Deputado do Amazonas pede prisão preventiva do prefeito de Manaus por suposto plano

Publicado em 28 de janeiro de 202129, janeiro de 2021

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De volta à – Saúde e Bem-Estar

O ministério público da República do Amazonas (MP-AM) pediu a prisão preventiva do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), e da secretária municipal de Saúde, Shadia Fraxe, por uma suposta manobra para “contornar a linha de vacinação contra Covid -19” na capital paulista. O julgamento foi apresentado na segunda-feira, 25, ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ-AM), que já se declarou incompetente para analisar o caso e encaminhou a ação ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).

“Há uma clara suspeita de que houve uma verdadeira pressa em contratar os médicos nomeados na sala inaugural para que essa organização de pessoas, acumulada pela amizade ou parentesco, possa aproveitar sua inclusão oportuna na organização dos profissionais da unidade pública, na linha de frente da luta contra a pandemia”, escreveu o juiz José Hamilton Saraiva dos Santos em sua decisão.

A apuração do deputado apontou a contratação de 10 médicos, com remuneração em torno de R $ 9 mil cada, para o cargo de chefe da área. Entre as empresas contratadas estão as irmãs gêmeas Gabrielle e Isabelle Kirk Maddy Lins, filhas do empresário Nilton Lins, que até postaram nas redes sociais imagens de quando ganharam a primeira dose da vacina do coronavírus. Os demais médicos, segundo o levantamento, são: Carlos Augusto do Couto Valle Bonfim Borborema, Fernanda Alves Bueno de Oliveira, Manoel Charlete Pereira Júnior, David Louis de Oliveira Dallas Dias, Gabriela Pereira de Aguiar, Tatiana Mota Lotti, Alessandro Silva Pontes e Carla Angelina Lima Ribeiro Rubs. De acordo com o Ministério Público, as empreiteiras possuem “vínculos político-econômico-financeiros de natureza político-eleitoral com o atual prefeito” e as nomeações foram feitas nos dias 18 e 19 de janeiro, “com a cortesia dos apaziguadores da imunização”, Quem afirma o deputado denota “a forte impressão de que a corrida para formalizar cargos se desenvolveu precisamente coincidindo com a época das vacinas, o que constituiu uma suspeita fundada das medidas cabíveis de investigação”. A vacinação no Brasil começou no dia 17 de janeiro no estado de São Paulo.

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