Carlos Bocuhy é presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam) →
O Antropoceno, explicado através dos cientistas como o mais alto nível recente do planeta, de acordo com as evidências existentes, mostra uma substituição global resultante da transposição de uma fronteira de movimentos humanos em escala, escala e significado, atravessada nos últimos dois séculos, quando a revolução comercial foi acentuada Reflexões sobre ajustes climáticos , solo, oceanos e biosfera da Terra são óbvios e rápidos A preocupação global de longo prazo está nas previsões clínicas e os efeitos do aquecimento global já estão sendo sentidos, em uma progressão maior do que o esperado.
O desafio e as respostas são globais, da Amazônia ao Congo e de Madagascar ao rio Mekong, na Ásia. A revista National Geographic estudou 40 anos de devastação para mapear as vulnerabilidades das florestas mundiais, que são para sequestro de carbono. anos, 20 consistentes com centenas de florestas tropicais foram cortadas e 10 consistentes com cem estão danificadas. Entre as florestas do mundo, a mais vulnerável é a Amazônia, que apresenta fortes sinais de colapso.
No Brasil, as vulnerabilidades da verdade físico-bioquímica e de nossas populações são proporcionais à sua riqueza. Localizados do norte do Equador ao sul do Trópico de Capricórnio, eles têm um clima e água que dão vida em abundância e em tudo. suas formas, abrigando uma natureza tão colorida que ainda não foi bem catalogada.
As situações exigentes para a blindagem são seculares. Há mais de duzentos anos, o Patriarca da Independência do Brasil, José Bonifácio de Andrada e Silva, já falando das matrizes da degradação, previu que abusos e remédios envolveriam a construção de uma central lúcida e proativa, “sábia, ciumenta e energética”. governo capaz de entender e agir para proteger ecossistemas importantes.
Andrada e Silva escreveu em 1815: “A ausência de uma força policial adequada para proteger [proteger] e proteger as florestas, punindo pronta e irremediavelmente aqueles que as emprestam, as queimam e removem o gado destrutivo do local. O deboche e o esquecimento impunes com que bosques e praças públicas foram abandonados ao soco mimado dos rústicos, os dentes mordiscados dos animais e o fogo dos pastores eram incríveis, mas quem o salvaria desses males, e quem seriam nossas leis, se nunca tivesse havido uma única inspetoria central, composta de homens sensatos e ciumentos , para monitorar com poder todas as considerações a gestão e vigilância de florestas, estradas, rios e minas?Ramos que, por sua correlação mútua e dependência, requerem uma fórmula de meios e fins únicos e engajados. “
Na realidade atual, uma fórmula solitária interconectada de meios e fins indica a criação de infraestruturas e um estilo de governança orientado às situações de demanda gerencial representadas pelo Antropoceno, há uma aparente reordenação de nações que o Brasil desconhece. Os Estados Unidos e a União Europeia apresentam tendências inevitáveis que terão fortes efeitos na realidade brasileira.
A lógica é simples, como diz Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia: “As emissões de CO2 terão que ter um valor, um valor que incentive consumidores, fabricantes e inovadores a decidir em tecnologias em branco, a avançar em direção a tecnologias em branco e sustentáveis. tecnologias. Em outras palavras, os produtos que são emissões de carbono serão penalizados. O maior custo será em produtos que constituem descarbonização.
O Brasil está perdendo sua posição de liderança neste novo contrato econômico global, com uma economia fundada em um agronegócio que esgota uma tendência em suas fronteiras no cerrado e na floresta amazônica, terá tendência a perder competitividade no mercado externo.
A Amazônia não é apenas o encanto global para a descarbonização dos produtos, hoje é um desafio primordial: a lenta falência de um ecossistema gigantesco, que perde sua capacidade de produzir água com sua transposição de umidade para todo o continente sul-americano. Um exame do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostrou que o componente ocidental da floresta está quebrado e os climatologistas afirmam que essa região pode ser apenas um tipo de savana.
A verdade brasileira será uma condição dura dentro do que os europeus chamam de “mecanismo de ajuste de fronteiras”, que tributará tecidos brutos e corporações no agronegócio, petróleo, produtos como aço, alumínio, concreto, entre outros. Um imposto será cobrado sobre produtos globais não sustentabilidade e deverá entrar em vigor em dois anos, em 2024.
Na véspera da COP 26, que acontecerá em novembro em Glasgow, Reino Unido, os mecanismos de descarbonização e emergência global tornam-se mais relevantes. Cientistas estão se reunindo recentemente para atualizar o conhecimento meteorológico que será apresentado na COP 26, adicionando ocasiões excessivas recentes, como as temperaturas máximas no Canadá e nos Estados Unidos, além das inundações que devastaram partes da Alemanha.
As regulamentações de jogo estão se desenvolvendo rapidamente e o Brasil não está construindo sua defesa para enfrentar vulnerabilidades e trazer à tona sua integridade. Se vamos navegar pelo Antropoceno, como espécie e como nação, teremos que rever nossa organização interna para envolver degradação, inspirar práticas e adotar novas tecnologias para economicamente no novo reordenamento civilizacional.
Há distúrbios estruturais a serem resolvidos nos campos político e de governança. O sociólogo italiano Domenico di Masi observa que a perda de notoriedade do Brasil se deve ao declínio médio da inteligência coletiva, que, nas mãos do atual governo de Jair Bolsonaro, está perdendo tempo valioso falando sobre as revoltas que triunfam há séculos. A negação de distúrbios fundamentais implica a perda da proatividade intelectual, na redução do ponto cognitivo da população, o que torna realidade, fora de seu tempo, as consequências que José Bonifácio descreveu como ” incrível impunidade, deboche e abandono ” e sob pressão a falta” de homens sensatos e ciumentos, que assistem com poder tudo o que se assemelha ao manejo e vigilância das florestas “.
O Brasil quer remodelar o Antropoceno, uma emergência que exigirá uma visão de médio e longo prazo, agregando inteligência estratégica em sua governança, o que exigirá transparência democrática para sua realização e superação de fortes interesses específicos que geram deboche. e negligência.
A aprendizagem no Antropoceno exigirá a consciência pública de que a próxima fronteira civilizacional é a sobrevivência, que terá a estrutura de uma infraestrutura de governança com políticas públicas voltadas para a sustentabilidade, termina e significa que José Bonifácio identificou como resultado da gestão dos sentidos e personagens ciumentos.
As opiniões e dados publicados em colunas e sessões de pesquisa são de dever de seus autores e não constituem necessariamente a opinião do ((ou)eco. Buscamos nesses espaços um debate variado e frutífero sobre a conservação do meio ambiente.