A PF investiga empreiteiros do tipo no aluguel de um complexo hospitalar e na compra de ventiladores. Policiais invadiram a casa do governador do Amazonas e estão cumprindo mandados de prisão contra o Ministério da Saúde. Na quarta-feira, a Polícia Federal instaurado uma operação contrária ao ponto do Governo do Amazonas sob suspeita de desvio de recursos para o combate ao COVID-19. A PF cumpre 25 mandados judiciais em Manaus e Porto Alegre, somando uma busca e apreensão na casa do governador do Amazonas Wilson Lima e a prisão temporária do secretário de Estado da Saúde Marcellus Campêlo.
De acordo com as investigações da PF, há indícios de que altos funcionários da Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas tenham feito contratações fraudulentas para favorecer uma organização de empresários locais, sob a liderança do governo estadual.
As indicações também apontam para que funcionários da Secretaria de Saúde do Estado do Amazonas beneficiaram uma organização de empresários por meio da contratação do complexo hospitalar Nilton Lins para ser utilizado como caixa hospitalar.
De acordo com a investigação, contratos firmados em janeiro de 2021 com o governo estadual para serviços, como lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem para o hospital da caixa, fornecem indícios de irregularidades no processo licitatório, superfaturamento e não prestação de serviços contratados.
Segundo a PF, este hospital da Caixa não atende aos desejos fundamentais de assistência à população afetada pela pandemia e o local coloca pacientes e trabalhadores em risco de contaminação; além disso, está sendo investigada a aquisição de respiradores de um comerciante de vinhos em 2020.
Uma das ordens cumpridas na casa do empresário Nilton Costa Lins Júnior, dono do hospital contratado temporariamente pelo governo do Amazonas para atender pacientes covid-19, chegou a atirar na polícia, mas acabou prendeu.
Os culpados de irregularidades possivelmente seriam responsabilizados pelos crimes de fraude em leilões, peculato e clube de uma organização criminosa. Se condenados, também podem cumprir até 24 anos de prisão.
Há um mandado de prisão contra o secretário Marcellus Campêlo, mas ele ainda não foi encontrado, os agentes também revistaram a sede do governo estadual, em nota, Campêlo indicou que está viajando, mas que está à disposição do Tribunal e prestará todos os esclarecimentos.
Em uma Matriz, o governo do Amazonas disse que “é do interesse do Estado que fatos semelhantes às investigações em curso sejam esclarecidos”. Também afirma que o governador Wilson Lima “está convencido de que não cometeu nenhuma ilegalidade e confia nos tribunais”. “
FC (abril, ots)