Perto do recorde, o Rio Negro começou a cair nas próximas semanas.

Depois de superar a severa cota de inundações de 29 metros e atingir a máxima de todos os tempos de 29,97 metros registrada em 2012, a ponta do Rio Negro na Amazônia deve começar a declinar nas próximas semanas. O rio continuará sendo sentido por algum tempo, basicamente em Manaus, onde 15 bairros foram diretamente afetados.

“A tendência é de estabilização”, previu nesta segunda-feira (31) a pesquisadora do Serviço Geológico do Brasil (CRPM) Luana Gripp Simões Alves, na apresentação de uma avaliação estadual do cenário. “Tudo indica que hoje estamos passando por um procedimento para acabar com as enchentes. “

Ontem (30) a ponta do Rio Negro ultrapassou a marca histórica de 29,97 metros, até esta tarde o cenário não mudou, segundo Luana há 80% de chance de que a ponta do rio trihe 30 metros antes. começa a cair, o palco parece ter começado a estabilizar.

“Em termos de volume de água, o fato de o ponto se acumular em uma polegada ou duas teria muito pouco impacto”, disse Luana, explicando que as medidas vêm com uma margem de erro de até cinco centímetros e que, tecnicamente, o acúmulo de dois centímetros a mais ou 3 centímetros não causaria perdas mais graves do que as já registradas.

Provavelmente, em termos de efeitos, a inundação que veremos este ano é o que já estamos vendo. Agora, deve-se notar que, embora o ponto comece a cair nos próximos dias, os afetos não serão evitados da noite para o dia. Vai levar mais algumas semanas porque, a princípio, a velocidade [do fluxo] vai ser lenta”, acrescentou Luana, lembrando que com a estação chuvosa ainda se estendendo por alguns meses, imprevistos possivelmente ocorreriam.

O meteorologista do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) Renato Cruz Sena, disse que o volume de chuva nas bacias dos rios Negro e Branco permanece ligeiramente maior do que o esperado para esta época do ano, nas demais bacias a precipitação já tem. diminuiu consideravelmente, em parte, devido à dissipação do fenômeno conhecido como La NiñaArray que esfria a temperatura das águas do Oceano Pacífico, causando o acúmulo de precipitação na região amazônica e a consequente inundação de rios.

“Isso, e o deslocamento da zona de convergência intertropical mais ao norte do Oceano Atlântico, está causando chuvas maiores do que o esperado nas bacias amazônicas”, disse Sena. “Mas os principais centros estrangeiros esperam que, fundamentalmente, em termos oceânicos, o fenômeno Água já esteja começando a parecer mais frio no Atlântico e, nos próximos meses, a condição de generalidade será triunfante no Pacífico, no entanto, o fim do fenômeno La Niña não significa um retorno precoce à generalidade. volume [para o período] das chuvas. Ainda leva um pouco de tempo.

De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), até a semana passada, a inundação dos rios já tinha um prejuízo de 201,6 milhões de reais para os produtores rurais de Atalaia do Norte; Benjamin Constant Fonte Boa; Tefé; Anori; Careiro da Várzea; Manacapuru Boca do Acre; Pauini Labrea Canutama; Guajará; Ipixuna; Envira; Eirunepé; Itamarati; Juruá; Carauari; Humaitá; Manicoré; Nova Olinda do Norte; Borba; Novo Aripuanã; Itacoatiara; Nhamundá e Urucará.

Segundo o subsecretário de Defesa Civil do Amazonas, Clóvis Araújo Pinto Júnior, das 62 localidades do Amazonas, apenas 4 foram afetados, em certa medida, pelas enchentes do rio, 48 municípios declararam emergência, seis identificaram o cenário de transbordamento de cursos d’água e 4 cenários de vigilância Veja a lista:

Municípios amazônicos em situação de emergência (48):

Canal Inferior de Solimões (9): Manacapuru; Careiro da Várzea; Anori; Caapiranga Anaman; Codajas Iranduba; Manaquiri e Careiro Brown.

Meia Canal Solimões (8): Jutaí; Fonte Boa; Japurá; Maraã; Uarini; Alvarães; Tefé e Coari.

Canal do Juruá (7): Guajará; Ipixuna; Eirunepé; Envira; Itamarati; Carauari e Juruá.

Canal purus (6): Porta-voz do Acre; Pauini Labrée; Canutama Tapauá e Beruri.

Canal da Amazônia Baixa (5): Barreirinha; Boa Vista do Ramos; Nhamundá; Urucará e Parintins.

Buraco de Rega da Madeira (4): Borba; Nova Olinda do Norte; Novo Aripunã; O Manicoré.

Canal Alto Solimões (4): Atalaia do Norte; Tabatinga Tonantins e Santo Antônio do Iça.

Canal do Médio Amazonas (4): Itacoatiara; Silves; Autazes e Urucurituba.

Cordillera de Rio Negro (1): Manaus.

Municípios amazônicos em um dos transbordamentos (6):

Cadena Alto Solimões (3): Benjamin Constant; São Paulo de Olivença e Amaturá.

Calha do Baixo Amazonas (2): São Sebastião do Uatumã e Maués.

Canal do Amazonas Médio (1): Itapiranga.

Municípios amazônicos em alerta (4):

Calha do Rio Negro (4): São Gabriel da Cachoeira; Santa Isabel do Rio Negro Barcelona; Novo Airão.

Municípios amazônicos em condições (4):

Buraco de rega da Madeira (2): Apuí e Humaitá

Canal do Amazonas Médio (2): Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo

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