Segundo Wachowicz, a região dos Campos Gerais do Paraná é “uma faixa de terra estreita no atual planalto paranaense, formada por campos e misturada com pequenas florestas florestais, que se estendem de Jaguariava até a margem direita do Rio Negro. Essa região é conhecida desde o início da colonização do país, pois visitou através de expedições em busca de metais valiosos e também através de expedições ao Paraguai e Paraguai a São Paulo.
Uma das descrições do que é a região dos Campos Gerais, em termos paisagísticos, é a de Auguste de Saint-Hilaire:
“Os Campos Gerais, assim chamados por sua grande extensão, não constituem bairro ou bairro. É um dos territórios que, independentemente das divisões políticas, se destaca em qualquer região pelo seu aspecto e pela natureza dos seus produtos e do seu solo; onde as características que deram à região uma vocação específica deixam de existir são as restrições daqueles territórios. Os Campos Gerais começam na margem esquerda do Itararé, região bem diferente das terras que a precedem no lado Nordeste, e terminam a pouca distância do Registro de Curitiba, onde os verdes verdes assimétricos da planície são substituídos por sombreados. reforço de pastagens e florestas. Esses campos são, sem dúvida, um dos lugares mais charmosos que já viajei desde que cheguei à América; suas terras são menos planas e não tão monótonas como nossas planícies de Beauce, mas as ondulações da terra não são acentuadas o suficiente para restringir o horizonte. Até onde a vista alcança, vastas pastagens são visíveis; pequenos capões em que se destaca a valiosa e vigorosa araucária aparecem aqui e ali nas baixadas, contrastando o tom pesado de sua folhagem com o verde macio e viçoso da grama. De vez em quando, as rochas apontam para as encostas, de onde sai uma cortina de água que se perderá na retaguarda dos vales, um número gigantesco de éguas e bois pastam nos campos e dão vida à paisagem, são poucos casas, mas está tudo bem cuidado, com pomares plantados com macieiras e pessegueiros. O céu não é tão claro lá como nos trópicos, mas talvez esteja mais adaptado à fragilidade da nossa visão (. . . ) depois de tudo que acabei de dizer, é transparente que não para de explicar por que chamei os Campos. Gerais um paraíso terrestre. Do Brasil”.
O Caminho das Tropas tem intensificado cada vez mais a progressão da economia pecuária na região dos Campos Gerais. É imaginável marcar a data do início do movimento das tropas de 1731 a meados da década de 1870, as tropas que começaram a se juntar a esse caminho vieram não só do Rio Grande do Sul, mas também das Missões, Corrientes, Uruguai, Paraguai, com apenas um destino: a Feira de Sorocaba, onde os animais da fazenda com a passagem do Caminho no território dos Campos Gerais , as fazendas cresceram, muitas se separaram das primeiras sesmarias e outras aparecendo com o único propósito de criar ou invernar animais de fazenda no sul. Destaques padis (1981, p. 22):
“Vale ressaltar o Caminho das Tropas, que através de sua penetração, a próxima decolagem do território e a próxima criação de núcleos populacionais, resultaram em várias localidades de Paraná Velho. De fato, conectando os incubatórios – localizados no Rio Grande do Sul – com o principal mercado animal agrícola da época – Sorocaba – essa trilha cruzou o Paraná, criando situações para o aparecimento de diversas aldeias, como Itararé, JaguariaívaArray Parai do Sul, Castro, Ponta Grossa, Lapa, entre outras. A história desses povos é a mesma de tantos outros, espalhando o país (. . . ) “.
Na verdade, “eles estavam na origem do aterramento e descanso e inverno de gado” (MARTINS, s/d, p. 95) e alinham um após o outro, como contas em um colar, ao longo de sua rota. Cada aldeia é separada uma da outra por uma distância correspondente a um dia pelo tropeiro “(WACHOWICZ, 1988, p. 102).
A sociedade que entrou na profissão dessa área no início do século XVIII, e que caiu em desgraça no final do século XIX, pode ser classificada como uma sociedade rural clássica, comprometida com a criação e a pecuária. sociedade caracterizada por ser patriarcal, fundada no latifundio e tendo como sua principal atividade econômica pecuária e, posteriormente, invernagem, com numerosos agricultores comprometidos com o tritiirismo (BALHANA, 1969).
