“É assustador”, disse um policial a um delegado acusado de assédio. Ouça áudios

01/03/2021 11h47, atualizado em 01/03/2021 11h52

A Polícia Civil do Distrito Federal revelou em detalhes como é o regime na Delegacia Especial da Mulher (Deam), localizada na Asa Sul. A chefe delegada do especialista, Sandra Gomes Melo (foto em destaque), é alvo de investigação, que apura denúncias de assédio contra agentes, trabalhadores e delegados, conforme divulgado por meio da Metrópoles neste sábado (01/02). Segundo um garçom, o líder “impõe medo” e ainda dá para ouvir gritos nos corredores da unidade policial.

Sem se identificar, por medo de retaliação, um servidor especifica que o delegado é uma prática administrativa contraditória.

“É um controle no qual impõe medo, pela força para delegar, e o usa demais, porque maltrata o servidor. Se o usuário não aderir exatamente ao que diz, fica desgraçado, zangado e odiado. Vi vários colegas, homens e mulheres, sendo amaldiçoados e ouvindo insultos. Os gritos ecoam dentro da delegacia ”, explicou.

Ainda de acordo com a polícia, outros garçons e contratados já ficaram chorando por causa dos estupros. “Esta é uma prática que sabemos que existe há muito tempo, na componente deste delegado. Dentro da PCDF, a grande maioria dos delegados e agentes sabe o que está acontecendo, no entanto, devido a casos de força maior, eles nunca responderam e continuaram a se perpetuar ”, disse ele.

O servidor afirma que o cenário atingiu seu limite. Ele diz que muitas outras pessoas ficaram doentes como resultado do bullying. “Procuraram a policlínica. Eu um deles. Pedi ajuda porque perdi o equilíbrio. Não dormimos, não pintamos bem, perdemos a vontade e a ilusão de pintar. Nós nos sentimos mal neste ambiente. Muito arrogância ”, disse ele.

“Quando o delegado está fora da delegacia, o tempo está bom, ameno em todas as áreas, seja no horário de trabalho e no plantão. Quando é, é uma tensão no ar. Sensação de despertar, constrangimento. Todos sabem disso, mas poucos têm coragem de se manifestar ”, acrescentou.

Outro servo também disse a Metrópoles que ele adoeceu enquanto estava em Deam. Ele disse que “não é um ambiente saudável”. Segundo o depoimento, a empregada até evitou qualquer contato com a delegada, pois presenciou o deslocamento de suas colegas na unidade.

Divulgação / PCDF

Campus / Reprodução

Rafaela Felicciano / Metrópoles

PCDFPCDF

“Ela gritou comigo uma vez, O fato foi percebido por algum outro servo. Em outro caso, ela também foi incrivelmente rude, mas tentei ser compatível. Com o tempo, outras coisas aconteceram. Ela insistiu que eu atuasse nos assuntos policiais de outras pessoas que eram suas amigas, ou figuras políticas influentes, em condições com as quais ela não concordava ou porque era uma ocorrência incomum e consistente. Isso me causou muito sofrimento intelectual, porque eu expressei minha opinião, mas ela insistiu que eu tomasse a medida que eu queria ”, admitiu o policial.

Segundo ela, a reação piorou quando o vice-líder começou a se perguntar. “Ele começou a me tratar muito mal, acusando-me de prejudicar o meu símbolo profissional e a mim da unidade. Senti que os garçons tinham medo de se comunicar comigo. Tive uma sensação de pânico só de estar aqui, tive insônia, não dormi ”, explicou.

Em 2018, a diretoria do Sindicato da Polícia Civil do DF (Sinpol) chegou até a Deam, após denúncias de degradação do clima organizacional e condições comuns de bullying e assédio.

A organização também foi acompanhada por advogados, que prestam assessoria jurídica ao Sinpol-DF. Eles esclareceram os meios pelos quais o sindicato pode tratar essas questões, acrescentando judicialmente, e orientaram a polícia sobre como atuar em caso de assédio, principalmente na denúncia de crime.

Na ocasião, foi enfatizada a disposição para atuar de acordo com os poderes legais. Os administradores também que sempre que o policial se sentir estressado por agir de forma inadequada, é fundamental procurar o sindicato.

Durante a visita, várias outras irregularidades administrativas também foram discutidas, como a entrega como forma de retaliação. O sindicato também solicitou o concurso de remoção. Segundo a entidade, as demissões são a forma como os gestores estão acostumados a um clima de tensão e assédio, por meio de ameaças e perseguições de quem apenas questiona irregularidades e ilegalidades.

decreto

O governo do Distrito Federal (GDF) emitiu uma portaria em dezembro do ano passado que incentiva a denúncia de casos de assédio ético e sexual na esfera pública. Com o objetivo de identificar e punir os autores das agressões, no âmbito das corporações, institutos, sociedades e municípios de gestão direta e indireta.

A apuração da denúncia é sigilosa, de caráter meramente investigativo, o que servirá de subsídio ao imaginável status quo de uma investigação ou de um procedimento administrativo disciplinar (DPA).

