Em pouco mais de 48 horas, os povos indígenas podem perder sua sobrevivência

A reportagem é da Agência Pública.

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POR BEATRIZ CARNEIRO, LAURA SCOFIELD E YOLANDA PIRES

Em 30 de junho deste ano, o líder guarani Kaiowá Kunã Aranduhá se manifestou em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) com outras lideranças indígenas. “Se isso [Marco do Tempo] for superado, eles serão para explorar o que resta, invadindo nosso território novamente, já que ele o invadiu há 521 anos”, disse à Agência Pública.

Na data foi marcado o julgamento – adiado para esta quarta-feira, 25 de agosto – do recurso ordinário de repercussão geral, que determinará se os territórios indígenas merecem ser delimitados ou se a tese do “atraso” que caracteriza a terra indígena só é historicamente habitada por outros povos indígenas no momento da promulgação da Constituição Federal, em outubro de 1988.

O “cronograma” estabelecido pelo próprio STF no julgamento da demarcação da TI raposa Serra do Sol, em Roraima, 2008.

Agora, a solução milagrosa é o recurso levantado por um pedido de re-consulta apresentado pelo governo de Santa Catarina contrário ao povo Xokleng, da terra indígena Ibirama-Laklãnõ, onde também vivem os povos Guarani e Kaingang. A consulta judicial terá “repercussões gerais”, que a resolução servirá de parâmetro para outros julgamentos.

Livai Pate Xokleng, que retornou a Brasília esta semana, disse que espera que o “direito original” seja “respeitado”, e espera “que o STF cumpra a Constituição Federal”. Espera-se que em pouco mais de 48 horas, os índios saibam, afinal, qual será a resolução sobre o tema: ele irá favorecê-los, negar a tese, ou prejudicá-los, abrigando o argumento defendido pelos camponeses.

Atualmente, as terras de dezenas de aldeias estão ameaçadas pela tese, o que significa que aqueles que já estão demarcados podem ser reduzidos e aqueles que ainda estão em processo provavelmente nunca seriam regularizados. , mostra que, se aprovados, 63% dos territórios clássicos existentes no Brasil também podem ser afetados, percentual que representa os 829 processos de demarcação que estão paralisados ou alguns dos que estão pendentes pelo estado.

“A terra é a nossa vida, não há nada sem a terra”, diz Tanawy Xukuru-Kariri, líder dos demais xucuru-kariri e também coordenador da Articulação de outros povos indígenas e organizações do Nordeste, Minas Gerais e Espírito. Santo (APOINME) . No primeiro ano do governo Bolsonaro, o Ministério da Justiça e Segurança Pública paralisou o procedimento de demarcação da terra Xukuru-Kariri e de outras 16 terras indígenas com base na tese, figura que não vem com o tribunal. decisões com as mesmas determinações.

Os julgamentos foram proferidos de acordo com o Parecer Nº. 005/2017 da Advocacia-Geral da União (AGU), que propôs a aplicação da tese com base na resolução do STF sobre a terra indígena Raposa do Sol (RR). A então procuradora-geral da União, Grace Maria Fernandes, disse que a resolução sobre o fator deve ter a participação dos povos indígenas, mas que não precisa necessariamente ser aceita através das comunidades.

Em 2018, a decisão foi considerada ilegal por parte de membros da Procuradoria-Geral da República e, em maio de 2020, foi finalmente suspensa pelo STF até o julgamento final marcado para esta semana. usado em decisões judiciais recentes.

Os líderes e organizações indígenas procurados por meio do relatório rejeitaram o conceito de roubo por motivo central de inconstitucionalidade. “Não há tempo para os povos indígenas reivindicarem seus direitos porque, além de imprescriptáveis, são inalienáveis”, diz Maurício. Terena, advogada e assessora jurídica da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).

Terena sob pressão de que, privando outros povos indígenas do direito à terra, no todo ou em parte, à educação, aptidão e uma vida digna, também é restrita. “Quando afirmamos, não estamos apenas reivindicando um pedaço de terra que vamos usar para explorar como outros não indígenas fazem. Reivindicamos nossa vida, nossa cultura, nosso bem-estar, nosso estado físico”, reconhece Tanawy, do Xucuru-Kariri, outras pessoas alagoanas.

Os governadores também disseram que o cronograma não leva em conta as condições em que outras pessoas foram forçadas a deixar suas terras clássicas para não serem dizimadas. – ditadura militar.

Por meio da Lei de Acesso à Informação (ATA), a reportagem recebeu uma lista com os nomes de 17 terras indígenas cujos processos, na última fase, foram enviados à Funai através do ministério que na época dirigia através do ex-ministro Sergio Moro, o quadro. como justificativa.

