João Doria, governador eleito pelas costas de Jair Bolsonaro, aproveitou o mérito da chaminé da Cinemateca para atacar seu adversário ocasional.
“A chaminé da Cinemateca de São Paulo é um crime contrário à cultura do país. Desprezo pela arte brasileira e que lembra isso: a morte lenta da cultura nacional”, escreveu no Twitter.
É verdade que o governo federal tem sufocado economicamente a Associação de Comunicação Educacional Roquete Pinto (Acerp), que mantém a instituição, e que a gangue fascista odeia a arte.
Mas o PSDB fica para trás.
Nosso colunista Miguel Enriquez – recentemente em um spa na Suíça, após missões à Venezuela e Cuba – falou sobre o caso em 2018:
É para esconder que as chamas de museus, institutos de estudos e prédios públicos queimados em São Paulo, sob o comando do PSDB, nos últimos 10 anos, são tudo o que faz do próprio Nero, o imperador acusado de ter queimado parte de Roma, aos seus pés. , no ano 64 aD. C.
Em São Paulo, pelo menos até agora, o incêndio foi substituído por uma omissão absoluta e por um pequeno medo da fiscalização e preservação de prédios públicos.
Afinal, como o saneamento, é tudo o que é percebido ligeiramente entre a população e tem pouco apelo eleitoral. Segundo levantamento realizado pela Folha de S. Paulo, de 2008 até o presente, houve nada menos que seis incêndios em instituições antigas. , só na capital paulista.
O pontapé inicial foi dado através da chaminé que devastou o Teatro de Cultura Artística em agosto do mesmo ano, na gestão do governador José Serra.
Neste caso, dado que o teatro pertence a uma entidade pessoal, dever do Estado para o controle precário da segurança, menos de dois anos depois, em maio de 2010, é a vez da construção do laboratório de répteis do Instituto Butantan, com a destruição de uma das mais importantes coleções de cobras do mundo : o deputado Alberto Serra que no Palácio Bandeirantes Goldman.
“É uma tragédia da chaminé na Biblioteca de Alexandria”, disse Francisco Luiz Franco, curador do serpentário na época.
Mas foi sob Alckmin, sem seus dois últimos mandatos, que o abandono e a falta de manutenção de museus e prédios públicos atingiram seu clímax, o que não permite a ninguém que a preservação seja implícita ou óbvia, como quer o tucano.
Na verdade, nunca foi, mesmo após a tragédia na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que deixou outras 242 pessoas mortas e 680 feridas, em janeiro de 2013, e serviram de alerta para o fortalecimento do combate à violência. – Avaliações de lareiras confiáveis em todo o país. Prova disso é que, 10 meses depois, o auditório Simon Bolivar do Memorial da América Latina foi arrasado.
O dever pessoal de Alckmin neste domínio foi aumentado no ano seguinte pela chaminé do Centro Cultural Liceu de Artes e Ofício em fevereiro de 2014, provocado por um curto-circuito. Detalhe: O laudo de fiscalização do Corpo de Bombeiros estava vencido.
Os desordens da instalação elétrica também causaram as chamas que engolfaram os três andares do prédio e queimaram o Museu da Língua Portuguesa, no centro de São Paulo, em dezembro de 2015. Lá, assim como o local da chaminé do Museu Nacional do Rio, em janeiro, os hidrantes das pinturas, comprometendo as pinturas dos bombeiros.
A investigação da Folha culminou na chaminé de um dos armazéns da Cinemateca Brasileira, com a destruição de 731 filmes, ocorridos menos de 3 meses após o episódio do Museu da Língua Portuguesa. A Cinemateca é ligada ao governo federal, mas, assim como o Teatro de Cultura Artística, o Estado é culpado de prevenir acidentes.
Preservar museus, no entanto, só está impedindo que eles sejam engolidos pelas chamas de um incêndio, ou seja, cuidar de suas instalações, manter os edifícios funcionando, sem vazamentos danificar suas coleções, e garantir que sejam bem-vindos. para visitantes, entre outras medidas.
O tucanato não tem sido para trazer pinturas minimamente aceitas nessas áreas. O símbolo mais produtivo da negligência de seus governos é o Museu Paulista, também conhecido como Museu do Ipiranga.
Em ruínas, o museu que conta a história da independência do Brasil está fechado para reforma desde 2013. Apenas cinco anos depois, em março passado, ele apresentou a comissão de recuperação que venceu o festival promovido pela USP, a universidade do governo de São Paulo, culpada pelo Museu.
A obra, que deverá cobrar entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões, terá início no próximo ano e, com a presença das estrelas, é possível que estejam prontas em 2022, para as comemorações do bicentenário da independência.
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