Em 2021, o desemprego entre os jovens chega a 31%. Metade deles deixaria o país se pudesse. Sem perspectivas, muitos buscam oportunidades no exterior. O país está desperdiçando um enorme potencial, exatamente daqueles que poderiam salvá-lo da crise.
Por Leonardo Poletto, Hanna Campeche, Renata Alencar, Bruno Castro e Mariana Pessoa, no Brasil de Fato
Cerca de 47% dos jovens brasileiros entre 15 e 29 anos deixariam o país se pudessem. Esse sentimento reflete a falta de oportunidades e a depressão com uma reversão do cenário socioeconômico existente no Brasil. para 24-31% no primeiro trimestre de 2021, mais que o dobro da taxa global de desemprego de 14,7%.
No entanto, a ênfase que a opinião pública possivelmente colocaria sobre o papel da educação tende a exagerar essa política pública como a única solução para ter sucesso sobre a posição subordinada ocupada no departamento de trabalho estrangeiro, como é o caso do Brasil.
A migração de pessoal – mais ou menos profissional – para outros países, no Norte, pode ser entendida como um meio de movimentar preço ou riqueza.
A dívida externa, a hiperinflação, o fracasso dos planos econômicos e o próximo confisco da poupança criaram instabilidade no primeiro governo eleito pelo povo, levando muitos brasileiros a buscar situações de vida melhores no exterior.
Os anos oitenta e noventa foram caracterizados por um grande número de migrações brasileiras para outros países. Em 1996, estima-se que mais de um milhão de brasileiros haviam se estabelecido nos Estados Unidos, principal destino, seguido pelo Paraguai e Japão.
Nos anos 2000, a Carta aos Brasileiros que Vivem Longe de Casa, escrita em 2002 por Luiz Inácio Lula da Silva, identificou o fenômeno da migração de brasileiros para o exterior, mesmo antes de sua eleição como Presidente da República, expressando o desejo de criar agências e mecanismos para esses emigrantes. , além de garantir que, ao final de seu mandato, se eleitos, como estavam, seriam eliminadas as principais razões socioeconômicas que levaram os brasileiros a deixar seu país.
Durante seu mandato no local de trabalho (2003-2010), Lula manteve seus compromissos com essa população, e “assim, aqueles que desejam fazê-lo, terão que poder viver novamente com dignidade”. dos graduados brasileiros que se candidataram ao exterior, seu número é superior a 63. 000 em 1990 para 218. 000 em 2007, ou 2,3 milhões em linha com o percentual da força de trabalho profissional de um total de 9,4 milhões.
Dados mais recentes, do censo de 2010, mostram que 491. 645 brasileiros vivem no exterior, sendo o principal destino os Estados Unidos, tendo como sucessores países europeus e japão.
A taxa de desemprego para jovens e outros de 18 a 24 anos foi de 31% no primeiro trimestre de 2021, mais que o dobro da taxa global de desemprego de 14,7%.
Quanto à manutenção das universidades federais e da pesquisa clínica brasileira, entre 2010 e 2020 o montante destinado a essas instituições é minimizado em 73%, este ano as coisas não melhoraram: em abril de 2021, no atual governo de Jair Bolsonaro, o Ministério da Educação havia bloqueado 2. 700 milhões de reais e vetado 2. 200 milhões de reais , marcando a caixa na escolaridade como o máximo afetado pelos cortes orçamentários.
Entre o último trimestre de 2019 e o primeiro trimestre de 2020, o número de subutilizados com ensino superior foi 43% maior, de 2,5 milhões para 3,5 milhões de pessoas.
Outro fator preocupante na economia brasileira nos últimos anos é a taxa de investimento (Formação Bruta de Capital Fixo/PIB).
Bruno Castro, Hanna Campeche, Leonardo Poletto, Mariana Pessoa, Renata Alencar são pesquisadores do Observatório Brasileiro de Política Externa da Universidade Federal do ABC (UFABC).
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O OPEB (Observatório da Política Externa Brasileira) é uma organização central de professores e acadêmicos no exterior da UFABC que analisa criticamente a nova integração externa do Brasil a partir de 2019. Leia outros textos.
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