Luísa Molina, antropóloga e pesquisadora da Universidade de Brasílis (UnB), explica que a terra indígena “nunca” é outra terra: “Cada terra é vital para os outros. A Constituição já entende isso, diz que as terras indígenas são básicas para a sobrevivência física e cultural de outras pessoas. Ela ressaltou que tirar terras de outras pessoas para inspirar genocídio, porque prejudica outras pessoas em sua capacidade de se constituir como uma pessoa diferente.

Nesse sentido, o relator do recurso ordinário 1. 017. 365, do outro Xokleng, no STF, Edson Fachin, é o único voto conhecido até o momento, que já votou contra a validade da tese, justificando que representa o “etnocídio progressivo” da cultura indígena, além de “colocar essas outras pessoas em condições de angústia e aculturação, negando-lhes o direito à identidade e à diferença.

Para o povo Xukuru-Kariri, o atraso, além de significar a restrição do direito original à terra, é ainda mais doloroso: sítios arqueológicos sagrados podem ser perdidos se a tese for aprovada. “Há um componente do território que é um cemitério para o povo Xukuru-Kariri, e há uma cúpula que é um posto de oração. “Seria uma “perda irreparável”, explica Tanawy, evocando “puts, coloca religiosos que preservamos há milênios, desde nossa existência”. .

A luta pelo território dos outros vem desde o início, dizem os líderes, no entanto, mesmo com décadas de luta e recuperação, o que levou ao assassinato ou desaparecimento de parentes, apenas pouco mais de 7. 000 dos 36. 000 hectares reivindicados foram demarcados. (mas ainda não ratificado) . Após 1988 outros espaços foram ocupados e um novo procedimento foi iniciado na Funai, que foi preso em 2019 sob a justificativa da tese.

Mas até a terra já demarcada é segura. Atualmente, os não nativos vivem em apenas cerca de 5. 000 hectares de território e, segundo o controle de Alagoas, os invasores hesitam em “atear fogo e erguer a cerca”.

Em abril de 2019, por exemplo, a revitalização de um ponto turístico inaugurado em Palmeira dos Índios (AL), cidade próxima às aldeias Xukuru-Kariri, é uma estátua do Cristo Redentor construída em um local já identificado como terra indígena e sagrada para os demais povos originais. “Muitas peças que foram plantadas lá foram arrancadas para colocar no museu, para dar lugar à implantação de Cristo. Esta é uma agressão muito forte que a sociedade não vê. Se alguém vier aqui demolindo um cemitério, tirando a alta sociedade, outras pessoas lá para erguer uma estátua, tenho certeza que o local de trabalho do promotor e de outras organizações estaria no topo”, reclama Tanawy.

Como explica Gersinaldo Xucuru-Kariri, da aldeia Fazenda Canto e presidente da Associação Indígena Xucuru-Kariri, vários sítios arqueológicos sagrados “não são encontrados nas aldeias existentes”, e possivelmente se perderiam se a tese fosse aprovada”. “Armadilha significa a morte dos outros xukuru-kariri e dos demais povos indígenas do Brasil”, disse ele.

Outra cidade alagoana, a Wassu, do país Wassu-Cocal, foi afetada pelo roubo ainda não apresentado pelo Supremo Tribunal Federal. Cerca de 2. 000 outros povos indígenas, que reconhecem 57. 000 hectares como território clássico, vivem hoje em cerca de 3. 000. , que é um espaço aprovado, mas não basta para assentar a população, práticas culturais e rituais sagrados. “Para o ritual queremos uma extensão muito gigante, pois a prática está posicionada na selva virgem”, explica Júnior Wassu, líder étnico e representante dos demais povos indígenas de Alagoas e Sergipe.

Restrições fundiárias também à produção de alimentos: “Hoje, nossa rede tem muitos outros indígenas em todo o Brasil, pois eles foram forçados a deixar o território. Não há situações para ficar aqui porque eles não têm terra suficiente para ajudar outras pessoas”, diz ele.

Após “muita luta”, em 2007, o Wassu iniciou um procedimento de popularidade para garantir o acesso a mais de 11 mil hectares de seu território. Na última fase, como em outros 16 casos, a implementação foi proibida pelo Ministério da Justiça, “os 11. 000 hectares que reivindicamos foram tomados por agricultores e posseiros, e ainda estão em suas mãos. Nossa terra é usada para monocultura e pecuária”, diz Júnior. “As pessoas não sabem explorar o bom território e isso gera uma série de condições negativas para a população”, lamenta, mas promete que, se o território for devolvido a eles, eles o farão.

