pessoas temporariamente porque [a pandemia] vai acabar e depois dizer: “Acabou com a minha vacina”. O governo está acabando com isso”, disse o presidente, dirigindo-se aos apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.

Declarações do presidente publicadas no site do Bolsonarista Bolsonaro embarcou em um vôo para o Guarujá (SP), onde deverá passar o fim de semana e feriados.

Segundo o conhecimento do Ministério da Saúde, o Covid-19 tem apenas cerca de 5,5 milhões de ocorrências mostradas no país, com mais de 158 mil mortes.

O presidente criticou Doria várias vezes por semana, basicamente porque o governador de São Paulo defendia a obrigatoriedade da vacinação contra o coronavírus em São Paulo.

No último ataque de quinta-feira (29), Doria respondeu e disse que “o presidente Bolsonaro não me ataca e começa a trabalhar”.

“Tem um governador lá [em São Paulo] que é um pouco de chefe, que [quer] até dar muitas vacinas para a multidão. O que vejo no fator pandemia? Está indo, está acontecendo, estamos olhando os livros de história”, acrescentou Bolsonaro nesta sexta-feira.

“Ele precisa acelerar a vacina agora, ele disse que vai vacinar os 46 milhões [brasileiros no estado]. [Ele] não tem força para fazê-lo, na minha opinião é arbitrário, eu não sei o quê. “O adjetivo que eu daria a qualquer um é falar sobre a aplicação de uma vacina que ninguém ainda disse 100% cientificamente comprovado”, disse o representante.

O objetivo de Bolsonaro é a Coronavac, imunizada desenvolvida por meio de uma farmacêutica chinesa e produzida em parceria com o Instituto Butantan.

O representante ainda desamarmou um acordo entre o Ministério da Saúde e o Estado de São Paulo para adquirir milhões de doses da vacina. Em outra ocasião, ele afirmou que Coronavac não é confiável por causa de sua origem chinesa.

Lembrando que a vacina coproduzida pelo Instituto Butantan não tem evidência clínica, Bolsonaro aguardava a denúncia e disse que o caso é diferente do da hidroxicloroquina, medicamento que apresentou como panaceia oposta à Covid-19.

“Ao contrário da hidroxicloroquina, que existe há quase 70 anos no Brasil”, disse. A hidroxicloroquina é utilizada no Brasil há anos em oposição à malária e ao lúpus, mas não tem se mostrado clinicamente eficaz para a terapia do novo coronavírus.

Doria é visto pelo Palácio do Planalto como um possível adversário nas eleições de 2022, e Tucán e Bolsonaro também foram surpreendidos nesta semana pela reforma administrativa e pelo ajuste orçamentário realizado pelo governador, que extingue órgãos públicos e isenções do CSYC.

O presidente acusou Doria de aumentar os impostos no Estado, enquanto o tocán se defendeu e disse que não há aumento de impostos.

Embora Bolsonaro tenha dito que a pandemia estava terminando no Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse recentemente que os países terão que ficar atentos porque no momento as ondas de infecção “não só são possíveis, mas provavelmente em todo o mundo”.

Diante do aumento do contágio na Europa, outros países do continente estão adotando novas regulamentações de isolamento social para envolver o vírus. Os Estados Unidos também notaram o progresso da pandemia.

Reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal Folha de S. Paulo mostra que o hábito do vírus nos Estados Unidos repetiu a mesma tendência na Europa, com os espaços menos afetados concentrando primeiro o máximo de mortes.

A trajetória das curvas de mortalidade na Europa e nos Estados Unidos é vital para que o Brasil se prepare para o futuro; nos estados brasileiros máximos, o número de óbitos tem se mantido há muito mais elevado em algum tipo de planalto, implicando possivelmente uma diminuição na opção de reincidência.

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