Parlamento Europeu debate pedido de negociações do Mercosul

Bandeiras da União Europeia em Bruxelas (Foto: Carl Court / Getty Images)

O Parlamento Europeu agendou uma consulta com as discussões sobre uma petição que pede a suspensão antecipada de todas as negociações semelhantes ao acordo industrial entre a União Europeia e o Mercosul.

Assinado por 340 organizações, o documento justifica a reivindicação por meio do “agravamento do cenário ambiental e de direitos humanos no Brasil”. A organização acusa o governo brasileiro de atacar as “funções fundamentais” da democracia e critica a atitude do Ministério do Meio Ambiente em relação aos espaços de cobertura indígena. De acordo com o texto, esses territórios estão sob ataque, para abrir caminho para o agronegócio através do avanço do desmatamento.

As organizações também pressionam a UE a proibir a aquisição de produtos relacionados ao desmatamento. “Na negação do aquecimento global, os de decompostores culpados pela substituição climática foram abolidos, comprometendo seriamente a implementação do Acordo de Paris” No ano passado, a Comissão Europeia já havia respondido à petição com argumentos a favor do acordo flexível da indústria. Na ocasião, a empresa garantiu que o pacto, se implementado, cumpre as promessas ambientais e de direitos humanos e está condicionado ao cumprimento do Acordo de Paris. “Com relação a qualquer efeito imaginável sobre o acordo de desmatamento, commodities como soja e grãos de café, que representam um componente gigante das importações da UE do Mercosul, já são isentas de impostos e, portanto, não serão afetadas pelo acordo. “a Comissão acrescentou.

Dois pedidos estarão na ordem do dia.

Separadamente, outros dois pedidos sobre o tema estão na agenda do Parlamento amanhã, segundo o site da instituição: um pede à UE que bana as importações de soja e carne do Brasil e diz que Brasília desmontou programas anti-desmatamento na Amazônia. vai além: precisa da suspensão total das relações industriais com os países sul-americanos preocupados com o desmatamento.

As discussões se posicionam em um momento em que cresce a oposição à integração do Mercosul ao bloco europeu, principalmente por causa da resistência à política ambiental do governo do presidente Jair Bolsonaro. Como relata através do Broadcast, a França tornou-se o grande crítico. em meio a ataques diplomáticos entre o presidente Emmanuel Macron e o líder brasileiro.

Segundo a Reuters, diplomatas franceses apontaram que o país não apontará para a ratificação do texto, as petições não têm relação legal com o regulamento legislativo e não têm diretamente o remédio da proposta, no entanto, o fato de estarem no cronograma. Trata-se de mais uma indicação das dificuldades enfrentadas pelos partidários do acordo, cuja ratificação, por enquanto, é considerada praticamente abandonada, de acordo com os recursos do Parlamento.

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