ICC: oposição e apostas

Senadores interessados em investigar o plano de desvio do Planalto para ouvir semanalmente ex-ministros. Governadores estão divididos: delegítimo a comissão ou ataque aos governadores?E mais: a “tempestade perfeita” da pandemia na Índia

Por Maara Mathias e Raquel Torres | Foto: Nando Motta

PAZUELLO NA SALA

Ontem à noite, o G7 colocou a situação inicial das testemunhas da pandemia do ICC em posição. E na próxima semana a comissão deverá ouvir o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. “Foi reservado um dia inteiro para consultar o general ativo. Oficialmente, a definição de quem será ouvido e, quando, assumiria uma posição na assembleia colegiada marcada para as nove horas da manhã. “Mas, como é maioria, o G7 não terá nenhum desafio em ditar a direção e a velocidade da comissão.

A situação certa é a seguinte: na próxima terça-feira, o CCI prestará atenção aos ex-ministros Luiz Henrique Mandetta pela manhã e Nelson Teich à tarde. Pazuello fala quarta-feira. No dia seguinte, será a vez do atual ministro Marcelo Queiroga e do gerente geral da Anvisa, Antonio Barra Torres; na outra semana, o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten e representantes da Pfizer devem ser ouvidos.

Na reunião de ontem, o G7 abandonou o conceito de criação de subnotificações na CPI, vendo as casas como uma vantagem para senadores do governo, que buscam desviar a atenção dos servidores do Executivo Federal. assinou a organização para destacar os movimentos e omissões do governo de Jair Bolsonaro, segundo Leito. Para isso, o G7 “fará pinturas para produzir provas, com base em depoimentos, mas basicamente na busca de documentos”, relata o colunista.

A estratégia da base aliada acaba por ser o oposto: os governadores precisam convocar vários governadores, somando partidos do governo federal, para culpá-los por má gestão da crise de aptidão. (DEM-RO), tem candidaturas prontas para convocação do governador de São Paulo, Joel Doria (PSDB); Bahia, Rui Costa (PT); Amazonas, Wilson Lima (PSC); e Paro, Hélder Barbalho (MDB) – e vale lembrar que Jader Barbalho é um substituto no ICC.

Um total de 260 pedidos de informações, documentos e depoimentos já foram protocolados ontem, e veja: alguns deles foram escritos através do próprio governo federal.

O relatório mostra que nos arquivos virtuais das necessidades apresentadas através dos senadores Ciro Nogueira (Progressistas-PI) e Jorginho Mello (PL-SC), é imaginável localizar a convocação do assessor à Secretaria de Assuntos Parlamentares. Presidência da República, Thaus Amaral Moura.

Entre as demandas de Ciro ao Palácio do Planalto estão a convocação da médica “cloroquina” Nise Yamaguchi, e do prefeito de Chapeco (SC), Joel Rodrigues (PSD), alinhado a Bolsonaro. Os sorteios do vereador também estão a pedido de Jorginho Mello para convocar Gilberto Valente Martins, procurador-geral de Justiça de Desemprego au Paro, para discutir suspeitas de desvio do orçamento federal transferido ao Estado para combater o coronavírus.

OUTRO INVESTIMENTO CONTRA RENAN

E os senadores alinhados a Bolsonaro tomaram a decisão de chamar o STF para verificar e salvar Renan Calheiros (MDB-AL) para acompanhar o relatório da CPI, Jorge Mello (PL-SC), Marcos Rogério (DEM-RO) e Eduardo. Giro (Pode-CE) recorreu de mandamus e o relator do requerimento caiu de joelhos para o ministro Ricardo Lewandowski.

O trabalho está em consonância com a ação de Carla Zambelli (PSL-SP): Renan não poderia desempenhar o papel porque é pai do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), que pode estar entre os entrevistados por meio Mas ao contrário do deputado, senadores usam regras do Senado, localizando trechos que se referem a outras condições para extrapolar a interpretação para o caso eedebista.

Jorginho Mello recorreu às redes sociais e chamou a nomeação de Renan de “deboche”. “Não vamos admitir um relatório em posição e apreendidos com o único objetivo de alcançar o governo de Bolsonaro. “Renan, por outro lado, teria dito a seus aliados que não participou através do pedido do STF.

Alguns desses aliados precisam que o emedebista se comporte com mais moderação na CPI. “Além de provocar uma reação do Planalto e de se ameaçar a tirar a credibilidade da comissão, os aliados do senador também levam em conta que os discursos mais poderosos e a oposição a vários partidos no conflito podem levar ao rompimento de uma aliança que ajudou a suprimir relatórios do governo e o comando do ICC. Segundo a Folha. Segundo o jornal, o relator da comissão disse que calibraria as linhas. “Apesar disso, alguns aliados dizem que Renan permanecerá no tom ácido. “

E apesar da ação iniciada por meio de senadores do governo, o Planalto tentaria “acalmar os ânimos de Renan” através da mediação do senador Ciro Nogueira.

contraexameple

O senador Otto Alencar (PSD-BA), membro do G7, terá que aproveitar o episódio da confissão de Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil) sobre tomar uma vacina escondida e verificar para convencer o presidente a se vacinar para fazer um “telefonema bolsonaro”. No ICC, ele pedirá ao diretor-geral que evacue para “dar o exemplo”.