Possivelmente se tratam de casos registrados no ambiente das pinturas, onde a convivência ocorre entre funcionários, ou ao ar livre nesta área, mas em decorrência de ocasiões que ocorrem em ambiente profissional. Funcionários, comissários, subcontratados, estagiários, aprendizes juniores e colaboradores eventuais podem protocolar ou ser denunciados.

As denúncias devem ser apresentadas aos mediadores do órgão, seja o assediador ou a vítima, por meio da central 162 ou do site ouvidoria. df. gov. br. Cada caso será analisado separadamente por uma comissão de funcionários, que a denúncia será feita à polícia do DF.

O objetivo do programa é auxiliar e capacitar gestores e trabalhadores no combate às condições de assédio no escritório e, consequentemente, na produtividade, mitigar casos de doenças e pedidos de afastamento, além de vender um alívio em acidentes de trabalho . .

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) abriu inquérito para apurar a conduta do delegado. O caso é tratado pela Corregedoria da Polícia, em colaboração com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por se constituir em improbabilidade administrativa, em razão do descumprimento dos princípios da moralidade. Array impessoalidade e transparência, que regem o serviço público.

A Metropoles apurou que a investigação foi aberta em 14 de dezembro de 2020 e que investiga o ato disciplinar previsto no artigo 43 da Lei nº 4. 878 de 1965, que trata da “prática de ato que escândalo ou contribua para compromisso o serviço policial “. Treinamento

Os processos judiciais foram apresentados por meio de seis delegados de polícia e nove policiais. Os garçons detalhavam quadros de angústia mental, como: taquicardia, insônia, desânimo, pânico no trabalho, até quadros de inflamação excessiva e depressão. Três deles afirmaram ter sido transferidos para a policlínica do PCDF para obter tratamento psiquiátrico e psiquiátrico, em decorrência dos supostos atos de “abuso de poder” e “manipulação perversa” perpetrados pelo delegado.

Segundo relatos do Ministério do Interior, a alegada perseguição surge a partir de um cenário que agrada a delegada, como interrogá-la sobre uma irregularidade, manifestar opinião divergente sobre determinado assunto ou apresentar atestado médico. A polícia afirma estar em “cenários humilhantes”.

Eles explicaram que estão com raiva e se referem a eles como “nerds” e “burros”. Alguns carregam que sofreram a imputação de factos falsos, com o intuito de lesar o símbolo pro e, assim, isolá-los da unidade, sob o pretexto de acto presumido lícito.

A Polícia destacou que durante o horário de trabalho não é incomum “ouvir os gritos” do delegado, e que já notaram que antes vários empregados choravam. Uma das denunciantes afirma ser alarmante que tais condições ocorram no entorno de uma delegacia de mulheres, já que merecem ser especialmente protegidas por elas e para divulgar a dignidade da pessoa humana.

Outro contou à Corregedoria como se sentiu ao lidar com a delegada Sandra Gomes Melo. “Chorei, senti sintomas de taquicardia e ataque de pânico, coisas que nunca tinha sentido antes desta experiência pictórica. Não se pode imaginar que os policiais sejam condenados por um período da vida em que adoecem e apresentam atestado médico já aprovado pela policlínica. Não somos robocops ”, disse ele.

Em nota, a Corregedoria Geral de Polícia informou que estava investigando os fatos e que o processo era sigiloso. “O PCDF especifica que o CGP é independente para apurar todos os processos judiciais que lhe sejam apresentados e para aplicar os rigores da legislação”, especifica o texto.

Em relação às medidas para evitar o assédio no local de trabalho, a empresa explicou que a policlínica da PCDF produziu uma brochura sobre o assunto. “A cortina vai ter na intranet para todos os servidores, e também desenvolve vários sistemas que envolvem o autodesenvolvimento das relações pessoais, profissionais e interpessoais”, explicou.

Nas Metrópoles, o Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (Ncap), do MPDFT, também tem mostrado que apóia as investigações. Ele observou, entretanto, que “portanto, não há evidências para solicitar a revogação do delegado. As provas são divergentes e não há indicação de que esteja a assediar ou coagir um funcionário que pode simplesmente servir de testemunha ”.

De acordo com o MPDFT, as investigações estão em andamento e todas as providências serão tomadas oportunamente.

Na reportagem, a delegada Sandra Melo Gomes negou tal conduta com seus subordinados. “Tais acontecimentos não continuam, são falsos e são objeto de uma justa investigação com a recolha de documentos e testemunhos infundados”, respondeu.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho: “Assédio ético interpessoal é qualquer comportamento abusivo e repetido, que ameace a integridade da tarefa com o objetivo de humilhar, envergonhar, abalar psicologicamente ou degradar o ambiente profissional”.

O assédio sexual no trabalho, por outro lado, tem a particularidade de envergonhar com palavras, insinuações, gestos ou atos que visam a obtenção de mérito ou favor sexual. A vergonha não precisa ser repetitiva, uma vez que caracteriza o assédio sexual.

Ambas as instâncias trazem consigo o conceito de perseguição, caracterizado pelo domínio dos assediados. A principal diferença reside na disposição dos interesses: enquanto o assédio sexual viola a liberdade sexual, o assédio ético afeta a dignidade mental da pessoa humana. Ambos os casos têm consequências adversas para as vítimas.

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