Covid-19: A variante brasileira é mais transmissível e pode reinfectar

Covid-19: a variante brasileira é mais transmissível e pode ser reinfectada (Foto: NIAID)

A variante brasileira do novo coronavírus – conhecido como P. 1. Ou variante de Manaus, provavelmente deu a impressão na capital amazonense em meados de novembro de 2020, cerca de um mês antes do número de internações por síndrome respiratória aguda grave na localidade. Saltou Em apenas sete semanas, p. 1. tem a cepa máxima não incomum de Sars-CoV-2 na região, relataram pesquisadores do Centro Brasil-Reino Unido para a Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia da Arbovirose (CADDE) em artigo publicado sexta-feira em sua página online (26).

As conclusões da organização coordenadas por Ester Sabino, da Universidade de São Paulo (USP) e Nuno Faria, da Universidade de Oxford (Reino Unido), estão na pesquisa genômica de 184 amostras de secreção nasofaríngea de pacientes diagnosticados com Covid-19 em laboratório em Manaus entre novembro de 2020 e janeiro de 2021.

Utilizando modelos matemáticos, verificando dados genômicos e de mortalidade, a equipe do CADDE estima que p. 1. 1. 4 a 2,2 vezes mais transmissível do que as cepas passadas. Os cientistas também estimam que em alguns dos americanos já inflamados com Sars-CoV-2 – algo entre 25% e 61%: a nova variante é capaz de contornar a fórmula imunológica e causar uma nova infecção. Modelagem de pinturas feitas em colaboração com pesquisadores do Imperial College London (Reino Unido).

“Esses números são uma aproximação, porque é um modelo. De qualquer forma, a mensagem que o conhecimento envia é a seguinte: mesmo aqueles que tiveram Covid-19 terão que continuar a ter cuidado. A nova cepa é mais transmissível e pode infectar até mesmo aqueles que já têm anticorpos opostos ao novo coronavírus. Foi o que aconteceu com Manaus. La população já estava imune e ainda assim houve uma epidemia primária”, disse Sabino à Agonia FAPESP.

Os estudos têm sido apoiados por meio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e estão sob revisão por pares. A análise através da organização de mais de 900 amostras colhidas do mesmo laboratório de Manaus, totalizando 184 sequenciadas, indica que a carga viral proporciona ao paciente uma maior secreção com a variante P. 1. tem mais difusão.

Segundo Sabino, não é incomum que a carga viral de outras pessoas inflamadas seja maior e minimize ao longo do tempo, por isso os pesquisadores não sabem se o acúmulo observado nas amostras analisadas pode ser devido a uma questão puramente epidemiológica ou se, de fato, indica que P. 1. pode ser refletido mais na estrutura humana do que na linhagem passada. Essa opção no momento é mais provável e explicaria por que a transmissão da nova cepa é mais rápida”, disse o pesquisador.

Outro também publicado sexta-feira por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) amazonense indica que nos americanos inflamados com P. 1 a carga viral na imagem pode ser até dez vezes maior.

No CadDE, pesquisadores relatam que, até 24 de fevereiro de 2021, a variante P. 1. it já havia sido detectada em seis estados brasileiros, que receberam um total de 92 mil passageiros aéreos de Manaus em novembro de 2020, dos quais São Paulo tinha no máximo 92 mil passageiros aéreos. destino (pouco mais de 30. 000). Depois vieram aqui outras cidades do Amazonas, Paro, Rondania, Cerara e Roraima. Segundo os autores, é muito provável que tenha havido múltiplas introduções da nova variante nesses estados.

Principais mudanças

Sequenciar o genoma viral das 184 amostras realizadas com uma geração conhecida como MinION, que por ser portátil e econômica permite que estudos ajudem a perceber o procedimento de evolução do vírus.

Por meio de uma estratégia genômica chamada relógio molecular, os pesquisadores concluíram que P. 1. B. 1. 128, que ficou conhecido pela primeira vez em Manaus em março de 2020, em comparação com a cepa mãe, a variante P. 1. il tem 17 mutações, dez na proteína complexa – usada através do vírus para se ligar à proteína ACE-2 na superfície das células humanas e tornar possível a infecção.

Três mutações são a máxima vital – N501Y, K417T e E484K – porque estão localizadas no final da proteína complexa, em um domínio conhecido como RBD (um acrônimo para domínio de ligação receptora). É aqui que a conexão entre o Vírus é produzida e o móvel humano.

Segundo Sabino, essas 3 mutações-chave são as mesmas descobertas na variante máxima transmissível relatada na África do Sul (B. 1. 351). A variante de estar preocupado descoberto no Reino Unido (B. 1. 1. 7). A mutação E484K na região RBD. Para os autores, o conhecimento implica que houve um processo evolutivo convergente, ou seja, algumas mutações que conferem um mérito sobre o vírus deram a impressão paralela em cepas de outras regiões geográficas. , essas variantes têm se destacado das cepas que no passado prevaleceram nessas comunidades.

No caso de P. 1. , relatam os autores, houve uma era de evolução molecular imediata e ainda não se sabe por quê. “Como resultado, várias mutações deram a impressão de que facilitam a transmissão do vírus, o que é incomum. Para se ter uma ideia, a cepa P. 2, que também desce de B. 1. 128, mostra apenas uma dessas mutações”, explica Sabino.

Uma explicação imaginável para o fenômeno, segundo o pesquisador, é que o vírus teve mais tempo para evoluir infectando um paciente com um sistema imunológico enfraquecido. “Até que as vacinas eficazes estejam disponíveis para todas as intervenções não farmacológicas [distância social, mascaramento das mãos e higiene] permanecem obrigatórias e vitais para reduzir o surgimento de novas variantes”, ressaltam os pesquisadores do CADDE.

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