A sociedade camponesa foi fundada em uma extensa família camponesa patriarcal, trabalho escravo e relações com “agregados” – cidadãos de terras agrícolas – funções atuando, como supervisores e cuidadores de animais de fazenda. Com o fim da escravidão, os negros libertados emigraram em grande parte para as cidades e foram os “agregados” que substituíram as pinturas de escravos nas fazendas.
Além dos “agregados”, que no passado cumpriam diversos propósitos realizados por meio de escravos, a expansão populacional derivada do acesso dos imigrantes, bem como das atividades realizadas através deles, foi significativa. Os imigrantes, além de virem pintar nas plantações de café de São Paulo, organizaram assentamentos em várias regiões do Brasil. No Paraná, a imigração estava relacionada ao desejo de criar uma agricultura de origem para a expansão dos centros urbanos e a qualidade técnica das pinturas agrícolas.
A partir de 1877, imigrantes russo-alemães se estabeleceram na Colônia Octvio, na região dos Campos Gerais, subdivididos em 17 núcleos coloniais, posteriormente a imigração de poloneses, alemães, italianos e outras nacionalidades ocorreu, e o processo de imigração não se limitou à organização das colônias, mas também contribuiu para o status quo das atividades publicitárias, através de imigrantes , na expansão dos centros urbanos.
Assim, a expansão dos centros urbanos, também influenciada pela imigração no final do século XIX, pela atividade publicitária e pelo declínio do tropeirismo no Sul do Brasil, ocasiões ligadas a ajustes no layout socioeconômico a nível nacional.
Essas transformações dizem respeito, em primeiro lugar, ao contexto da economia da grama e da madeira e, em segundo lugar, ao cenário econômico do café, que substituiu, em importância econômica, a pecuária e a hibernação; ao mesmo tempo, a frente das ferrovias depreciou e substituiu à medida que se movia. como meio de transporte, causando o declínio, não só do tropeirismo como atividade econômica, mas da própria sociedade rural.
A ferrovia tem desempenhado papel decisivo no processo de expansão econômica do Paraná, seja pela interligação de suas regiões, pela ampliação das atividades publicitárias regionais, seja pela sua importância como detalhe que vende o procedimento de urbanização das cidades que atende direta ou indiretamente, uma vez que os empregos foram gerados e a vida publicitária foi reativada. Dessa forma, “tudo isso aumentou o número de migrantes de outras regiões. Sabemos que com a desintegração da sociedade camponesa, devido ao fim da rota das tropas, muitos povos resultantes de um desembarque tropeiro entraram em crise econômica, “muitos desses habitantes” fugindo da falta de clientes em suas aldeias, migraram para essa região “(DROPA, 1999, p. 221).
Essas antigas facetas dos Campos Gerais deixaram elementos de referência em muitos lugares da região, o que pode ser visto especialmente nas cidades atuais, que já foram desembarques tropeçando, que evoluíram ou com a ferrovia, ou que mantêm as características dos imigrantes. Os ativos constituem uma perspectiva privilegiada em termos de oportunidades turísticas e imagem refletida no turismo e na dupla de rede, nesse sentido, as probabilidades são inúmeras, seja em termos de religiosidade, patrimônio construído, gastronomia, patrimônio vegetal, imaterial entre outros.
No que diz respeito aos Campos Gerais, o que define essa região são as facetas geográficas e o antigo procedimento de desenvolvimento, seja em termos de tropeirismo como atividade econômica, urbanização das aldeias por influência da ferrovia, ou mesmo o processo migratório.
Seguindo a rota Caminho das Troopas, destacamos algumas ofertas que têm potencial significativo, natural ou culturalmente, algumas das quais são componentes de todas as agências governamentais que já estão investindo no turismo, percebidas como uma oportunidade de coletar o câmbio e criar empregos, bem como uma estratégia de conscientização educação/comunidade para manter e manter a atratividade.
No município da Lapa, a preservação do patrimônio milenar construído e do herbário tem sido controlada para manter linhas e traços de momentos ancestrais marcantes, como as peregrinações na Gruta do Monge Joo Maria que retratam uma religiosidade popular que marca a cultura devota nos Campos Gerais. , atraindo inúmeros visitantes em qualquer época do ano, destacando a influência do misticismo do mongeArray que só pode ser trabalhado com a “Rota do Monge”, envolvendo os povos atravessados por ela e fazendo referência aos “olhos d’água” pontiagudos que o monge santificou para onde foi, que até hoje são visitados pelos fiéis que buscam essas águas , milagroso, bem como batizar jovens nesses lugares.
