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Na quarta-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro recriou o Ministério do Trabalho e Assuntos Sociais e nomeou Onyx Lorenzoni (DEM) como chefe de pasta.
Essa medida faz parte de uma reforma ministerial destinada à habitação do presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), na Casa Civil, consolidando assim a influência do centrão no mais sensível do governo federal.
Devido à concepção explicada, a reforma chega a ajustes em 3 arquivos, que foram apresentados na edição do Diário Oficial da União na quarta-feira. Ciro substituiu o general reformado Luiz Eduardo Ramos na Casa Civil, que foi transferida para a Secretaria-Geral da Presidência, pasta mantida por Onyx.
Onyx, por sua vez, colocou no cadastro criado com o desmembramento dos espaços que estavam sob o comando de Paulo Guedes (Economia). Bolsonaro demitiu o Ministério do Trabalho quando assumiu o cargo. Registro criado em 1930.
O novo ministério foi culpado em questões previdenciárias; políticas e regras para a criação de tarefas, fonte de geração de renda e para os trabalhadores; inspeção de trabalho; política salarial; saúde e proteção ocupacional; registro de sindicatos industriais; pro regulação, entre outras questões.
A pasta de Onyx abriga o Conselho De Garantia do Tempo do FGTS, o Conselho Deliberativo do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), o Conselho Nacional de Previdência Social, entre outros.
O deputado que recriou o Ministério do Trabalho tem validade de até 60 dias, prorrogável pelo mesmo período, e deve ser aprovado pelo Congresso Nacional para não perder sua validade.
O governo espera que Onyx permaneça no comando da pasta por apenas 8 meses, já que terá que se candidatar a um emprego no Rio Grande do Sul. A lei estabelece que os ministros devem deixar o local de trabalho pelo menos seis meses antes da votação (o prazo seria, portanto, início de abril de 2022).
Guedes aproveitou a reforma ministerial para realizar uma reestruturação interna da economia, como mostrou a Folha. A Secretaria Especial de Fazenda da Secretaria Especial de Finanças e Orçamento, para dar mais integração às pinturas e dar ênfase ao controle da economia. gastos públicos, o desejo de gerenciar áreas não essenciais. Bruno Funchal comanda a secretaria reformulada.
Onyx é considerado um dos principais aliados inabaláveis de Bolsonaro, coordenou a cruzada pelo Planalto em 2018 e tornou-se ministro da Casa Civil no início do governo, quando perdeu força no Planalto, assumiu o comando da cidadania em fevereiro de 2020. Cerca de um ano depois, retornou ao Planalto, para comandar a Secretaria-Geral da Presidência.
Agora vá para o quarto ministério. Onyx também é membro do Parlamento do RS, mas está de licença. O convite de Bolsonaro a Ciro Nogueira para se mudar para a principal pasta do Planalto é a resolução mais poderosa que o presidente tomou até agora para proteger a base do partido e o Congresso para sua aprovação no governo.
Os congressistas, ou seja, os do centro, haviam pressionado pela saída de Ramos da Casa Civil, acredita-se que o general carece de competência política, não coordena com o legislativo, e restringe as demandas de senadores e deputados, como a publicação de emendas.
Bolsonaro disse à Rede Nordeste de Rádio nesta terça-feira (26) que a Casa Civil é “a alma do governo”, e que Ramos é amigo, mas que já teve uma discussão com o Parlamento. “Agora, na linguagem com o parlamento, eu estava lutando. É o mesmo que levar Ciro Nogueira para comunicá-lo aos generais do Exército Brasileiro”, comparou o presidente.
Há também a consciência de que, às vésperas das eleições de 2022, é obrigatório ter na Casa Civil quem sabe dar visibilidade às conquistas do governo. campanha de reeleição.
O precedente para os articuladores políticos e líderes das siglas que hoje buscam a reeleição é a reformulação do Bolsa Família e outras medidas que estimulam a recuperação econômica em 2022, após a vacinação da população contrária ao Covid-19.
A aposta é que com um programa de forte apelo popular e uma economia morna, o presidente pode recuperar sua popularidade. Atualmente, as pesquisas implicam um aumento da desaprovação do governo e do favoritismo em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para as eleições do ano que vem.
Ainda na entrevista à Rede Nordeste de Rádio, Bolsonaro minimizou a importância de Ciro para Lula nas eleições de 2018. “No nordeste, era quase menos provável que uma cruzada fosse feita sem o PT”, admito. As pessoas mudam. Ciro está feliz, ele disse que o sonho de sua vida era ocupar um ministério como este.
Ao trazer o senador para o centro do governo, Bolsonaro selou seu casamento com o centrão, organização de legendas fisiológicas que, durante a campanha de 2018, foi criticada pelo então presidente.
O episódio que marcou o discurso oposto à velha política na cruzada levou o atual ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno. “Se você gritar ‘atrapa centrão’, não tem mais ninguém, meu irmão”, cantou o general em um evento festivo em 2018. Em sua versão, ele canta “centrão” em vez de “ladrão”, que aparece nas letras originais compostas por Ary do Cavaco e Bebeto Di São João.
Pouco mais de dois anos depois, o discurso está se tornando radicalmente. “Eu nasci lá [do centro]”, disse Bolsonaro na última quinta-feira (22). “Eu venho do centro. “
A posição do líder executivo no meio vem em um momento de excessiva fragilidade do governo, já que Bolsonaro está ameaçado por mais de cem pedidos de impeachment e pelo avanço da CPI do COVID, que surgiu de supostos casos de corrupção na administração.
Hoje, o governo Bolsonaro tem 23 ministérios, 7 a mais do que os 15 prometidos na campanha eleitoral de 2018, sob a liderança de Michel Temer (MDB), seu antecessor, foram 29 pastas.
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