(ANSA) – Pesquisadores da Kaspersky detectaram um novo malware brasileiro, chamado “Bizarro”, que já afetou 70 bancos em vários países da América do Sul e Europa, Itália.
Em nota, a organização explicou como os autores de crimes cibernéticos estão adotando outras estratégias para a investigação e detecção do Trojan bancário que opera, além da Itália e do Brasil, na Argentina, Alemanha, Chile, Espanha, França e Portugal.
O estranho malware é basicamente distribuído através de pacotes de instalação da Microsoft (MSI), baixados através dos afetados através de links enviados em e-mails de spam. Uma vez que o usuário clica na mensagem, uma pasta zip é automaticamente baixada de uma página on-line comprometida para colocar em prática seus recursos maliciosos.
Segundo os pesquisadores, o vírus bancário possui mais de cem comandos, o máximo dos quais são usados para exibir mensagens contextuais falsas aos usuários. Alguns deles são até estruturados para parecer notificações enviadas através de sistemas bancários on-line.
“Hoje, estamos testemunhando uma tendência revolucionária na distribuição de Trojans bancários. Os criminosos cibernéticos locais estão atacando ativamente os usuários apenas em sua área geográfica, mas também em todo o mundo”, explicou Fabio Assolini, especialista em segurança da Kaspersky.
Segundo o pesquisador, “com a implantação de novas técnicas, as famílias brasileiras de malware começaram a espalhar malware para outros continentes, e o Bizarro, que é voltado basicamente para usuários europeus, é um claro exemplo disso”.
“Esse malware merece servir como um sinal para prestar mais atenção à pesquisa de invasores regionais e aos dados de ameaças locais, pois pode ser temporariamente um problema global”, concluiu Assolini.
Para proteger contra o desenvolvimento de ameaças, especialistas propuseram que as corporações bancárias atualizassem constantemente suas práticas de segurança, colocassem soluções antifraude e ensinassem seus consumidores sobre os truques que podem ser usados através de invasores, enviando-lhes dicas sobre como identificar fraudes. e como agir. situações. (ANSA)