Oposição critica baixo secretário de Desenvolvimento Social em MG

A oposição ao governo Zema na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) criticou nesta quarta-feira (30) a fragilidade do orçamento da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedese) apesar do aumento do número de famílias em situação de pobreza no estado no ano passado, a pandemia Covid-19.

De acordo com a apresentação à Assembleia Fiscal, por meio da secretária do Ministério, Elizabeth Jucá, as estimativas iniciais implicam que o número de famílias abaixo da linha de pobreza registrada no Cadastro Único é superior a R$ 1,2 milhão a 1,3 milhão.

“Esse conhecimento mostra o desafio de desenvolvimento que enfrentamos com um ramo que não tem orçamento suficiente para o número de programas que tem que gerenciar. Assim que eu voltar, digo que nosso esforço terá que ser direcionado para expandir a alocação orçamentária para atender às múltiplas demandas. “”, disse a deputada Leninha (PT).

Em 2020, o orçamento da Sedese foi de R$ 528 milhões, mas desse montante foram pagos R$ 516 milhões, valor equivalente a 0,5% do orçamento total do Governo de Minas.

“Como o Estado pode implementar uma política de habitação popular?Como o Estado vai conseguir falar sobre política de emprego e uma fonte de geração de renda?Como você será capaz de discutir a política de direitos humanos e os mais vulneráveis, com 0,5% do orçamento?”A deputada Beatriz Cerqueira (PT) pediu.

O deputado André Quintão (PT), por sua vez, aconselhou que os recursos do Fundo de Erradicação da Pobreza (GEF) sejam utilizados para financiar um programa permanente de movimentação de fontes estaduais de renda que complemente o Bolsa Família.

Segundo o deputado, o GEF arrecadou 743 milhões de reais em 2020, mas foram executados R$ 128 milhões, segundo cálculos de Quintão, um programa que repassa R$ 150 por mês a famílias em situação de extrema pobreza cobraria ao Estado R$ 1,5 bilhão. consistente com o ano.

“Se você pegar o recurso EGF, ele cobre parte dessa despesa. A outra parte possivelmente viria da eliminação das isenções fiscais que terão que ser reduzidas de acordo com o regime de recuperação fiscal que o governo defende”, sugeriu o deputado.

Em reação aos legisladores, a secretária Elizabeth Jucá disse que parte dos recursos do WEF será usada para pagar o subsídio emergencial de US$ 600 em um pagamento de solteiros a famílias em situação de extrema pobreza, o pagamento proposto pela ALMG e deverá ser pago até 1º de agosto.

“Nunca vou dizer que sou contra um programa complementar ao Bolsa Família, mas temos que localizar o investimento para isso, até mesmo para ter continuidade”, disse, referindo-se à proposta de André Quintão e da deputada Beatriz Cerqueira de instituir um programa de fonte fundamental de renda.

“Minha preocupação é começar uma tarefa como essa, temos o recurso agora, mas não há continuidade no futuro. O que certamente não podemos fazer. Queremos continuar financiando”, disse ele.

Em relação ao orçamento do ministério, Juca disse que o Estado tem um déficit orçamentário muito gigantesco e que isso tem impacto. “Se não acertarmos as contas, não respeitaremos o compromisso diário”, disse o secretário.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *