Mato Grosso é o mais sensível à qualificação de feminicídios, até quando?

“Dados publicados em meados de julho pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que, de todos os homicídios registrados em nosso estado, 59,6% são feminicídios. “

A delegada Rosa Neide chama a atenção para medidas de combate à violência contrária em Mato Grosso – Foto: Reprodução.

Extraído do XV Anuário Brasileiro de Segurança Pública, e triste realidade, Mato Grosso é o mais sensível da classificação nacional de feminicídios Quanto tempo o governo e a sociedade mato-grossense viverão com essa realidade?

Dados publicados em meados de julho pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que do total de homicídios registrados em nosso estado, 59,6% são feminicídios. Mato Grosso ocupa o primeiro lugar na lista dos 27 estados da federação (26 estados e Distrito Federal). A média no Brasil é de 34,5%.

Os homicídios por violência doméstica (feminicídio) quase dobraram em nosso estado.

Foram 39 inscrições em 2019 e 62 em 2020; a taxa no Brasil em 2020 é de 1,2 consistente com cem mulheres; em Mato Grosso é de 3,6, a maior do país.

Outros tipos de violência contra a mulher em nosso Estado também são destaque no Anuário, como o estupro, onde Mato Grosso ocupa o oitavo lugar. Em 2020, outras 1. 500 pessoas mato-grossenses foram estupradas, uma taxa de 44,4%, taxa superior à média nacional de 28,6%.

A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJC-MT), a Polícia Militar, o Ministério Público (MP-MT), a Defensoria Pública e o Poder Judiciário têm participado ativamente no combate ao feminicídio. no entanto, os movimentos não foram suficientes para tirar nosso estado do mais sensível deste lamentável ranking.

Como deputado baseei meu mandato no combate à violência doméstica, no ano passado enviei orçamento para modificações, para aquisição de um veículo na Patrulha Maria da Penha em Cuiabá e em Várzea Grande, este ano destinei orçamento para aquisição de dois carros para o patrulhamento em Sinop.

Tive uma grande discussão com as autoridades, com o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher e com a sociedade civil, nos unimos nesta luta. Recentemente, a PJC introduziu o aplicativo “SOS Mulher MT”, que inclui um “botão de pânico” projetado para ajudar as vítimas de violência. Por meio do aplicativo, a mulher pode solicitar atendimento quando o agressor não cumprir a medida de proteção prevista na Lei Maria da Penha. Depois de pressionar o botão, o veículo mais próximo se move para o serviço. Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres e Rondonópolis já possuem essa ferramenta. No entanto, queremos seguir em frente e fazer muito mais.

Juntamente com o Conselho da Mulher, as autoridades judiciárias, os representantes da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Assistência Social e dos municípios de Cuiabá e Várzea Grande, nos reunimos com o Presidente da Associação dos Municípios de Mato Grosso (AMM). , Neurilan Fraga e com o governador Mauro Mendes.

Nosso objetivo é fortalecer a Rede Nacional de Combate à Violência contra a Mulher. Nosso objetivo é identificar um protocolo estadual unificado para ajudar mulheres vítimas de violência nos 141 municípios.

A criação de uma Secretaria de Estado expressa para a progressão de políticas públicas a favor também é um pedido a ser abordado através do Governador.

O fim do feminicídio e toda a burocracia da violência não passará sem a união de todos: a sociedade e as autoridades.

Os mato-grossenses não são fáceis de defender suas vidas.

É urgente que o governo estadual garanta um orçamento, uma secretaria, delegacias especializadas para todas as regiões do Estado, mais patrulhas, abrigos, campanhas publicitárias institucionais contra a violência doméstica e a promoção da Lei Maria da Penha, criação de tarefas, renda, autonomia, cidadania e outras políticas públicas expressas para a Matriz

 

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