“Pilar é cultura, mas procuro criar vínculos”, diz Gabriela Moulin, presidente do BDMG Culturel.

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“Fabíola é mais uma cultura raiz”, diz Gabriela Moulin, comentando sobre a presença da irmã à frente da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, que dirige outro estabelecimento vital em Minas Gerais, ligado ao Estado, como presidente do BDMG Cultural, mas busca dar algum outro tipo de contribuição ao setor , vendo-a como uma “implicação transversal”, o que abre caminho para uma interconexão com temas contemporâneos. “Quando o Sérgio (Gusmão, CEO do BDMG) me ligou, em 2019, acho que é uma oportunidade maravilhosa de pintar em um banco relacionado à progressão e poder compilar relatórios que envolvam progressão territorial e educação. O pilar é a cultura, mas o que eu tentei fazer é criar novos vínculos com essas outras questões e emergências”, diz.

O BDMG é um banco de progressão econômica. Você acha que o banco já entende que a cultura é um componente da economia das artes, apenas uma forma de identificação do logotipo?

Acho que já existe uma crença mais estruturante do que é cultura, mas é um procedimento em construção constante. Posso comunicar sobre esta gestão, mas temos fortes sinais de continuidade que nos permitem fazer esta análise. O BDMG Cultural existe desde 1988, quando, nesse processo de pós-democratização do Brasil, surgiram várias comissões. O banco é pioneiro na criação do instituto. Quando cheguei, em 2019, estávamos pensando em como ampliar essa visão de cultura, no sentido de que essa não é a posição de construir uma marca. Possivelmente traria benefícios até para o banco, mas não é. Em primeiro lugar, não pode ser colocado apenas como uma questão de expressão artística. Hoje, no Brasil, o estabelecimento do interesse público pela cultura enfrenta problemas muito maiores. As pessoas não querem mais ser apenas um público. Há uma discussão com a sociedade, uma abertura para os problemas que a sociedade enfrenta, relacionados a gênero, raça, meio ambiente, entre outros novos debates. Estamos passando por um momento tão difícil que nos perguntamos que contribuição queremos dar. Com muito trabalho, criamos essas conexões. Tínhamos que mostrar ao banco e aos seus funcionários, há tantos anos, que o BDMG Culturel pode fornecer informações básicas sobre o que é o banco. Quando se trata de sustentar o desenvolvimento, para mim, não há perspectiva de propor uma tarefa desse tipo que não venha com a cultura. Não é um espaço, mas uma implicação transversal.

A Seres-Rios possui um programa online que combina estudos e pesquisas sobre rios a partir de debates, mapas inéditos, lives, exposições de artes visuais e filmes que dão voz a seres que se relacionam com as águas e cursos.

Quais são os planos do BDMG nesse sentido?

Conseguimos fazer sistemas que destacam essa discussão de coisas mais integradas. Este ano, apresentamos o “Urbe Urge”, um programa de bolsas de estudos para arquitetos e designers. Eles tiveram que formar coletivos que integravam outras pessoas da cultura popular, como quilombolas e nativos. Eles querem pensar em respostas às emergências climáticas nas cidades. Esta questão é parte de um procedimento muito vital dentro do controle do banco hoje. O BDMG tem vários movimentos focados em energia. Estão sendo criadas situações em que tudo isso conta, e essa concepção de que a cultura e o desenvolvimento sustentável, apesar das palavras banalizadas, são muito vitais, que terão de ser retomadas para colocá-las em prática, é muito clara.

O Festival Seres-Rios, hoje, tem essa proposta, baseada em um tema que está na pauta: recursos hídricos Como é o projeto desse projeto?

Seres-Rios nasceu em 2019 e nosso propósito era, além dessas confluências, olhar Minas Gerais de uma forma diferente. Procuramos, então, ampliar nossas relações com o estado e fazer um exercício, que no máximo era uma brincadeira, em que não valia a pena falar em queijo e pão-de-serra. Como se livrar dessas grandes marcas, que são vitais e que constroem o Estado, mas também o enfraquecem? Minas é um lugar incrível, pela quantidade de coisas que descem, seja nos principais centros urbanos, seja em outras áreas tão diversas. Se olharmos a paisagem herbácea, tomando a atitude da montanha, contemplando que Minas tem rios icônicos, dos quais o São Francisco é o máximo simbólico, temos 17 bacias hidrográficas que alimentam vários outros estados. Os rios são conectores de ervas. As pessoas se reúnem ao seu redor. Nós os percebemos como um ser vivo, que está fisgado nas árvores da mata ciliar, nos animais, nos peixes. Tudo parecia incrível para a pintura em todas as suas atitudes multidisciplinares. A ideia, inicialmente, era organizar um seminário na sede do BDMG Culturel. Com a pandemia, entendemos que o estilo merece estar online. E chamamos 4 curadores para nos ajudar a desenhar a programação, optando por 3 rios que nos ajudariam a fazer essa interligação entre os seres.