Na comuna de Palmeira, posição marcada pela presença do tropeirismo, da ferrovia e da economia herbácea, de maravilhosa importância, além dos campos de ervas como o santuário do Sr. Bom Jesus do Monte, o Recanto do Rio dos Papagaios, demonstram a consciência da população sobre a conservação do meio ambiente e o respeito pelo serviço turístico.
O santuário de Bom Jesus do Monte, na rede Vieiras, a 41 quilômetros da sede municipal, é um rico patrimônio cultural e de ervas, representando a devoção do Sr. Bento Luiz da Costa, que construiu 14 pequenas capelas entre décadas. de 1930 a 1960, tudo em pedra, e em forma combinada um navio de cruzeiro em paisagens deslumbrantes.
O município de Ponta Grossa, com as mesmas características ancestrais dos demais municípios da região, possui uma perspectiva turística ligada ao patrimônio ancestral e, por sua vez, o patrimônio vegetal é de incrível beleza, como o Parque Estadual de Vila Velha , concretizada em 3 gigantescos complexos turísticos como: Os Arenitos, Lagoa Dourada e Furnas. Leve em consideração também o Buraco do Padre, local de beleza singular, composto por um anfiteatro subterrâneo, onde corre uma cachoeira com cerca de 30 metros de altura. Na região do distrito de Itaiacoca existem cachoeiras, rios e cachoeiras, como a Cachoeira de São Jorge e a região do Capão da Onça. Outra grande atração turística é a região dos Alagados, a 20 quilômetros do centro da cidade. Outras oportunidades turísticas são as fazendas que expandem o turismo rural, bem como atividades semelhantes ao ecoturismo.
Outra perspectiva turística dos Campos Gerais é o município de Castro, rico pela preservação de seu antigo patrimônio e ervas, também ligado à história do tritropeirismo, sede da Fazenda Capo Alto, com seu espaço central construído de adobe, um dos únicos do gênero no Paraná, é de valor para visitar. Em Castro, há panfletos turísticos à base de ervas, especialmente cavernas, rios e cachoeiras, a colônia Terra Nova, Salto da Cotia, Rio Iap, entre outros. Grande atenção e interesse turístico merecem o Parque Nacional Guartel Canyon, entre as barreiras dos municípios de Castro e Tibagi, constituindo o sexto maior cânion do mundo em tamanho.
O município de Tibagi oferece muitas oportunidades para os amantes da natureza para recreação, recreação e contemplação, você pode visitar tesouros turísticos como: Saltos Santa Rosa, Peludo, Paraso e outros. sites, é igualmente atraente.
Por sua vez, o município de Jaguariava é mais uma oportunidade turística na região dos Campos Gerais, sua origem também é semelhante ao Caminho das Tropas e é conhecida como Portal do Norte Pioneiro. Herança de ervas, como: Cachoeira do Véu da Noiva, o penhasco conhecido como Santa do Paredo, Burao de Santo Antônio e até Rio das Mortes com corredeiras, cachoeiras e piscinas de ervas. Inaugurado em 2001, o Parque Fechado abriga a flora e a fauna.
Outras localidades incluem Pireu do Sul, São Joo do Triunfo, Carambe, Arapoti, Ortigueira, Sengés, Curieva, municípios que possuem acervo histórico, cultural e de ervas.
Veja os caminhos históricos que aconteceram na última terça-feira (24/11):
Maria Dropa é professora aposentada da Universidade Estadual de Ponta Grossa, em execução e patrimônio cultural nacional
Referências:
BALHANA, A. P. et al. , História do Paraná, Curitiba: Grafipar, 1969, v. 1.
DROPA, M. M. La que lembra o antigo patrimônio indexado em Ponta Grossa – Paraná (Tese de Mestrado – Faculdade de Ciências e Letras de Assis), 362 pp. , Asses, 1999.
MARTINS, R. História do Paraná 3e ed. Curitiba: Guairac, s / d.
PADIS, P. C. Formação de uma economia periférica: o caso do Paraná. São Paulo: Hucitec, 1981.
SAINT-HILAIRE, A. Viagem a Curitiba e Santa Catarina. Trad. Regina R. Junqueira. Belo Horizonte: Tatiaia: São Paulo, 1978.
WACHOWICZ, R. História do Paraná. Ed. Curitiba: Vicentina, 1988.
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