Promotoria usou “estupro culpado” para absolver empresária no caso Mariana Ferrer, para site

O promotor disse que André de Camargo Aranha não tinha “intenção” de estupro e, como o crime não estava previsto na lei, o réu foi absolvido pela Justiça.

Reportagem do Intercept Brasil divulgada nesta terça-feira (3) informou que o empresário André de Camargo Aranha, acusado de estuprar a influenciadora Mariana Ferrer em Florian-polis, foi absolvido após o promotor do caso alegar que Aranha havia cometido um “estupro de culpa”.

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O juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Correcional Florian-polis, teria aceitado o argumento, mesmo que a “violação de culpa” não estivesse prevista na lei. O empresário foi finalmente absolvido em setembro deste ano.

O termo “violação injustificada”, no entanto, não é contestado no acórdão, ata ou alegações finais do MP. Na verdade, a acusação argumentou sobre a opção do tipo de erro do réu: de acordo com o promotor na taxa de No caso, não há como Aranha saber que a vítima não está em posição de consentir a relação sexual.

Assim, se houver um erro de tipo, o crime terá que ser punido em modo culpado, no entanto, estupro não é um crime que pode ser punido dessa forma.

Após a entrada em vigor do caso, a reportagem do Intercept foi atualizada na noite de terça-feira (3) com a seguinte observação: “O termo ‘estupro culpado’ foi usado pelo Intercept para resumir o caso e explicá-lo ao público secular. Artifício não é incomum para o jornalismo. Em nenhum momento o Intercept alegou que o termo havia sido usado no processo. “

O Ministério Público de Santa Catarina emitiu uma nota (3) nesta terça-feira na qual afirma que “não é verdade” que o procurador Thiago Carriço utilizou o termo “violação culposa” para se referir ao empresário inocente. Portanto, a declaração de absolvição dos acusados ​​por meio do Ministério Público não se baseia na tese de “violação culposa”, até porque esse tipo de crime não existe no ordenamento jurídico brasileiro. O réu acabou sendo absolvido no Tribunal de Primeira Instância por falta de provas de estupro de pessoa vulnerável ”, explica o deputado.

A violação ocorreu em 16 de dezembro de 2018 no Café de La Musique beach club em Florian-polis. A vítima veio aqui para fornecer várias evidências de que Aranha a havia drogado e estuprado. “Não é fácil ter que vir aqui para relatar. Este. Roubaram minha virgindade com meus sonhos. Fui drogada e estuprada por um estranho em um suposto e renomado clube de praia da cidade”, postou ela naquele ano. O fator teve um impacto estrangeiro.

Fotos públicas divulgadas pelo Intercept também mostram que Mariana é humilhada pelo advogado de defesa de Aranha. A defesa exibiu fotos sensuais da jovem tiradas antes do crime como argumento de que o namoro foi consensual. O advogado, Clono Gastcao da Rosa Filho, disse que as fotografias eram “ginecológicas” e que ele “nunca teria uma menina” do “nível” de Mariana.

“É o seu pão, não é, Mariana? Essa é a verdade, não é?É o seu pão para a vergonha dos outros. Ele manipula essa história em branco”, diz Cludnio em um dos trechos do interrogatório.

No momento, o advogado repreende o choro de Mariana: “Não adianta chegar com suas lágrimas falsas escondidas e aquela palavra de crocodilo”. Segundo o relatório, Cluudio é um dos principais advogados catalães e já representou nomes proeminentes relacionados ao bolonarismo, como Olavo de Carvalho e a ativista Sara Winter.

Artigo atualizado em 04/11/2020, às 10h22, com base na leitura do arquivo de Mariana Ferrer. O termo “estupro culpado” foi usado na base da reportagem de Schirlei Alves na página online do The Intercept. No entanto, a estrutura não foi utilizada nas denúncias do promotor Thiago Carricao, segundo memorando publicado na noite de terça-feira através do Ministério Público de Santa Catarina (3), por isso o Fórum promoveu a adequação dos textos e títulos das denúncias de casos. .

Nota: O termo “estupro culpado” usado na base da reportagem de Schirlei Alves na página online do The Intercept, no entanto, a estrutura não foi utilizada nas acusações do promotor Thiago Carricao, segundo memorando publicado na noite de terça-feira através do local de trabalho do Ministério Público de Santa Catarina. (3) Como resultado, o Fórum promoveu a adequação dos textos e títulos dos relatos de casos.

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