Minas Gerais é um dos cinco estados que não respeitam a restrição de custos com o corpo dos trabalhadores

Minas Gerais fechou os primeiros quatro meses do ano entre os cinco estados brasileiros que respeitaram a restrição de gastos com pessoal executivo.

O Estado gastou 52% do lucro líquido existente (RCL) com o pagamento dos salários dos servidores públicos, contrariando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que define o limite máximo de 49%. Rio Grande do Norte (53,2%), Acre (51,3%) e Paraíba (49,6%) eles também respeitaram as restrições.

No caso de Minas, o cenário não é novo e até levou o Tribunal de Contas do Estado (ECT) a considerar o alertamento do governo para gastos excessivos nos últimos anos.

Mas o Estado vem cortando a relação RCL/pessoal pelo menos desde 2019, de acordo com o Relatório de Gestão Fiscal (RGF) do Tesouro Nacional para o 3º trimestre de 2020, Minas Gerais fechou o ano comprometendo 53,9% de sua rotatividade aos salários. de servidores. E quando o governo de Romeu Zema (Novo) começou, a proporção era de 67%.

A relação entre os preços do corpo dos trabalhadores e a fonte líquida de renda existente em Minas ultrapassou o limite em 2016, ainda sob o governo de Fernando Pimentel (PT). Na época, o Estado fechou a conta em 49,29% e, no ano seguinte, em 50%, porém, essa proporção disparou em 2018, quando o governo fechou o ano em 66,65%.

Essa melhora ficou ainda mais evidente na revisão realizada no final do ano passado por meio das Secretarias de Planejamento e Gestão (Seplag) e de Finanças (Sefaz) em relação aos dois primeiros anos do governo Zema. desde a fonte de renda até a liquidação de pessoal como avanço e compromisso através da administração existente.

redução

Em nota, a Secretaria de Planejamento informou que “tem feito esforços para convergir para os limites de preços estabelecidos na FRL”.

“A evidência é que, no final de 2018, o Executivo tinha uma taxa de 66,65% e, atualmente, é 14,68% menor, com 51,97%”, relatou. reduzir custos.

Entre eles, a Secretaria citou “pessoal, revisão da lei de pessoal e auditoria da folha de pagamento, que têm efeito sobre os custos com pessoal”.

Ele também acrescentou que se esforça para construir uma fonte de renda através da atração de investimentos. “A Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (sede) se livrou do papel dos protocolos de intenções que já atraíram mais de 122 bilhões de reais”, disse. .

No total, nos primeiros quatro meses do ano, o executivo mineiro distribuiu 38,4 bilhões de reais com o pagamento dos salários aos ativos, inativos e aposentados, enquanto o máximo permitido por lei não ultrapassa 36,2 bilhões de reais.

Os poderes (judiciário, legislativo) e do Ministério Público gastaram 6. 400 milhões de reais, cada um deles tem um teto fixado pela LRF, e nenhum cruzou o teto.

Estado de calamidade

Apesar do descumprimento dos limites previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal nos primeiros meses deste ano, o governo de Minas Gerais não pode ser sancionado pelo decreto de calamidade vigente no estado devido ao Covid-19. pandemia, que inclusive passou pelo governador Romeu Zema (Novo) na semana passada até 31 de dezembro deste ano.

De fato, a lei estabelece que, em um cenário de calamidade pública, “o cálculo dos vencimentos e disposições constituídos” será suspenso no que diz respeito às despesas tangíveis dos trabalhadores e à dívida pública e “à realização de efeitos orçamentários e à limitação do compromisso”. previsto porque na lei será dispensado.

Dívida chega a 143 bilhões de reais

O relatório de controle orçamentário publicado esta semana pelo Tesouro Nacional mostra que Minas Gerais tem a terceira maior dívida pública do país, com 143,2 bilhões de reais, sendo que o Estado é apenas São Paulo (R$ 331,3 bilhões) e o Rio de Janeiro (R$ 176,6 bilhões). ).

Além disso, Minas é o 3º estado com relação da dívida pública com as receitas existentes, porém, essa proporção está diminuindo, mesmo com a expansão do estoque da dívida por inadimplência. Nos últimos anos, o governo de Minas Gerais tem controlado a suspensão do pagamento da dívida graças às medidas cautelares do Supremo Tribunal Federal.

O saldo dos primeiros 4 meses mostra que a dívida corresponde a 176% do LCR, enquanto no ano passado ultrapassou 200% e fechou o ano passado em 188%. A dívida total ultimamente é de 143 bilhões de reais, o que coloca Minas na 3ª. posição entre os maiores devedores.

No rating dos estados máximos endividados reverenciados em toda a União, Minas ocupa o primeiro lugar; de fato, devido ao não pagamento, o Tesouro Nacional não cumpre e honra seus compromissos com as instituições bancárias. Entre janeiro e maio de 2021, o governo federal já o fez. distribuiu 1. 300 milhões de reais da dívida pública.

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