“No ano passado fizemos um relatório de atividades públicas pela primeira vez. É um esforço para que sistematizemos e voltemos ao banco para influenciar esses recursos, onde eles chegam e o que geram na vida das pessoas. “

Querer criar projetos voltados à progressão sustentável tira o objetivo principal de outros investimentos culturalmente orientados, como o BDMG Instrumental?

Chegar à vigésima edição de um prêmio comprometido com a música instrumental mineira também é incrível, entra no controle e sai para o controle, essa tarefa continua, a transformação é feita internamente. Para ter um efeito positivo em um palco, como música instrumental, você quer esse momento. Hoje, a cena é influenciada pelo valor e o valor é influenciado pela cena. É essencial que tenha essa continuidade. Vemos outros jovens no palco, bem como um vínculo com universidades públicas que têm correntes musicais primárias, sem mencionar conservatórios de música. Somos o Estado que tem as mais altas equipes do Brasil, que são o acesso à educação, a burocracia da cultura territorial e da integração, quando conseguimos mostrar que essas coisas têm um lugar sistêmico e estruturante na sociedade, não só para a economia, mas também para o desenvolvimento social, diante do racismo e da misoginia. . . A cultura é um operador muito difícil para isso.

Como o Palácio das Artes, o BDMG Cultural sofreu com a falta de espaço para uma cultura mais elitista, como você pinta nessa imagem?

A gente vem de um procedimento em 2019 de muita ideia de como criamos bairros, até criamos um programa educativo sobre esse assunto, não basta estar lá, em um prédio da moda, perto da praça da Liberdade, no distrito de Lourdes, sem poder criar outras conexões, é muito simplista que você esteja sozinho lá, já tínhamos planejado criar outras relações com o território da cidade , muito maior do que este distrito, mais uma ligação com o interior do estado. O BDMG é um banco estatal. E nossos movimentos acabaram se limitando a Belo Horizonte e a um nicho seguro, a pandemia nos deu a oportunidade de ter uma interação muito maior com todas as minas que existem ao ar livre no estado, na XX edição do BDMG Instrumental Awards, que terminou há uma semana, tivemos mais acesso através do YouTube do que em edições passadas dentro do teatro. É um estilo que está aqui para ficar.

A maior parte dos recursos do BDMG Culturel vem de investimentos diretos do banco, o orçamento para 2021 foi de R$ 2. 934. 000,00, valor que será mantido para 2022

Você está em outros tipos de ajustes de preços?

É um prêmio muito identificado e estruturado. Um fator muito vital para mim e que falamos no BDMG Culturel é o fato de ser muito masculino. Este ano, enfim, só tivemos uma mulher, a percussionista Nat Mitre, que deu forma ao Duo Foz com PC Guimarães. Se for uma imagem espelhada da sociedade, é também uma ação que teremos de realizar para inspirá-la. Se você for a uma sala de música interna da UFMG, também tem muito mais homens. Qual seria o papel deste estabelecimento de interesse público nesta revisão? Pensamos muito na diversidade que a música instrumental pode ter que não é aceita. Duvido que não tenhamos mulheres, indígenas e a rede negra que não tenham propostas de música instrumental. Esse fato em relação à diversidade tem sido feito em outros programas, que são novos e não têm a história completa do BDMG Instrumental. E eles fizeram maravilhas, como o LAB Cultural, um laboratório de estudos para artistas. O que nos interessa é a abordagem do artista, acompanhando-o com tutores. O componente acabado não é o objeto final. Todo artista quer estudos e no Brasil temos muito pouco. Este ano, demos um passo adiante em nossa busca de sermos mais variados a fim de sermos mais poderosos. Como tudo estava online, pudemos obter os insumos da campanha, que também fez uma grande diferença, trazendo outras perspectivas do território e remontando à arte. E combinamos todos os campos, com componentes interessados ​​solicitando o programa e não um campo. Esses são pequenos passos que poderíamos dar para a música instrumental no futuro.

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