Redação com a Folhapress. Postado em 31 de julho de 2021 às 8h15.
Vindo de alguns anos de maus treinos em uma pequena rede no Rio Grande do Norte, o surfista foi campeão mundial, mas havia algo que nem estava em seu auge dos sonhos do dia surreal do que ele imaginava.
“As Olimpíadas estavam fora da minha caixa. Eu sonhava em participar do Circuito Mundial, mas as Olimpíadas eram algo muito mais”, conta o internauta, com uma medalha de ouro no peito.
O surfe foi anunciado como um jogo olímpico em 2016, quando soube que era imaginável participar dos Jogos, Ítalo viu o inimaginável se tornar uma obsessão. Campeão, ele agora enfrenta novas situações. Não é à toa que ele fica surpreso quando seleciona seu celular e percebe a magnitude das repercussões do feito em Tóquio: “é estranho”.
A realização simboliza a superação de um paradigma. Entrar no programa olímpico, com grande sucesso, é um passo para um jogo que há anos tem sido preconceituoso.
O potiguar é campeão de tudo, ou quase, já que falta um, a Copa do Mundo Júnior, mas essa já aconteceu, e é difícil especificar quais serão os próximos objetivos. Ele diz que quer praias isoladas para descansar e surfar até voltar a participar das etapas mexicanas do Circuito Mundial em agosto, ele pode querer tempo para formular os próximos passos e, portanto, passar alguns dias na Baía Formosa.
“[Antes] eu tinha dificuldade em chegar aos campeonatos, eu não tinha dinheiro para pagar as entradas, eu tinha que pedir para um ou outro dormir na marquise da pintura, em frente à varanda das casas. Tínhamos que estar lá, acreditando que um dia iria melhorar, é isso que estou vivendo hoje, mas muito melhor.
Ítalo ganhou a reportagem nas poucas horas em que esteve em São Paulo. No voo Japão-Brasil, ele dormiu um pouco. Assista filmes e converse com Gabriel Medina, somando a competição. O adversário, que chegou a Tóquio como favorito, terminou a disputa em quarto lugar.
O medalhista não precisou descansar em São Paulo, como havia sido programado através de sua equipe, completou seu preço e, poucas horas depois de sua chegada ao país, continuou sua aventura ao seu país local. Poucos minutos depois de ganhar a primeira medalha de passe na história do surfe nos Jogos Olímpicos, ele já estava procurando se mudar de casa antes mesmo de receber a medalha.
Ítalo comemorou, mas não precisou festejar. Ele procurou abraçar sua família, cumprimentar seus amigos, comer o cuscuz de sua mãe, Dona Katiana, e mergulhar de volta quando ele chegou. O potiguar é uma “besta marinha” que até os minutos decisivos da final olímpica, contra o japonês Kanoa Igarashi, ele parecia passar sozinho.
“Comecei a comemorar faltando dois minutos. Comecei a vibrar, comecei a gritar porque sabia que ele [Igarashi] estava numa situação muito complicada. A ideia ‘Eu não vou marcar mais [pontos], se necessário. , vai ser, esse cara não poderia sair disso. “Depois bati uma onda, fui para o outro lado e comemorei sozinho”, lembra Ítalo sobre os últimos minutos da rodada.
Ele saiu da água, agradeceu a Deus e lembrou de sua avó, Dona Mariquinha, mais uma vez ele não poderá realizar o ritual de apresentar um novo prêmio ao seu maior simpatizante, ele morreu poucos dias antes de ganhar o prêmio. Italo diz que a cultura começou através de sua avó, que lhe disse para sair de casa, bater em todos e trazer a casa de troféus onde ela esperaria.
“Ela era uma guerreira, não era? Ele cuidou de seis filhos, perdeu um, não tinha status monetário, perseguido e nunca faltou nada. Ele tem sido um exemplo para mim, assim como meu pai e minha mãe. E é isso. ” É por isso que eu aprecio todas as minhas conquistas, porque viemos de baixo”, diz.
Cansado da viagem, com pressa para chegar em casa, Ítalo vai embora quando fala de sua avó. Quando perguntada como seria conhecê-la hoje, ela respondeu que faria como de costume, um abraço e um tapinha.
E o que você diria a ele? Como eu diria a ele?ele pergunta. Vovó, eu vou cozinhar.
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