No entanto, “se o prazo passar, afeta essas reivindicações, pois são formuladas após a data de promulgação da Constituição”. Sem terra, a conservação dos costumes clássicos está ameaçada, como diz o entrevistado: “Nosso medo é com as gerações de longo prazo, porque com esses ajustes tememos que as novas gerações não as tenham, perderão a preservação da cultura e da natureza.

“Nossa grande bandeira para o território é também garantir que tenhamos um território para criar [escolas]. . . Também temos pinturas com educação diferenciada, pinturas com saúde diferenciada, temos um estilo indígena dentro da comunidade. A matriz difere precisamente por causa de sua cultura clássica”, explica Júnior.

“Depois de 88, houve muita moção para retomar nossas praças, e agora o governo existente [de Mato Grosso do Sul] entra em nossas terras, aluga-as com plantações de soja e joga agrotóxicos”, diz Eliseu Pereira Lopes, representante do Kurusu Villa. Ambá, domínio de recuperação pendente de demarcação no município de Coronel Sapucaia, no conselho de Aty Guasu (Grande Assembleia Guarani e Kaiowá), em Mato Grosso do Sul.

Os Guarani-Kaiowá são alvos de violência em uma região cercada pelo agronegócio. A paciência dos conflitos sobre a terra está perturbando a comunidade, como explica a antropóloga Luísa Molina: “Eles roubaram a terra através do Estado, deram aos camponeses e a levaram para pequenas reservas para viver em confinamento”. Não é inesperado e não é simples que eles tenham uma das maiores taxas de suicídio no país, muito maior do que a da população não indígena. “

Para Eliseu, “o assalto agravará essa situação total. ” Vivêvamos livremente nas aldeias, agora estamos sob ataque dentro das comunidades”, diz ele.

Em agosto de 2021, na véspera da decisão do STF, o argumento ainda não validado é novamente usado para limitar o direito dos Guarani-Kaiowá às terras que tradicionalmente habitam. cuja homologação está parcialmente suspensa por ordem judicial, o procedimento está no Superior Tribunal de Justiça (STJ), e o argumento do relator, Marco Aurélio Bellizze, cita o caso da Raposa Serra do Sol como se tivesse estabelecido que o acima é um critério “insubstituível” para a recuperação do terreno. A decisão de Bellizze encaminha o caso a julgamento e especifica que os povos indígenas – chamados de “florestadores”, os chamados conotações pejorativas – seriam os “invasores”, uma vez que o território reivindicado era de propriedade de povos não indígenas desde 1980. Em 2012, graças a uma nova propriedade, o Guarani-Kaiowá recuperou as terras que tiveram que regularizar ultimamente.

Eliseu diz a Pública que está preocupado em desperdiçar sua terra depois de muitas lutas com os camponeses para reocupá-la, uma preocupação que pesa até mesmo nas aldeias já demarcadas. Ele destaca: “Somos a população indígena do momento do Brasil, somos 52 mil Guarani-Kaiowá, cada aldeia abriga uma população de 5. 000 a 12. 000 habitantes. Nossa luta é pelo espaço, não temos mais espaço. Voltamos aos nossos territórios clássicos, o tempo nos afeta e continuaremos a fazê-lo porque não temos para onde ir. “

Temendo represálias por viver no domínio fronteiriço com o Paraguai, o líder e instrutor Kunumi Apyka Rendyju do Guarani-Kaiowá, outros moradores da Aldeia Pirajuí, no município de Paranhos, pediram para serem conhecidos apenas pelo seu nome indígena. “Aqui, se você abrir a boca demais, você é silenciado com balas. “

Ele afirma que o calendário representa um retrocesso, e embora sua terra já esteja demarcada, ele está envolvido com o de outras cidades do município: o próprio Arroyo-Korá, além de Paraguassu (área recuperada), Potrero Guassu (declarado desde 2009, aguardando aprovação) e Acampamento Y’poy.

Temendo a superpopulação que será uma verdade se o quadro for aprovado, Kunumi explica que, se para o agronegócio a terra é apenas dinheiro, para o Guarani-Kaiowá não é: “A terra é o que nos sustenta, a organização, a situação social, econômica e ecológica do Guarani-Kaiowá está na base da política”. [Se o prazo for aprovado] o que acontecerá com os outros aqui após a recuperação que começaram a ocupar seus territórios há cinco, dez, trinta anos?Você?”, pergunta ele.

No Maranhão, a terra indígena Memortumré-Kanela, onde historicamente vivem outras pessoas de Canela Ramkokamekrá, também é um dos 17 procedimentos de demarcação paralisados no tempo. à Funai, com base na instrução normativa da AGU.

A terra abriga mais de dois mil indígenas e, segundo os governantes, está sendo cortada à medida que a população aumenta. o território para 100. 300 hectares. A opção de aprovar o calendário preocupou os indígenas, que reclamavam da presença constante de invasores.