Mas um exemplo, para Jair Bolsonaro, é um conceito inverso: “Eu sou chefe de Estado, tenho que dar um exemplo, meu exemplo é esse, deixa pra lá, porque não tem vacina para todo mundo, o total geral faz”. Eu ainda tenho uma vacina, deixe-me levá-la na minha frente”, disse ontem em uma troca verbal com apoiadores, quando aproveitou para comparar a CPI com uma “CPI”.

Enquanto isso, segundo o Valor, Bolsonaro pediu a Ramos e a outros auxiliares que não procurassem convencê-lo a se esvaziar.

CHEGA HOJE

O primeiro lote de vacinas da Pfizer deve chegar hoje: apenas um milhão de doses, que serão distribuídas nas capitais, como sabemos, não há regulamentação do Ministério da Saúde sobre a gestão dessas doses para grupos expressos.

Dissemos esta semana que, segundo reportagem do Valor, houve um impasse: a empresa havia dito ao governo para não fornecer dados técnicos sem os quais o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fiocruz poderia não divulgar. os lotes comprados. O jornal pressiona que o fator notável foi resolvido. A filial entendeu que o registro de imunização já continha dados suficientes para auxiliar a publicação.

Outro impedimento foi a recusa do governo federal em cumprir o dever pelos efeitos adversos do imunizante – o que, como aponta a Folha, foi notado por Jair Bolsonaro em dezembro, janeiro, fevereiro e março, mas ontem o governo, no entanto, pagou 10,3 milhões de reais pelo seguro estrangeiro que cobrirá essa tarifa, seja pela imunidade da Pfizer ou pela de Janssen.

BUTANVAC LANES

Ontem, o governo de São Paulo anunciou o início da produção do ButanVac, candidato a uma vacina desenvolvida por meio do Instituto Butantan. O governador Joo Doria (PSDB) prometeu ter 18 milhões de doses disponíveis até junho.

No entanto, para que as doses sejam aplicadas ainda há um longo caminho a percorrer, como em qualquer vacina futura: a Anvisa deve autorizar o início de ensaios clínicos, os efeitos devem ser realizados, e finalmente a empresa terá que analisar os conhecimentos e dar sua aprovação. Nesta fase, o primeiro ponto ainda está pendente. A Anvisa ainda não publicou nenhum estudo em humanos, pois faltam documentos.

AGORA EM BOTUCATU

O Ministério da Saúde pretende vacinar toda a população adulta de Botucatu, em São Paulo, com a vacina Oxford/AstraZeneca, um repasse para CoronaVac, na cidade de Serrana, em São Paulo. Vacinação em massa e cobertura desta vacina contra novas variantes do coronavírus. Os estudos serão acompanhados pela Fiocruz e pela Universidade de Oxford.

O QUE O CAMBALEOU

O chanceler Carlos Alberto Franco falou por telefone com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, no dia anterior, como sabemos, Paulo Guedes ficou preso aprovando a teoria da conspiração de que o novo coronavírus foi criado em laboratório, além de ignorar o CoronaVac.

Em sua primeira audiência no Congresso, a França relatou parte da conversa, segundo o chanceler, que a China está disposta a exportar uma porcentagem maior de insumos para a produção de vacinas CoronaVac e AstraZeneca aqui, mas não sabemos quando isso acontecerá. Ele informou que a China planejava aumentar a produção de ingredientes farmacêuticos ativos (AMIs) a partir de maio, mas também disse que este é um componente dos esforços do país para vacinar 40% de sua população até junho.

Anteriormente, a França já havia solicitado ao governo chinês a compra de 30 milhões de doses da vacina por meio da estatal Sinopharm e que contribuisse para a fonte de insumos para a produção de 60 milhões de doses da vacina AstraZeneca. resposta ainda.

O Ministro das Relações Exteriores também se referiu à notável agitação com a Índia, que impediu as exportações devido ao afiação da pandemia. Pelo contrato com a AstraZeneca, teríamos direito a 8 milhões de doses produzidas através do Instituto Soro. agindo “através dos canais certos” para permitir exportações.

Segundo o brasileiro, não há “truques de mágica” para baixar vacinas e outros usados para combater o Covid-19 em outros países. Ele se recusou a comentar outras figuras circenses, como o quanto ele diz que Paulo Guedes está dificultando as negociações.

