Geada atinge milho no Paraná e Mato Grosso do Sul e acentua colheitas ruins

por Robert Machel

SÃO PAULO (Reuters) – As geadas atingiram as regiões agrícolas do Paraná e mato-grossense nesta terça-feira, o que deve acentuar as perdas na safra brasileira de milho, que já foi duramente atingida pela seca, segundo especialistas.

Ainda é difícil identificar o efeito do frio excessivo, pois o dano levou alguns dias para aparecer nas lavouras. Além disso, geadas mais intensas são esperadas na madrugada de quarta-feira.

“No Paraguai, Paraná e centro-sul de Mato Grosso do Sul, geada geral. E hoje, há mais um. Então vamos ter um novo rompimento, vamos ter um novo rompimento, além do já existente (por causa da seca)”, disse o analista de milho safras

“Ainda não posso dizer, porque acabou de acontecer”, disse ele, referindo-se à magnitude das perdas.

Atualmente, apenas os efeitos da seca severa na região centro-sul, o tempo da safra brasileira está estimado em 61,6 milhões de toneladas, um mínimo de 22,4 milhões de toneladas em relação à previsão inicial estimada pelo Safras.

A safra nacional, levando-se em conta a primeira safra, está prevista através do local de trabalho de projeto em 95,5 milhões de toneladas. O Paraná é o maior estado produtor de cereais do mundo, atrás apenas de Mato Grosso, enquanto Mato Grosso do Sul ocupa o quarto lugar.

“Teremos culturas que, dependendo da geada de hoje, é imaginável que haverá uma perda generalizada”, disse Molinari.

Segundo ele, o mercado de milho no Brasil está paralisado, com as vendas de produtores, devido à incerteza sobre a oferta brasileira.

“Esta semana não há oferta, o mercado subiu, não há vendedor, nem menos caro nem mais caro, todo mundo entra em pânico com o fator gel”, acrescentou.

Para o analista, uma das oportunidades para a indústria da carne, que já enfrenta os custos das cortinas de alimentos crus tradicionalmente altas, é importar ou aumentar o uso do trigo como elemento na alimentação animal.

Mas no Paraguai, que exporta milho para o Brasil, as geadas têm sido “extremamente fortes”, disse o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, do Clima Rural, e mencionou outra coisa que poderia restringir os materiais às indústrias brasileiras.

O efeito do fenômeno climático pode ter sido mais intenso sem as chuvas registradas em algumas áreas.

“Choveu em algumas áreas, o que amenizou um pouco a geada, principalmente no norte do Paraná e em algumas áreas do Mato Grosso do Sul. No entanto, o anticiclônico significa sobre o Paraguai”, disse Santos.

“Geadas extremamente fortes, de forte a muito forte, nem sequer houve geadas moderadas no Paraguai, dizimadas”, disse o meteorologista, acreditando que as perdas só se tornarão transparentes nos próximos dias.

A intensa e sangrenta deve continuar na quarta-feira, o Clima Rural em um boletim informativo.

“Infelizmente a previsão foi confirmada, e (quarta-feira) o dia merece ser ainda mais frio, a massa polar está ganhando força”, disse ele.

O calendário da safra de milho no Paraná é estimado em 9,8 milhões de toneladas por meio do Departamento de Economia Rural (Deral), que vê uma colheita, até o momento, com um mínimo de cerca de cinco milhões de toneladas em relação ao potencial inicial, pois têm efeito sobre a seca. .

Espera-se que os números sejam substituídos dependendo do efeito do sem sangue nas lavouras, disse o especialista em milho deral Edmar Gervásio.

Segundo ele, da safra total de milho no momento no Paraná de 2,5 milhões de hectares, 1,8 milhão de hectares estão em fase de perda.

Mas ele acreditava que a maioria das lavouras do Estado estão sendo desenvolvidas “já na última etapa” e não têm impacto, como acontece quando as plantações amadurecem, perto da colheita.

FUGA DE CAFÉ POR ENQUANTO

De acordo com o Simepar, órgão de vigilância do Paraná, a onda sem sangue se intensifica ainda mais em todas as regiões do estado entre a noite de terça-feira e a noite de quarta-feira.

O Simepar passa a ter previsões moderadas de geada para grande parte do estado, que se estende a partir do oeste e inclui todo o componente norte do Paraná.

Geadas severas são esperadas quarta-feira em quase parte do Paraná, do centro do estado ao sul.

Para Paulo Franzini, especialista em café do Deral, a cultura até agora escapou dos efeitos do frio intenso, mas o próximo é preocupante.

“Esta manhã houve geadas leves que prejudicaram as plantações de café. O medo é para amanhã, se as previsões forem confirmadas.

O meteorologista do Tempo Rural disse que a ameaça de geada é baixa para os espaços de café na quarta e quinta-feira.

Geadas foram registradas nos espaços de cana-de-açúcar de Mato Grosso do Sul, Rio Brilhante para baixo, bem como em canaviais no centro do Paraná, mas o cenário “não é assustador no momento”, disse o deputado Julio Maria Borges, da Job Economia. Ele acrescentou que o fenômeno programado para quarta-feira terá que ser monitorado.

No caso do trigo paranaense, principal fabricante nacional desse cereal, a desaceleração no início do status quo da safra fez com que apenas 1% das colheitas chegassem à floração, nível suscetível a perdas de geada. de acordo com Déral.

Este artigo foi originalmente publicado no FX Empire

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