Bolsonaro entrega ao Congresso o deputado do novo Bolsa Família e a PEC manda

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apresentou na manhã desta segunda-feira (9) ao Congresso a proposta de parcelas precárias para evitar o teto de gastos em 2022 e um deputado (medida provisória) que cria o Auxílio Brasil – programa que será o Bolsa Família.

Os textos foram passados por Bolsonaro ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O presidente participou do Congresso acompanhado dos ministros Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Ciro Nogueira (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia), João Roma (Cidadania), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral) e General Augusto Heleno (Diretoria de Segurança Institucional).

Até o fim de semana, o plano da MP para identificar o formato, objetivos e regras do programa, mas sem números ou pontos principais sobre as fontes orçamentárias, após ser questionado nesta manhã sobre o valor pago pelo novo programa, Bolsonaro disse que o faria. ser pelo menos 50% maior do que o existente (média de R$ 190).

Lançado em meio às incertezas em torno do orçamento de 2022, ele esperava que o texto condicionasse um componente do programa sobre estilos de vida de recursos genuínos, abrindo caminho para que certas medidas permanecessem apenas no papel.

O programa vem em um momento em que a elegância política empurra os gastos em frentes e a área para estar no teto de gastos é espremida pela inflação emergente e pelo consequente reajuste das despesas obrigatórias (como as pensões).

As contas públicas estão no vermelho desde 2014, e a equipe econômica tem focado seus esforços nos últimos meses buscando construir o pagamento médio consistente com o círculo de parentes dos C$ 190 existentes para algo mais próximo de R$ 300.

O preço teria compatibilidade estritamente dentro do teto de gastos, mas Bolsonaro e seus aliados estão pressionando por mais e elevando um preço imaginável de R$ 400 nos bastidores.

Mesmo com as incertezas sobre os números, a proposta da Auxílio Brasil representa a substituição na política do Bolsa Família desde sua criação.

O programa criado no primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá deixar de existir oficialmente após aproximadamente 18 anos e ter seu marco legal revogado até o final deste ano.

A Auxílio Brasil, no entanto, manterá as premissas de seu antecessor por meio do atendimento de famílias em condições de pobreza excessiva (fonte de renda mensal de até R$ 89 consistente com a criança, de acordo com a norma atual do governo) e pobreza (entre R$ 89 e R$ 178).

Hoje, o Bolsa Família é voltado para famílias em um cenário de pobreza ou pobreza excessiva e que vêm com gestantes, lactantes, jovens ou adolescentes até os 17 anos.

Aclamado por organizações como a ONU (Organização das Nações Unidas), o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial, por meio da equipe econômica de Henrique Meirelles (o primeiro pós-PT) e até mesmo através do ministro Paulo Guedes (Economia), do Bolsa Família. marcou um marco na história do país ao colocar no orçamento uma alocação em larga escala para transferir a fonte de renda para as populações mais vulneráveis.

O carro-chefe dos programas sociais da era PT, o Bolsa Família, é percebido pelo atual ministro da Economia como uma explicação de por que o PT venceu 4 eleições, e sua reformulação é percebida através do governo como uma forma de aumentar a popularidade de Bolsonaro nas eleições. disputa com Lula, que criou o programa.

“[O PT] ganhou com razão 4 eleições consecutivas porque transferiu a fonte de renda para os mais fracos com um programa inteligente. Um programa que pegou poucos recursos e teve um impacto social muito alto”, disse Guedes em audiência pública na Câmara. Em maio.

“Agora vem a eleição? Vamos atacar. Haverá uma melhora no Bolsa Família, no BIP [Bônus de Inclusão Produtiva], no BIQ [Bônus de Incentivo de Rating], haverá muitas coisas para acertar em suas mãos”, disse. disse ao jornal Folha de S. Paulo há pouco mais de dois meses.

Embora Guedes assegure que o programa não vai ultrapassar o teto de gastos, os esforços do governo por mais recursos e a negociação da regra em 2022 com o pagamento do pré-erário (pagamentos que decidimos através da justiça contrária ao Estado) em um ano eleitoral. eles despertaram a desconfiança do mercado.

A PEC (proposta de reforma da Constituição) do precatório é justificada por Guedes como forma de evitar que o teto seja perfurado.

A medida é introduzida após a administração e o Congresso terem implementado medidas para rever os gastos em outras frentes e é intensificada por meio de uma moção de funcionários do governo para gerar flexibilidade e remover o pré-tesouro do teto.

Guedes disse que apresentou a proposta – às vésperas da apresentação do orçamento, que deve ser entregue até o final do mês – após passar pelo projeto de lei pré-parlamentar em 2022.

A conta passou do faturamento de R$ 55,4 em 2021 para o faturamento de R$ 89,1 no próximo ano, uma expansão de 60,7% que ele chamou de “meteoro”.

Apesar disso, órgãos governamentais alertaram o Ministério da Economia sobre perdas com ordens judiciais meses antes da última parcela da proposta orçamentária, indicando que o caso não foi levado de surpresa.

Em março, a AGU (Advocacia-Geral da União) alertou para o pagamento de 8,5 milhões de reais à Bahia no próximo ano.

Em maio, a SOF (Secretaria de Orçamentos) alertou que uma precariedade de 2. 600 milhões de reais para o Ceará geraria a ameaça de “desobedecer normas constitucionais e legais que apontam para uma gestão fiscal culposa, dificultando o andamento de outras políticas públicas”.

Em junho, a SOF emitiu cautela sobre um anúncio de R$ 3,8 bilhões para Pernambuco.

Em todos os 3 casos, os valores implicavam a complementaridade do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Aperfeiçoamento de Ensino Superior).

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