Apagão na ciência: sistemas do CNPq ficam inativos por 4 dias

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Publicado em 27 de julho de 2021

Desde a última sexta-feira, 23 de julho, os sistemas de dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) estão inativos. O apagão se manifestou através do controle do órgão federal, que diz que enfrenta “questões técnicas”.

O caso chegou a ser resolvido após processos judiciais de investigadores nas redes sociais, segundo eles, a plataforma Lattes, a plataforma Carlos Chagas e os demais sistemas que são utilizados através do CNPq fazem trabalho.

De acordo com o áudio atribuído a um funcionário do CNPq, que circulava em equipes de investigadores, houve uma “queima” de “um controlador de servidor” e que esse dispositivo queimado tornou todos os sistemas indisponíveis.

O cenário é incrivelmente grave, pois compromete a realização de recursos públicos, editais e subvenções, acrescentando a opção de perda de conhecimento e atraso no pagamento dos bolsistas, uma vez que a conta salarial também teria sido afetada.

“Vamos continuar com alguns problemas essa semana, pois queimou o cartão do servidor do CNPq. Além do site do CNPq, hospedado na plataforma do governo federal, todo o restante do CNPq está inoperante. Não temos e-mail, plataforma Carlos Chagas, sem promoção e, nada. Então, tudo o que você quiser do CNPq essa semana que você não tem em seus telefones pessoais estará em espera”, lê o áudio atribuído ao funcionário da empresa.

“Não há e-mail, não há comunicação e nem os telefones funcionam. Tudo porque o cartão queimou, não tinha apoio. Não sabemos exatamente que backup perdemos, alguns minutos, alguns segundos, horas, dias foram perdidos. “. A folha de pagamento também está comprometida, pois você terá que realizar um processo manual. De qualquer forma, caos”, concluiu.

Na plataforma Reclame Aqui, conhecida por informar usuários com corporações e serviços online, pesquisadores relatam o problema.

Um pesquisador de São Francisco de Paula, no Rio Grande do Sul, disse: “Boa noite. A partir das 16:00 de hoje, 24. 07. 2021, não posso mais a página da plataforma Lattes. Quero passar para a página para atualizar meu Resumo. Estou prestes a apontar um processo de variedade. Estou ansioso para o passe de volta o mais rápido possível.

Outro pesquisador, de Goiânia, capital de Goiás, disse, no Reclame Aqui: “Quero atualizar e copiar o link do meu programa Lattes para um processo de variedade premente, mas a plataforma não funciona”, e concluiu: “AJUDE o CNPQ”.

Mariana Moura, coordenadora do grupo Científicos Engagés, denuncia que a falha dos sistemas pode ter tido sérias consequências para o CNPq.

“Milhares de estudiosos, que têm toda a sua vida educacional conectada às plataformas da organização como Carlos Chagas e Lattes, não precisa. Mas, mais do que isso, o acidente também afetou a fórmula de mensagens do trabalhador e a fórmula de pagamento da bolsa. “explicou.

Mariana, doutora pela USP, relata que a extensão do dano ainda é desconhecida. “Informações dos recursos da Engaged Scientists indicam que a fórmula principal do servidor do CNPq, a EMC VNX 8000Array, sofreu uma interrupção na operação e que o aparelho não está mais sob garantia e possui um contrato de maior empresa ativo que permite o reparo imediato. “

Para ter um tamanho do problema, explica Mariana, “a plataforma Lattes, que funciona com um programa cuja edição parou em 2018, não tem apoio”.

O pesquisador também denuncia “a irresponsabilidade do governo em relação à ciência brasileira”. “São 4 dias de apagão em todas as fórmulas do CNPq – a fórmula para o pagamento de bolsas e salários – para o fracasso de uma fórmula que não tinha respaldo ou redundância, estava sem manutenção desde 2018 e o contato com a Dell está se tornando a base de emergência. “

A presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), Flávia Callé, denunciou a demolição que a empresa está sofrendo sistematicamente através deste governo.

“O fator central é o baixo ponto de investimento que o CNPQ tem tido de forma recorrente nos últimos anos. São orçamentos que obviamente levam em conta todas as competências e demandas do CNPQ”, disse Flávia à HP.

Segundo ela, a empresa terá que decidir “entre pagar bolsas e estudos e garantir a manutenção e infraestrutura da empresa. Eu acho que é um desafio que está nessa ordem, nesta ordem de desmantelar a empresa, o enfraquecimento. “da empresa e, finalmente, o plano do governo para fechar a empresa.

O pesquisador explica que, para o seu pleno funcionamento, seriam necessários cerca de 800 servidores, mas “tem cerca de 300”.

“O CNPq convocou uma licitação para 180 funcionários na primeira parte deste ano, mas ainda não há orçamento provisório para sua implementação. Teremos que proteger o CNPq e a ciência brasileira!derrotar Bolsonaro”, ressaltou Flávia Callé.

“O pano de fundo para a tragédia do CNPq é o orçamento. Em 2014, a empresa tinha um orçamento de R$ 2. 700 milhões. Em 2021, 1. 200 milhões de reais. Por isso, dos mais de 3 mil projetos aprovados com base no mérito do último edital, apenas 13% receberão recursos”, disse Flávia.

No Twitter, o presidente do LA ANPG mostra cortes sistemáticos na investigação brasileira.

“É o Estado brasileiro que limita intencionalmente o escopo da clínica no Brasil. É o governo que está operando para extinguir o CNPq e causar o apagão da Ciência”, concluiu Flávia Calé.

Em nota, o CNPq respondeu que está “trabalhando no tema, mas não explicou precisamente o que aconteceu e o que deixou toda a fórmula para baixo desde o dia 23”.

“O CNPq informa que identificou, neste sábado, a indisponibilidade de seus sistemas e vem trabalhando, desde então, para resolver o desafio. Ainda não há uma previsão de recuperação completa, no entanto, cada esforço está sendo feito para alcançar a recuperação completa o mais rápido possível. Pedimos desculpas pelo inconveniente e permaneceremos vigilantes a todos quando tivermos mais chamadas. Informamos que evenegos semelhantes às chamadas do CNPq que possam ser afetados pelo desafio serão reavaliados. “

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