O vai e vem dos ônibus sobre as regras de ocupação dos hotéis e pousadas catarinenses tem confundido os visitantes e, além disso, os gestores desses locais no litoral norte do estado, onde o movimento tende a se acumular no verão. , a incerteza cria transtornos nos planos operacionais e monetários dos serviços de acomodação.
Diego dos Santos, recepcionista do Hotel Fragata, em São Francisco do Sul, diz que a falta de definição da profissão desses espaços tem causado confusão: “Aderemos aos decretos, mas isso dificulta a permanência. Há incerteza sobre a contratação de funcionários, se mais reservas devem ou não ser levadas em conta no local do estudo”, diz.
Segundo ele, o movimento naquela época foi reduzido pela metade em relação a outros anos. “As pessoas tinham medo de fechar a cidade, pagar e não poder vir”, diz. A quebra da ocupação também foi sentida no hotel Porto de Paz. Segundo Ana Paula Menezes, gerente do local, a virada do ano teve um movimento geral, mas caiu na primeira semana de 2021 em relação aos anos anteriores.
Ela diz que, embora a incerteza seja grande, o hotel tem operado com a opção de ocupação total durante a temporada. “Acabamos trabalhando como se fosse integral e tivemos sorte de realmente ter acontecido”, diz ele.
Na Pousada Solar da Beira, também em São Francisco do Sul, a demanda por hospedagem é alta, mas os consumidores foram a favor de preços mais baixos do que os preços gerais. “A demanda é alta, as praias estão lotadas, mas outras pessoas estão procurando preços baixos. Não consegui fechar pelos valores que fechei no ano passado, tive que descarregá-los”, conta Bruna Andrine Gomes, que trabalha na área administrativa.
Segundo ela, nem 30% da ocupação esperada foi alcançada até meados de dezembro. “É um final de ano muito complicado, geralmente tínhamos tudo empacotado”, diz ele. “Além de outras pessoas que têm medo, ninguém tem muito dinheiro para terminar, mesmo com 12 parcelas”, acrescenta.
Todos os hotéis consultados relataram que cumprem medidas de prevenção à poluição do Covid-19, como o uso de máscaras, o fornecimento de álcool em gel e a distância social.
Atualmente, hotéis e albergues catarinenses podem pintar em completa ocupação, após o Tribunal de Justiça rejeitar o pedido do Ministério Público da República para revogar os decretos que tratam da matéria.