Segundo levantamento realizado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), 83 certificações de casas rurais pessoais estão espalhadas pelos territórios clássicos do estado. Acredita-se que os invasores, como disse Carloman Canela, líder da aldeia de Escalvado, sejam camponeses de aldeias próximas. . Segundo Carlomán, eles são estimulados pela “nova Funai” de Bolsonaro e pela tese do tempo: “A Funai não se importa com o nosso território”.

Ele diz que os cupens (não indígenas na língua Krikati/Pukobye) fazem um pouco de tudo: retiram lenha, queimam o cerrado, criam animais de fazenda e, acima de tudo, vêm caçar, seja qual for o dia e a hora. , lá fora, na floresta, caçando”, disse ele na entrevista.

Além da violência física e dos efeitos sobre a alimentação, a invasão de território – que pode ser facilitada com a aprovação da tese – também afeta o acesso aos cuidados físicos clássicos. Com o desmatamento e a queima de plantas locais, Carloman diz que o acesso aos clássicos medicamentos “floresta” tem mais dificuldades. “[Invasores] queimam muitas árvores locais que são medicinais”, lamenta.

Durante o auge do século XX, a narrativa oficial (e propagada através da sociedade acreana) de que os Nawa estavam extintos, de modo que na época da promulgação da Constituição eles nem sequer eram identificados como povos nativos, o que, na interpretação da tese, salvaria a reivindicação dos territórios.

Por mais de 22 anos, após tudo ter sua identidade identificada em todo o estado, a população do extremo oeste do Brasil, originária da cidade de Mâncio Lima (AC), vem lutando pelo direito ao seu território clássico. Dentro do Parque Nacional Serra Divisor, a população de TI Nawa busca anos opostos de roubo (roubo de seus territórios por pessoas não indígenas) e apagá-los através de um procedimento de autodemarcação, reivindicando um domínio de 55. 000 hectares.

“Até hoje, ainda estamos ‘tamo’ na luta, já transmitimos vários documentos para a Funai. Em 2019, tivemos 3 reuniões com profissionais do ICMBio”, diz Railson Oliveira Nawa, líder da aldeia Novo Recreio. esse ano de 2021, o povo Nawa, chegamos aqui em combinação e gostamos de fazer uma auto-demarcação da nossa terra”, continua. Eles reivindicam um domínio de 55. 000 hectares.

Tarisson Nawa, primo de Railson e assessor de comunicação do Fundo para os Povos Indígenas da Amazônia Brasileira, atribui ao racismo o entendimento de que seus outros parentes haviam desaparecido. O Parque Nacional Do Divisor os procurou para fora do território e se mudar para um acampamento rural na mesma aldeia. “Meus gozadores não precisavam sair do território, primeiro porque há uma trajetória de vida dentro do nosso território”, disse ele. diz. Inclusive, os cemitérios de nossos anciãos estão dentro. Uma dessas anciãos é a tataravó de Tarisson, Mariana/Mari Ana (também conhecida como Mariruni), a “ancestral mais antiga” e fundadora da outra Nawa.

O desejo de impedir o calendário levou outras pessoas de todo o Brasil a se mobilizarem em Brasília (DF) no chamado Levante Pela Terra, campo instalado na cidade em junho, já que a tese seria julgada no dia 30 deste mês. A ação reuniu outras equipes étnicas em atividades que visam demonstrar a importância da demarcação de terras para outros indígenas e não indígenas, já que os demais povos clássicos são em grande parte culpados pela preservação do meio ambiente.

Em 23 de junho, antes da data marcada para o primeiro julgamento, uma carta aberta foi enviada aos ministros do STF. A carta, assinada por mais de trezentos outras pessoas, acrescentando juristas, artistas e pesquisadores da educação não indígena, considera que “o remédio que a fórmula da justiça brasileira concedeu às comunidades indígenas, aplicando a chamada “tese do calendário” para cancelar as demarcações de terras, é, sem dúvida, um dos exemplos mais claros de injustiça que podem ser apresentados aos estudiosos de um curso na teoria do justiça “. Para os interessados, o recurso ordinário do outro Xokleng é o “principal caso indígena” da história do Supremo Tribunal Federal.

Para se ater à votação nesta quarta-feira (25), indígenas de todo o Brasil desembarcaram na capital federal para pedir a anulação da tese no campo Luta pela Vida, localizado na Praça da Cidadania. Serão sete dias de atividades. com “um intenso programa de sessões plenárias, agendas políticas em órgãos e embaixadas do governo federal, marchas e manifestações públicas”, de acordo com a página online da APIB, o órgão organizador. “[A decisão] pode delinear o longo prazo da demarcação de terras indígenas”, mostram.

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