O PAPEL DAS VARIANTES

Com a explosão de 19 casos e mortes na Índia, o interesse pela variante B. 1. 617, detectada no país em outubro do ano passado, aumentou, mas ainda não foi suficientemente estudado. novas cepas, o curso da pandemia foi radicalmente substituído em um curto período de tempo: mais casos e mortes do que nunca, com famílias inteiras doentes, outros jovens que precisam de internação e morrem. relacionado a um fluxo maciço do vírus (porque quanto mais ele infecta e replica, mais provável é que ele silencie), é difícil saber se uma nova variante é a causa ou resultado do caos.

O papel de B. 1. 617 na crise existente ainda não é totalmente compreendido, uma de suas mutações se assemelha às encontradas em variantes conhecidas na África do Sul e Manaus que podem fugir das defesas do sistema imunológico, ampliando as chances de reinfecção. Mas é difícil concluir muito, porque há poucas amostras para investigar: 298 na Índia e pouco menos de 400 no resto do mundo (em comparação, a variante do Reino Unido foi mostrada em aproximadamente 400. 000 amostras).

Mas há indícios de que o B. 1. 617 não se espalhou levemente por toda a Índia. A maioria dos casos apresentados (220) estão no estado de Maharashtra. Em Nova Deli, B. 1. 1. 7 (nascido no Reino Unido) está se desenvolvendo rapidamente.

Ontem, a Índia superou 200. 000 mortes, com 3,2. 000 novos registros, mais 360. 000 novos casos, mas, como dissemos, os números reais são muito piores: apenas em Nova Deli, uma estação local descobriu 1. 000 mortes relatadas pela ONU em um. semana.

TAMBÉM NO BAIRRO

A OMS sugere cautela ao culpar apenas qualquer variante da caverna na Índia. O porta-voz da organização, Tarik Ja-arevic, disse esta semana que é uma tempestade do melhor: novas cepas, poucas vacinas e assentamentos em massa.

É neste último ponto que especialistas e o governo ouviram através do Health Policy Watch Focus O relatório adverte que, embora toda a atenção do mundo seja direcionada à Índia, a situação também é caótica no Paquistão, afeganistão e, em particular, no vizinho Irã. milhões de outros participaram (ou mesmo participaram) ao mesmo tempo. Antigos festivais devotos e culturais difíceis de conter: o Ano Novo de Nowruz, realizado no Irã e partes do Afeganistão no final de março; Ramadã, que começou em 12 de abril e termina com celebrações maravilhosas; e o Kumbh Mela Hindu Festival, realizado de fevereiro a abril, a maior coleção dedicada do mundo, com mais 25 milhões de pessoas se movendo para ter sucesso no Ganges.

A JUDICIALIZAÇÃO DO CENSO

E a história do censo esquentou. Ontem, Marco Aurélio Mello, que todas as medidas destinadas a desgastar a maior pesquisa do IBGE em 2021 merecem ser adotadas. A resolução do ministro STF foi tomada em investigação sobre uma ação movida pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

Como sabemos, o censo previsto para 2020 e adiado pela pandemia, quando o orçamento de 2021 for processado, os cerca de 2 bilhões de reais necessários para trazer estudos para as ruas este ano cortados em favor de emendas parlamentares.

Assim que soube da decisão de Mello, Paulo Guedes tentou tirar o enquadramento: “Não cortamos o censo”. “O Congresso aprovou o orçamento”, disse o ministro da Economia. Segundo O Globo, não é o caso: Mesmo antes do acordo orçamentário final, o governo já havia reduzido o orçamento do censo. A pesquisa perdeu 96% de seu orçamento, que caiu de 2 bilhões de reais para 71 milhões de reais. No texto sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, o montante era de 53 milhões de reais, menos de 3% do orçamento original. “

No centro do debate agora está que, com esse montante, não é sequer imaginável planejar os estudos para que possam ser realizados no próximo ano, apostando no censo de 2023. Nesse sentido, a Faculdade de Administração do IBGE acredita que os estudos podem “Até mesmo tomar uma posição em 2021, porque o cronograma está atrasado: “Os estabelecimentos democráticos terão que se concentrar em desgastar o censo de 2022 e fazer certos recursos para este ano existente, no valor de R$ 250 milhões, o que permitirá que os planos sejam feitos para o próximo ano”.

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O STF começou a tomar uma decisão sobre se era constitucional estender a duração das patentes, atualmente previstas através da Lei de Propriedade Intelectual. É um valor repetitivo: de acordo com a regra existente, as patentes duram 20 anos, mas quando o INPI leva mais de um ano. década para fatorá-los, o assalto é compensado por mais anos de monopólio. A ação contra essa regra foi ajuizou ação da Procuradoria-Geral da República. Se aceito, os 20 anos não podem mais ser ampliados.

Após 17 apresentações orais, o plenário suspendeu o julgamento, que continua até hoje.

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O ministro deve responsabilizar os Estados pela falta de um kit de intubação, sem saber que o governo federal tem aquisição centralizada. E mais: atribuir postagens cria caos na aptidão dos povos indígenas; O genocídio do ICC começa em breve; a pandemia na Índia

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