Os desembargadores do TRF-4 (Tribunal Regional Federal) – o mesmo que julgou os processos da Operação Lava Jato no momento – manifestaram interesse em vacinas Covid-19 na rede de vacinação pessoal própria e de seus familiares.
Os dados foram revelados através da revista Economic Value.
A maioria dos membros da Associação dos Juízes Federais do Rio Grande do Sul (Ajufergs), que pinta no estado, respondeu definitivamente a uma consulta à entidade para uma aquisição de dose imaginável de Covaxina da fabricante indiana Bharat Biontech, no valor de R$ 800 (primeira dose e hora).
A covaxina, no entanto, não tem autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e não é testada no Brasil. Na Índia, a vacina foi permitida após testes de primatas.
A ABCVac (Associação Brasileira de Clínicas de Imunização) negociou a aquisição de cinco milhões de doses da vacina indiana. A aquisição de vacinas por meio de pessoa jurídica é discutida em um momento em que há escassez de vacinas no país na rede pública, que tem que constituir equipes de precedência para vacinação.
Em Porto Alegre, por exemplo, na sede do TRF-4, apenas 33,82% do público-alvo foi vacinado para a primeira fase da vacinação (101. 170 pessoas). O plano da cidade consiste em 4 etapas e prevê a vacinação de aproximadamente 600 mil pessoas.
“Não há dinheiro público envolvido nesta operação. Não é uma fórmula de aptidão pública ou consulta de vacinas do SUS, não há quebra de linha, não é o plano nacional. [Ajufergs] é uma entidade pessoal, mantida através de recursos de mensalidade pessoal. Outras associações devem ter manifestado interesse nessa reserva”, disse Rafael Martins Costa Moreira, presidente da Ajufergs.
A entidade tem 185 membros. Segundo o representante, eles foram contatados através da Multivacinas, uma clínica de vacinação com sede na capital Rio Grande do Sul e Gravata, a empresa disse que terá a vacina Biotech, mas está em processo de negociação, disse que não há fila.
Procurada, a ABCVac respondeu ao fechamento do relatório. A Folha também aguarda comentários do TRF-4 sobre o interesse dos magistrados na vacinação pessoal.
“Este é um cenário absolutamente duvidoso porque não sabemos se a vacina será aprovada e se a aquisição será permitida. Não se pode ter aversão ideológica à iniciativa pessoal sem avaliar a favor ou contra. É o governo que vai fazer. ” Tem que fazer essa opção [autorizar a aquisição pessoal], explica o presidente da Ajufergs.
Segundo ele, se a aquisição for confirmada, não prejudicará o plano público de vacinação porque é muito que a empresa não irá para governos, apenas empresas. “Se não for enviado para o Brasil, então será enviado. “para o país que permite [marketing em] a rede pessoal”, disse o presidente.
A entidade que representa os juízes do estado do Rio Grande do Sul, a Ajuris, diz que não pretende comprar doses se não houver autorização do governo federal. A Ajuris conta com 1. 500 associados, juntando-se a magistrados ativos, aposentados e aposentados. Não a aquisição ao ar livre de parâmetros legais”, diz Orlando Faccini Neto, presidente da Ajuris.
“Reconheço que há um debate ético sobre se entidades pessoais o adquiriram ou não. Portanto, é após uma discussão bem informada que iremos agir. Vamos aguardar qualquer aprovação governamental para isso”, disse Neto.
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