Doria antecipa Queiroga e anuncia a dose para 6 de setembro

SÃO PAULO, 25 AOT (ANSA) – Em falência da disputa pela vacinação contra o novo coronavírus no Brasil, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quarta-feira (25) que o Estado começará a aplicar a terceira dose de Vacinas Anti-Covid a partir de 6 de setembro, nove dias antes da data prometida pelo Ministério da Saúde.

Segundo Doria, a aplicação da dose de reforço será destinada primeiro a outras pessoas com mais de 60 anos, um público estimado de mais 900 mil pessoas em São Paulo, mas o cronograma através da organização por idade ainda não está pronto.

“Desde a semana passada, o comitê clínico vem discutindo com a área de aptidão do governo de São Paulo e com o comitê do programa nacional de vacinação para a cobertura de outras pessoas com mais de 60 anos de idade, e essa resolução terminou nesta manhã. “diz Doria.

A medida foi formalizada logo após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciar o início da aplicação da 3ª dose para outras pessoas com mais de 70 anos e imunossupressores a partir de 15 de setembro.

Há apenas 20 dias, o próprio Doria disse ao portal Metropoles que “não há necessidade” de tomar a 3ª dose de Coronavac, vacina escova pelo laboratório chinês Sinovac e fabricada no Brasil por meio do Instituto Butantan.

Questionado pela ANSA se o anúncio do governo paulista é uma reação ao Ministério da Saúde, o toycan disse “que a luta contrária contra a pandemia é e que as decisões de ontem não são decisões de hoje”.

“Foi assim que aprendi com cientistas, técnicos, médicos especialistas, que uma resolução hoje não se aplica em um mês”, disse Doria, acrescentando que o Programa Nacional de Imunizações já está discutindo a terceira dose “há quatro semanas”.

“Esta é uma decisão recente, de última hora, ou porque o ministro fez ou não”, disse o governador.

Qual vacina?- Se o plano anunciado pelo Ministério da Saúde exigir uma dose de reforço com vacinas do consórcio Biontech/Pfizer, AstraZeneca e Janssen, o governo de São Paulo utilizará qualquer agente imunizante, acrescentou Coronavac.

“O parecer do comitê clínico é que fazemos uma dose de reforço com as vacinas para ter, independentemente de [sic] quem tenha tomado um tipo de vacina ou outro”, explicou João Gabbardo, coordenador executivo do Pronto-Socorro Covid-19, em São Paulo.

A exigência é que o usuário tenha terminado seu ciclo de duas doses por pelo menos seis meses. Sobre a exclusão de Coronavac pelo Ministério da Saúde, o diretor do Butantan, Dimas Covas, disse que os “ataques” à vacina “não são novidade”.

“Isso não é um fato clínico, é uma preferência do ministro para ter sucesso em Coronavac”, disse ele. (ANSA).

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