Por que os principais jornais estão dispostos a publicar mentiras sobre o Covid-19 como publicidade?

O país está em seu pior momento desde o início da pandemia: são mais de 250 mil mortes, um número crescente de outras pessoas inflamadas e uma taxa de vacinação que levará até sete anos para vacinar 70% dos brasileiros. Para piorar a situação, a cruzada nacional de imunização é coordenada por meio de uma questão que já foi denunciada por tentar desviar-se de uma cruzada de vacinação.

Embora vários países tenham notado uma queda significativa em novas infecções e mortes, o Brasil continua a dirigir na direção oposta, a negação clínica que norteia todos os movimentos do governo Bolsonaro na luta contra a pandemia foi o que nos levou a essa trágica. A loucura começou com a negação da gravidade da doença, passou pela promoção de remédios inúteis e agora desperta desconfiança sobre a eficácia das vacinas e o uso de máscaras.

A imprensa tem desempenhado um papel na luta contra a negação através do surgimento de mentiras espalhadas pelo governo; grandes corporações se juntaram a um consórcio de imprensa criado para combater informações incorretas do governo federal sobre a doença; mas se você pagar bem, que mal há em abrir um espaço para mentiras que violam a saúde pública?É o que os principais jornais brasileiros fizeram esta semana, cedendo o terreno ao lob negante/pursenarista através de um arranjo médico que promova conversas.

Pelo menos 8 jornais venderam parte de uma página para anunciar remédios que foram descobertos que não servem ao remédio covid. São elas: Folha de S. Paulo; O Globo, de Rio; Zero Hora, by Rio Grande do Sul; Correio Braziliense, Distrito Federal; O jornal pernambucano Jornal do Commercio; Estado de Minas; Cear O Povo e Correio, Bahia. Médicos pela Vida acabam selecionando para adquirir área na revista de disseminação máxima dos estados da maior população, além do Distrito Federal.

A organização foi criada no ano passado e reúne médicos combinados que esquecem as recomendações de organizações primárias estrangeiras, como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, o CDC, nos Estados Unidos, e a Organização Mundial da Saúde, OMS. e bagnaristas que usam as redes sociais para chamar o coronavírus de “vírus chinês” e proteger o vice-prisioneiro Daniel Silveira. A organização criou no ano passado, mas já tem recursos monetários para pagar um anúncio de meia página em 8 jornais primários em todo o país. A ligação desta organização com o bolonarismo é simplesmente ideológica ou também monetária?Acho que outras pessoas merecem saber a origem desse dinheiro.

Intitulada “Manifesto pela Vida”, a peça é um manifesto para a morte. Promove cloroquina e outras drogas que também são inúteis em qualquer nível de tratamento de covídeos. Medicamentos com efeitos colaterais graves, como hepatite medicada, por exemplo, causada por ivermectina. O uso cego deste medicamento é particularmente maior e já há relatos de médicos tratando outros com hepatite causada por ele.

Essa organização médica se reuniu com Jair Bolsonaro no ano passado em uma assembleia organizada pelo ex-ministro Osmar Terra, que também é membro da organização. Terra, vale lembrar, é o negador que chamou o coronavírus de “gripe zinha” e jurou que o país não teria 800 mortes consecutivas com covídio. Mesmo depois de ver seus argumentos derrotados pela verdade (ele ficou internado por 12 dias pelo “frio”, acrescentando sete na UTI), o médico alucinado continua a divulgar a negação.

No mesmo dia em que o manifesto foi publicado, muitos desses mesmos jornais publicaram a notícia de que mais de 90% dos pacientes internados para covídio na UTI do Rio Grande do Norte estavam tomando ivermectina profilaticamente ou em um momento após serem diagnosticados com a doença. O manifesto é um ataque à saúde pública, os jornais que tentaram publicar o anúncio são os coautores desse absurdo.

A publicação da mentira é uma resolução dos proprietários desses jornais. Enquanto os cães estão em risco na linha de frente da pandemia e são constantemente atacados através da força de defesa virtual bolonarista para combater as informações incorretas que eles divulgam, os chefes não parecem se importar. Eles concordaram em vender uma área nobre em seus jornais para revelar uma mentira que é negada todos os dias através de seus funcionários, um verdadeiro desprezo pelos leitores e locutores dessas empresas.

A empresa Aos Fatos verificou os dados contidos no manifesto. Segundo a empresa, os locais citados como fonte têm “estudos preliminares ou que não foram testados por outros cientistas”. Ainda há casos de estudos cujos efeitos foram completamente alterados. , ou seja, concluíram que os medicamentos não pintam para tratar a infecção, mas que, nas plataformas, parecem ter um resultado distorcido em favor do uso dos mesmos medicamentos. “

No dia seguinte à publicação do manifesto, a Folha publicou a manchete: “Médicos usam dados falsos para proteger um remédio inútil contrário ao Covid-19”. É a Folha quem nega os dados publicados na Folha. Este é o jornalismo corporativo que nega as mentiras permitidas através do Serviço de Publicidade. O Jornal O Globo fez o mesmo e publicou: “Entidades e especialistas em saúde condenam um manifesto defendendo a reparação antecipada do Covid-19”. Menos ruim, mas o dano é irreparável.

Em que ponto um jornal merece publicar uma mentira um dia e no outro ele vai em frente dizendo que publicou dados que já sabia ser falso?Percebemos que a coleção de desejos corporativos, no entanto, o jornalismo terá que se ater aos fatos, não aos lucros. A Folha queria que o dinheiro – dizem que ele cobra cerca de 200. 000 – permanecesse vivo?Claro que não.

O proselitismo negador do manifesto também mina a ética médica. No Código de Ética Médica, há uma falência da “Publicidade Médica”. Ele diz:

Questionada por jornalistas da Folha, a Associação Nacional de Jornais, a ANJ, disse que comentaria o anúncio. Resumindo, ao Congresso, a entidade gostou de comentar o episódio, mas disse que defendeu “a liberdade de expressão, que também se aplica a este [ad] e”. É o mesmo equívoco de liberdade de expressão que leva os políticos bolonaristas a pontificarem o fechamento do Congresso e ameaçam agredir fisicamente os ministros do Supremo Tribunal Federal. Na prática, a ANJ afirma que as reportagens publicitárias são negligentes em espalhar mentiras, colocando em risco a aptidão da população.

Mandei um e-mail para o Zero Hora, Folha e O Globo perguntando se sabiam que o anúncio violava a ética médica e por que publicaram. A Zero Hora simplesmente disse que era uma “publicação publicitária paga feita em um jornal sob o dever da entidade que sintomas do relatório publicitário”. A Folha e a Globo responderam apenas ao encerramento deste texto.

Vale lembrar que essa não é a primeira rachadura aberta à negação da imprensa convencional Como Osmar Terra pode subir ao posto de médico qualificado para falar sobre a pandemia?Ou como chegam os portais dos principais jornais?vantagens até a data da disseminação de anúncios enganosos (incluindo drogas) disfarçados de informação?

Estamos passando pela maior crise de fitness dos últimos tempos, seria pedir demais à mídia para evitar acomodar possíveis opções para confundir a opinião pública com a desinformação?

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